terça-feira, 30 de outubro de 2007

Saco


Ouvindo: Epic do Faith No More. São 12h14.

Como é engraçada a nossa vida. Há dias em que acordamos felizes e contentes. Outros dias acordamos mais contentes e felizes. E há dias ainda que acordamos tristes e decepcionados. E outros mais ainda. Hoje acordei estranhando tudo. O Sol estava brilhando meio manco. Não sabia que aparecia ou se ficava escondido atrás das nuvens carregadas. Já as nuvens não sabiam se largavam a água ou se ficavam retendo ainda mais o que devia. E acordei meio torto, sem saber onde estava ou onde iria. Despertou o celular eram exatamente 07h10. A mensagem de saudação diz: "Tenha um ótimo dia Iaran". Esta é a minha mensagem de acordar. Levantei ainda estranhando o quarto, o Sol, as nuvens que vejo muito pouco através da minha janela sem cortina. Mas mesmo assim, fiquei perdido. Deitei novamente após uma volta no quarto. Fiquei deitado mais cinco minutos e me localizei. Terça-feira, hora de levantar e ir trabalhar. Fui á área de serviço pegar minha toalha de banho e segui para o banheiro. Olhei para o espelho, não vi nada e abri o chuveiro para tomar um banho. A água escorria pelo meu corpo. A sensação que tive foi de ardência nos olhos. Nem havia pegado o sabonete Dove ainda que comprei. Aquele sabonete é gostoso, macio e tem cheiro bom. Fiquei alguns instantes tentando me encontrar e peguei o sabonete. Enquanto tentava esfregar ele por qualquer canto do corpo, meus olhos seguiam ardendo. Apenas via a espuma escorrendo. Mas nem sabia exatamente onde eu estava. Apenas sabia que estava eu me molhando e tentando ensaboar o corpo. E por falar em corpo, ontem me apavorei. A partir de hoje estarei de dieta. Irei passar na fruteira perto de casa, comprar dez quilos de maçã, uns 5 de bananas, algumas mangas e um vasto jardim de capim para deixar na geladeira. Engordei mais um pouco. Depois do jantar de domingo, do jantar de segunda, hoje sinto-me mal por ter comido tanto. Churrasco na casa do Mane, depois na casa do Munaro. Hoje teria uma outra, mas irei ara o ensaio do teatro. Nem sei ao certo se haverá ensaio. Mas, a princípio, teremos sim. Ando sem vontade de sair de casa. Ando preferindo ficar no meu cantinho. Ando pensativo a respeito de algumas coisas que me aconteceram. E se, realmente, valem a pena. Ou melhor: até onde valem a pena. Por outro lado, estou ansioso. E esta minha ansiedade paira por todos os meus momentos do dia. Seja em casa, no trabalho ou na rua.
Algo que eu sempre tive permanente em minha vida foi o medo. Medo de não sei o que. Até sei. Creio que nasci assustado. E este medo e/ou receio me atrapalha. Deixa-me triste por um lado. Pensativo por outro. Sinto medo, mas mesmo assim enfrento. Esta minha ânsia por conhecer, descobrir me deixa bravo comigo mesmo. Quero conhecer. E acabo me quebrando depois. Descobri muita coisa em mim que antes não enchia o saco, literalmente. Mas decido em breve sobre alguns assuntos incomodativos. Mas este medo de mandar tudo "aquele" lugar me deixa mais chateado ainda. Mas sigo vivendo, apanhando e aprendendo.

Ouvindo: Alive do Pearl Jam. São 12h33.

domingo, 28 de outubro de 2007

Stock


Ouvindo: Hallowed By THe Name do Iron Maiden. São 11h01.

Estou ainda deitado. Liguei a televisão e está por começar uma prova de StockCar. Hoje a prova é em Tarumã, no Rio Grande do Sul. Acordei sozinho, relativamente cedo para um domingo que sorriu para mim. O sol abrilhanta um dia que começou gostoso. Parece que o sorriso do Sol invadiu a sala. Ah! Hoje resolvi dormir na sala. Estou só em casa no final de semana. Coloquei o colchão na sala. Ontem saí do trabalho por volta das 20h e fui dar uma caminhada até a casa de uma família muito querida que conheci aqui nesta terra. Há dias havia prometido uma visita e ontem fui até lá. Aproveitei e fiz um exercício. Avisei que iria, mas apenas para tomar um café. Cheguei lá e realmente o café estava pronto. Café, mais uma pilha de comida. Os Demori sempre exageram. São pessoas maravilhosos que também conheci. Hoje à noite tem janta na casa do Mane. Um caminhoneiro gente boa pacas. Ele disse que tem de ser hoje, pois depois apenas em 2008. Ele é tão profissional que tem programação. Sim, planejamento. Até por isso que ele é um dos mais requisitados da cidade, pelo que fiquei sabendo. Não fiz nada ontem. Voltei para casa eram quase dez da noite e cansado. Há semanas que eu não sabia o que era dormir direito. E dormi muito bem da sexta para o sábado. Acordei já passavam do meio-dia. Fiquei em casa, fui ao mercado, voltei e depois fui ao trabalho. E hoje acordei eram pouco antes das dez. Não consigo mais dormir tanto. Adaptei meu organismo a acordar cedo. E ainda encontrei vontade de fazer comida. Detalhe: eram onze e meia da noite. E fiz uma comida bem boa. Mas nem comi. Apenas pelo prazer de sentir o cheiro aqui dentro. Fiz, terminei e deixei no forno. Quem sabe daqui a pouco eu coma. Senão congelo e tenho para a semana. Este final de semana sozinho até estou bem. Tenho internet, tenho TV, tenho telefone que não funciona quando quero, tenho o sol e tenho tempo para descansar um pouco. Um telefone VOIP. Melhor é que não pago nada. Bom, mas não funciona quando quero.
Neste exato momento estou aguardando o YouTube captar meu vídeo. E sigo deitado com os controles por perto. Quando cansar de ver a corrida coloco no canal onde vendem bovinos. Sempre há umas gostosas que aparecem. Mas o que me chama atenção é a forma dos locutores/narradores dos leilões. Daqui a pouco terei de levantar, tomar um banho bem bom e ir para o trabalho. Tem jogo hoje à tarde e faço o plantão de estúdio. Adoro fazer o plantão. Mas plantão não é uma planta grande não. Plantão é um trabalho em que fico dentro do estúdio e dou o suporte informativo ara a transmissão, narração do jogo. São as informações de outros jogos em andamento, campeonatos, resultados.
Na quinta-feira fui para um outro município participar de uma reunião da Rede. Da rede de rádios em que fazemos parte. Foi bom, apesar de cansativo. Minha insônia persistiu até sexta. Mas no final de semana consegui relaxar e descansar. Não conseguia dormir durante a noite. Foi um encontro bom e tranqüilo. Nada de tão estressante. Na sexta o dia foi corrido. Trabalhei bastante e espichei a noite em dois eventos: uma apresentação da APAE – que queria ter ficado, mas não pude; e uma palestra com Gonçalo Borges. Um senhor de 53 anos que pinta com a boca e com os pés já que seus braços são ‘defeituosos’. Esta deficiência ele conseguiu adaptar usando boca e pés. Quem sabe seja uma força grande e que, em minha opinião, ele supervaloriza a sua pessoa. E ganha dinheiro nisso. Esperto ele. Confesso que fui ao evento, pois todos da empresa forma. E outro motivo foi a janta. Não queria ver a palestra não. Gosto de aprender, mas não ir bater palma para alguém que coloca um dvd antigo e fala da sua vida. Para pensar que ele é coitado e com força conseguiu ganhar dinheiro. Enfim, há público ara tudo. Gostei mesmo de ficar bebendo, comendo e conversando com a Elaine. Esta parte foi boa. O G6 estava desfalcado pela presença da Sil e do Nandinho. A Estela e o Emidio estavam lá também: sendo mestres-de-cerimônia do dito evento. E voltei para casa, fiquei na net um pouco e fui para o berço. E foi ótimo deitar e sentir o travesseiro.

Ouvindo: Fear Of The Dark do Iron Maiden e vendo TV. São 11h24.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Espuma


Ouvindo: Mid Winter's Night do Blackmore's Night. São 20h55.

Pela primeira vez escrevo da minha cama. Há pouco saí dum banho que há tempos eu não me dava o direito de tomar. Um daqueles banhos com bastante espuma. O sabonete foi-se. Mas estou tão cansado que cheguei a me divertir com o produto de limpeza corpórea. Ele deslizava com tanta sutileza pela minha pele. Passava-me uma sensação de carinho intenso. Umedecido pela água quente e forte que descia pelas frestas propositadamente colocadas no chuveiro dava-me uma sensação de massagem dupla. Uma pelo sabonete e outra pela água quente que tocava com força minhas costas cansadas. Algo de sentir e apenas deixar estar. Avistava aquela massa sobressalente escorregando de minha pele branca e pensava onde ela iria parar. Tão carinhosamente escorria da pele. Suave como uma pele macia e cheirosa. Fazia me recordar do toque suave, carinhoso em que tanto eu... Mas a avistava sendo desperdiçada daquele momento mágico e agradável para um buraco profundo e negro perto de meus pés cansados do dia. Tentava me despedir de cada bolha formada, mas a água - um pouco menos quente neste momento - não permitia despedidas e levava com sua força para aquele lugar que temia eu pela sua cruel boca grande. Boca grande acrescida de uma proteção metálica que não pensava em mais nada a não ser filtrar todas as impurezas e ficar apenas com a sua maciez indescritível da espuma. Buraco cruel. Após entristecer-me com aquela cena, baixei mais a cabeça, fechei os olhos, deixei escorrer o restante daquela companhia agradabilíssima, girei o objeto metálico que tem o domínio da água e aproveitei os últimos pingos daquele líquido quente e que me acolheu tão bem em suas pequenas mãos. E fui me secar. Ah! Aquela toalha felpuda e cheirosa... Outro dia descrevo como foi a secagem.
E o nosso Mendigo anda pobre. Paupérrimo para ser mais correto. Ando trabalhando bastante. Seria mentiroso em afirmar que meu corpo está cansado. Correto estou ao escrever que minha cabeça está cansada. O corpo pede, a mente nega. Pensamentos me fogem como a areia da praia que seguramos na ventania. Escorrem-me pelos dedos as palavras. Sempre adorei as palavras que formas as letras. Nem sempre as forma corretamente, mas o conjunto delas me deixam alegres. E esta alegria é que ando perdendo. Mas a perco momentaneamente. O trabalho está sendo fatigante. Mas estou orgulhoso do que ando fazendo. Sempre precisei não provar nada para ninguém. Alguns dão valor outros não. É como vender um produto. Para alguns aquele produto vale um número grande, entretanto vale menos para outros. O nosso trabalho é assim. Podemos chamar isso de "valorização profissional". Atualmente muitos queixam-se de seus superiores devido ao "quanto você paga meu trabalho?" Alguns mais, outros menos. Mas, em nossa mente racional, sempre temos um valor maior. Pelo certo ou pelo errado, sinto-me feliz. Algumas poucas pessoas sabem de uma passagem que aconteceu comigo logo que cheguei nesta terra nova. Creio que havia pouco mais de 40 dias que estava eu aqui. Consegui conversar, conhecer pessoas novas, debater, trocar informações e PEDIR. Eu pedi e fui atendido. Busquei ajuda onde eu acreditava ser possível. E fui atendido. E, creio que hoje, pude demonstrar um pouco do que sou capaz. Não que eu não o fizesse anteriormente. Pelo contrário. Comecei fazendo o que sempre fiz. Mas como sempre há opiniões distintas, alguns sentiram-se injustiçados. Mas agradeço isso à estas pessoas. Deixaram-me mais forte. Mais forte e mais agradecido. Agradecido pelo apoio que recebi de "minha família nova". Sim. Após a apresentação de sexta-feira (contando rapidamente), estava eu atrás do Nandinho e da Sil e pensei: "eis minha nova família". Somos (ou éramos) pessoas 'sozinhas' nesta terra nova. Mas consegui ver neles (e na Elaine que não pode ir) um complemento das meninas, meninos e bichos que estão em Bento e a Lela no Rio. São eles que me apoiaram desde que cheguei nesta terra. E que, para minha gratidão e felicidade, tornaram-se pessoas que eu tenho como da família. E até porque são. Família não é apenas nome, sobrenome ou sangue. São pessoas que estão perto. E estas pessoas eu agradeço por existirem, por me xingar, por se preocupar, por me orientar e me ajudar. À vocês, meu obrigado sincero.
Esqueci o que iria escrever.

Ouvindo: Guitar Job do Ritchie Blackmore. São 21h47.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Cadeira


Ouvindo: Home Again do Blackmore's Night. São 17h30.

Semana que começou corrida e persistente. Algo está por mudar. Quem sabe minha vida por esta nova terra. Ainda não sei o rumo a seguir. Apenas deixo a água me levar. Brigar contra ela é complicado. Ainda não aprendi a nadar. E nadar contra é pior ainda. Confesso que adoraria acostumar a conviver com certas ações, certos acontecimentos. Mas sempre as novidades surgem como algo de novo, é claro. Sensações, sentimentos, emoções, toques, arrepios fazem parte deste conjunto de inovações pessoais.
O Mendigo está tão mendigo, mas tão mendigo que nem água ando mais fornecendo à ele. Esperei o Mendigo crescer para cortar a água e as palavras que o alimentam. Mas com calma e um pouco de cabeça em ordem retorno. De casa já pensei em escrever várias vezes. Coloco o aparelho no colo e começo. Mas juro que as letras fogem dos meus dedos. Elas simplesmente somem. Fogem destas mãos cansadas, trêmulas, calejadas de dias e dias de pensamentos que se dedicam, quase que exclusivamente, ao trabalho.
E nesta quinta estarei indo “viajar” para uma reunião de trabalho. Alguns 200 km daqui, mas tudo bem. Amanhã me viro em três para deixar tudo certo para quinta-feira. Nesta quarta sei apenas que o dia vai começar. Terminar? Só quando realmente não tiver mais nada para fazer. Tem evento. Hoje cancelaram o teatro. Ninguém vai poder. Então deixaremos para semana que vem decidir o que tivermos de decidir.
Mas para o dia ficar mais engraçado fui tomar banho e o bendito chuveiro pifou. Não sei ao certo o que aconteceu. Apenas sei que a água esfriou. Pensei que fosse a chave de luz, mas ela estava funcionando. Estava com condicionador em meus cabelos e todo ensaboado e a água esfriou repentinamente. Nem fez barulho. O chuveiro apenas esfriou e pronto. Terminei o serviço com água fria. Parece que depois de vir para cá fiquei mais homem. Mãe, até banho frio teu filho está tomando! Bom, não foi um banho daqueles longos, mas foi. Está bom assim. À noite arrumo o sujeito. Deixei um bilhete para o Nando. Espero que ele o veja.
Mas voltando aos fatos. Domingo à noite quebrei a cadeira. Pasmem. Sim, a cadeira metálica cedeu com meu peso. E machuquei meu braço. Já não temos nada e ainda entorto aquela cadeira metálica de praia. Nando, é verdade: ando engordando. Mas agora quem se ferra é você porque voltarei a fazer comidas light. Sem sal, sem gordura e sem gosto. E ele ainda ficou rindo da minha cara que estou pesado. Havia terminado com amassa boa que fiz no sábado. E de raiva voltei e ingeri o resto. E fui dormir.
Hoje bateu uma vontade tremenda de ouvir Blackmore´s Night. Quem não conhece irá aprovar. Nada tem a ver com rock, excetuando o guitarrista: Ritchie Blackmore. Uma voz feminina acima de melodias gostosas. Nada de guitarras pesadas. Apenas um som com um tecladão analógico, violões bem distribuídos, uma “levada” agradável e suave. Bom para meditar, pensar e escrever. Bom para relaxar.


Ouvindo: Ariel do Ritchie Blackmore. São 18h39.

domingo, 21 de outubro de 2007

Música


Ouvindo: Layla do Eric Clapton. São 14h29.

Sexta-feira à noite foi emocionante. Sentei para escrever no Mendigo no sábado, mas minha internet estava off. Fui trabalhar um pouco pela manhã, já que havia sido liberado no restante do dia. E fiz um almoço super bom. Gostoso mesmo. Mas pude ter a opinião de uma outra pessoa que não fosse o Nando. Porque para ele tudo está sempre bom. Eu questiono: “Nando, arroz ou massa?”. Ele responde: “Tanto faz”. “Vamos tomar refrigerante ou cerveja?”. E ele novamente: “tanto faz!”. “Nando, vai à puta que o pariu”. E ele responde: “pode ser que está ótimo também!”.
Mas neste sábado pude ter uma opinião distinta. Eu sei que estava bem bom o molho. Saí da rádio e fui para o mercado comprar alguns apetrechos. Escolhi alguns ingredientes, esqueci de outros e fui ao açougue depois, pois não iria ficar na gigante fila do mercado aqui do Centro. Fui ao açougue - caro, mas de boa qualidade - perto de casa. Peguei uma carne macia e segui meu rumo uma quadra acima. E comecei a fazer os preparativos eram 12h10. E depois de quase duas horas, comemos. Em pé. Sim, comemos em pé, pois ainda temos de buscar as banquetas para o balcão americano de casa. Preferimos assim, Sem mesa. Mas esta semana vou perambular e comprar quatro banquetas. Recordo que em bento tem muitas opções para este tipo de móvel. Até porque lá é um dos maiores pólos moveleiros do mundo. Mas enfim, esta semana irei atrás. Fugi do assunto.
A apresentação de sexta foi muito bonita. Realmente foi bonita. As meninas se superaram. Todos do grupo. Eu fiz a voz de Jesus no final da peça. Não apareci na peça. Fiquei cuidando da iluminação e do som. Fiz, fiz algo com efeitos para dar um “Q” a mais. E ficou bonita mesma. O CEVI estava com muita gente – não lotado – e todos aplaudiram. Riram e no final, como eu, alguns choraram. Sim, eu deixei escorrer algumas lágrimas porque a parte final é bem bonita. Creio que segunda consigo a filmagem. Mesmo que seja em máquina digital, mas dá para ter uma noção do que foi. E foi muito linda mesma. Esforço de todos, momentos estressantes, mas o final foi muito bacana. O Grupo “De Malas Prontas” não sei se terá prosseguimento. Todos somos pessoas que trabalhamos um monte. São profissionais das mais diversas áreas: educação, rádio, multinacional, farmácia, comércio. Mas são responsabilidades grandes e que, de uma brincadeira, o teatro se tornou algo sério. E já querem que façamos uma peça para o final do ano. Mas não sei se o grupo continuará. Todos estamos cansados. Uns relapsos, outros nem tanto. Todos falhamos. E não podemos falhar nisso. Porque um depende do outro. Coletividade é assim. Todos por todos e todos por todos. Sim, todos precisamos estar em sintonia. Ninguém pode falhar porque caso aconteça algo, todos estão envolvidos. E por este motivo, é que estaremos conversando na terça-feira ara decidir o futuro do grupo. Fiz uma nota que saiu no jornal deste sábado. Claro que sim, no jornal onde o Nando é o jornalista responsável. Santo de casa também ajuda. Ao fundo ouço uma canção que a Luana cantou uma vez no Joe, em Garibaldi, e me fez chorar. O nome da música é Quando a Chuva Passar da Ivete Sangalo. Alguém aqui por perto está ouvindo. Lembro muito bem em que momento eu estava. Havia acabado um relacionamento e resolvi assistir a Lu em Garibaldi. Foi numa quinta-feira. Tenho nítida em minha memória aquela cena: ela começou a cantar e me olhou. Sabia muito bem como estava eu. Soltou um sorriso e apontou pra mim. Detesto este tipo de música, mas como ela cantou sabia que estava falando comigo. Saudades de ver você cantando, Lu. Beijo carinhoso para toda família Pradieè.
E este domingo de tempo instável, temperatura amena, transparece uma sensação de triste, ruas vazias, folhas molhadas sobre as vias, poucas pessoas caminhando, poucos carros circulando. Parece que estão todos ainda tontos da noite dos sábado. E como eu, ainda esperando a semana começar. Bom, na minha vida não existe final de semana nem feriado. Todo dia é dia de trabalho.

Ouvindo: Lola do The Kinks. São 15h10.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Senhor


Ouvindo: Gotta Serve Somebody do Bob Dylan. São 17h46.

Esta música fez com que Dylan ganhasse um Grammy (o Oscar da música) em 1979. Robert Allen Zimmerman nasceu 24 de maio de 1941 e é um cantor e compositor americano. Nascido no estado de Minnesota berço de um dos locais onde se difundiu muito o blues, juntamente com New Orleans (berço de grandes expoentes e vanguardistas da música negra americana), Dylan já escrevia poemas aos 10 anos de idade. Foi autodidata em violão e piano. Iniciou sua carreta cantando músicas de Little Richard e Buddy Holy, mas entrou para a Universidade e começou a cantar folk rock. Ainda era desconhecido este estilo musical. Misturava poesia com rock, inserções folclóricas em suas canções. Em décadas de estrada, lançou 45 discos oficiais, desde que começou em 1962. Seu segundo álbum, “The Freewhellin' Bob Dylan”(1963), contendo apenas canções de sua autoria, consagrou o músico com "Blowin' In The Wind", que se tornou um hino do movimento dos direitos civis. Além desta, músicas como "A hards-rain a gonna-fall", "Masters Of War", entre outras, tornaram-se clássicas como músicas de "protesto". Até hoje ele não admite ser um "cantor de protesto". Rótulo que até hoje ele não gosta. Velho, mas com uma vivacidade muito grande, ele segue cantando. Lançou um disco acústico e tem dezenas de suas músicas regravadas por outros artistas.
E esta é minha trilha sonora desta sexta-feira, dia 19. Dentro de alguns poucos instantes estarei me dirigindo à um Centro Cultura aqui desta terra, onde iremos apresentar a peça teatral “A Chegada do Senhor”. Vai ser bem bacana. Infelizmente minha amada mãe não estará presente. Mas mãe, fica calma que logo a senhora vai me avistar em locais maiores. Pode ter a certeza absoluta de que ainda a senhora irá passear bastante comigo por este mundão gigante e que nos acolhe tão bem. Ainda eco um pouco mais de tempo. Mas enfim, sinto saudades da senhora, dos papos, do pão, da comida sem sal, sem gordura, das “coisas” light que comia eu em Bento. Aqui ando engordando. Mas estou me cuidando. Retirei um pouco dos doces de meu cardápio. Saudades de vocês. Lelinha me comentou sobre o final de ano, mas confesso que ainda não sei. Não sei se irei. Mas torçam para eu ir para aquele lugar que comentei. Assim vocês me verão bastante e todos os dias. Mesmo que daquela forma. Torçam e orem por mim. Bom, vou terminar o programa, pois em breve começamos a peça. Saudades do gatão que vai ser pai de novo. Do Pink, das meninas, da minha família.

Ouvindo: The Times They Are-A-Changing do Bob Dylan. São 18h32.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Doutor


Ouvindo: The End do The Doors. São 18h33.

Dias estranhos supõem-se estes últimos. Não imagino se é motivado pelo clima inconstante ou pelo senso de espírito. O meu canto novo está super bom. Consegui organizar meus apetrechos nesta noite de quarta-feira. Fui, rapidamente, visitar a Te e buscar minhas roupas restantes. Nem eu imaginei que tinha tanta coisa. Realmente vim para cá de mala. Só faltou a cuia. Quando decidi enfrentar um mundo, anos atrás, realmente sentia dentro que seria definitivo no momento que eu necessitasse de algo a mais, além do trabalho simplesmente. Tentei, algumas vezes, correr por aí, arriscar n´outro setores. Mas por outro lado algo me trazia de volta para a comunicação. Gosto bastante do que faço e, quem sabe, faço bem. Não tão bem quanto eu gostaria, mas faço o máximo todos os dias com o que me é disponibilizado. Engraçado como há pessoas que não gostam de receber qualquer correção. Eu fico tão contente quanto alguém me corrige, me diz que eu falei errado, fiz errado. Que assim é certo e não daquela forma. Antes de mais nada fico contente porque está prestigiando meu trabalho; segundo porque aprender é algo que eu gosto. Nem sempre da forma como faço é a correta. Mas esforço-me todo dia para fazer da melhor maneira possível. Queria poder ter mais tempo para produzir algo que eu acredito ser bom, para mim, para a sociedade, para a empresa e, claro, para o ouvinte. Ontem fiquei pensando em me inscrever para um prêmio de rádio. Um prêmio para melhores reportagens sobre a indústria deste estado. Não pela premiação de quatro mil reais, mas sim pela exaltação do trabalho. Claro que o dinheiro é sempre bem recebido. Seria este um desafio grande. Não sou jornalista, como dizem. Sou radialista. É bem diferente. Mas voltando ao assunto do aprender. Nesta manhã fui fazer uma correção de uma expressão pessoal usada por um colega. Informei-o que um fulano que ele havia entrevistado não era doutor. Não é porque ele tem um cargo importante que ele seja “doutor”. Assim seria minimizar os esforços de inúmeras pessoas que se dedicaram à um estudo suplementar, ao doutorado. Acredito ser uma ignorância tão grande chamar o delegado, o médico, o juiz de “doutor”. Uma cultura estúpida e tão retrógrada que ainda alguns mantêm apenas para “acariciar” o ego de alguns. Chamo de “doutor” realmente quem o é. Não chamamos os professores de doutores, de mestres. Professor estuda muito, ajuda a criar a nossa cultura – ou boa parte dela. Chamamos de apenas professor. E por mais diplomas que tenham, muitos persistem apenas em chamá-los de “professor”. Claro que ser professor é lindo, bonito. Uma linda e fundamental profissão. Mas chamar “doutor” um qualquer? Não, isso não. Aprendi isso e hoje eu guardo e levo comigo para onde eu for. Realmente devemos valorizar e dar créditos às pessoas que mereçam. Não apenas por “amizade”. Resumindo: não por puxa-saquismo. Não sou inteligente, nem nada parecido. Sou um sujeito que estudou, pesquisou, finalizou (com certa dificuldade e esforço) o Ensino Médio. Que este ano iniciou um Curso Superior, mas que teve de trancar por causa do trabalho e deste desejo grande de mudanças. Vim parar nesta nova terra. Aliás, ontem completaram seis meses de vida neste mundo novo e que me recebe tão bem. Estava estudando através de uma bolsa do ProUni. Obriguei-me a parar a faculdade para poder vir para cá. Cheguei aqui e ganhei novamente outra bolsa. Mas infelizmente não pude me matricular, pois o curso é noutra cidade e não havia tempo hábil de sair do trabalho ás sete e chegar sete e 10 noutra cidade. Conversei com minha mãe, pensei e decidi deixar passar. Fiz vestibular logo depois e passei. Fiz e passei. Um curso superior de Letras, com habilitação em Espanhol. Caiu do céu, pois gosto de idiomas. Sinto saudades e falta do italiano e do inglês. Mas irei me estabilizar financeiramente e voltarei aos estudos. Agora estou aguardando o início das aulas, ainda não previsto. Sou sedento por aprender. E saber ouvir também é algo que devemos aprender.

Ouvindo: L.A. Woman do The Doors. São 19h04.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Licença


Ouvindo: Fear Of The Dark do Iron Maiden. São 12h08.

Ouvi dizer que o Calheiros irá renunciar. Já era hora. Aliás, passou da hora. O sujeito pensa que é invencível. Blindado apenas o NOSSO Lula. Este é o meu presidente. Lula lá... brilha uma estrela... Lula lá..brilha a esperança. Recordo desta canção que uma amiga cantarolava sempre. Aprendi a conhecer o PT naquele tempo. Abraço pra Fefe e pra dona Elaine. Pois então, o Calheiros não conseguiu agüentar a pressão e está pensando em renunciar. Assim o senador da República não perderá os direitos políticos, caso seja realmente cassado. Esta chamada imunidade parlamentar é complicada. Nós, simples cidadãos, temos de apanhar da polícia, ouvir desaforos de juiz, usar o cinto, respeitar a velocidade, ultrapassar apenas onde devemos, estacionar em local permitido, pagar para comer, comprar as roupas, pagar aluguel e muito mais. E há outras milhares de pessoas que usufruem do nosso cômodo e assistencialista regimento interno brasileiro (legislação que os próprios deputados, senadores, vereadores fazem). Eles se protegem. Um ao outro. É como aquela velha frase dos três mosqueteiros: "Um por todos e todos por um". Todos por um Brasil apenas deles. E anda temos de suportar sentarem naquelas cadeiras macias, caríssimas, confortabilíssimas do Congresso, da Câmara, das Assembléias. Computador de ponta em cima da mesa, café servido à vontade, vinho, comida importada, guloseimas servidos por assessores 'superutilizados'. Enfim que vida de assessor é complicada. Claro que não sou hipócrita em dizer que não, mas os sujeitos trabalham bastante. Quem conhece um sabe a que me refiro. Até porque assessoram em tudo. Desde maracutaias até papéis que deveriam ser assumidos pelos chefes. Eu também gosto de política e gostaria de ser assessor. Correr como doido e usar terno todo dia. Adoro ternos.
Não discuto a utilização dos nossos políticos, mas alguns deles que fazem esta barbaridade com o povo brasileiro diariamente e nada acontece. Ninguém é preso, raramente um que outro é cassado e fecham-se as cortinas do picadeiro destes palhaços. Aliás, somos nós os palhaços. Sim, nós reclamamos, mas são eles que ficam comendo caviar de noite. Nós estamos, neste momento, tentando dormir, para acordar no outro dia para uma batalha sem tamanho. Matar quatro, cinco leões por dia para viver neste país em que ricos ficam cada vez mais ricos, pobres mais pobres, fetos sendo jogados no lixo, filha matando pai a marretadas, acidentes vitimando centenas de pessoas, sangue escorrendo pelos bueiros das cidades. Não estou reclamando de nada. Apenas contando algo que vejo. Agora peço licença porque irei usufruir do meu café.

Ouvindo: Viva Las Vegas do Elvis. São 12h21.

Campos


Ouvindo: Revelations do Iron Maiden. São 22h12.



Estamos no Horário de Verão. Em letra maiúscula porque tornou-se decreto federal. Estranhei hoje. Eram sete e pouco da noite e saía do trabalho. Avistei uma claridade intensa ofuscando meus olhos. Fui ao mercado. Uns três dias e me adapto ao horário que eu tanto gosto. Quem sabe sou dos poucos que adoram este horário. Aparentemente aproveitamos mais o dia. Mais trabalho, mais luz, mais claridade, "mais horas" de atividade. Contudo, menos sono. Menos sonos é igual ao cansaço. Cansaço é sinal de preguiça e preguiça leva ao sono que leva ao cansaço e... fodeu!

Mas o final de semana foi tranqüilo, dentro do possível e do estado de espírito gordo. Andei mais ara lá do que para cá. E chegou a segunda-feira e começou a correria que eu tanto gosto. Chuva que não cessa há dias. Dias cinzentos que me trazem boas vibrações. Sou fã incondicional do sol e do calor. Mas desde ontem este tempo anda me deixando suave como uma folha seca nos campos abertos onde a suave brisa move tudo o que é ligeiramente leve. Bom, como não sou poeta e nem tento ser, serei breve.

O Mendigo anda defasado e um tanto abandonado. Até porque Mendigo que é Mendigo é pobre, esquecido, triste e barbudo. Bom, eu sigo Mendigo, mas limpinho e cheiroso. Barbudo sim, maltrapilho não. Molhado, às vezes. Mas limpinho e cheiroso.



Bom, vou ir dormir porque perdi a hora. Saudades de ficar horas e horas na internet.



Ouvindo: The Trooper do Iron Maiden. São 23h27.

sábado, 13 de outubro de 2007

Angústia


Ouvindo: Estranged do Guns. São 13h07.

Hoje foi o dia em que eu não queria ter levantado. Mas obriguei-me porque precisava ver um roupeiro e das banquetas da sala do novo apartamento. Queria escrever algumas coisas, mas vou optar por fazer quando estiver mais calmo. Não poderia escrever apenas, soltar palavras. Até porque não obterei respostas. Quando decidi vir para esta nova terra quis deixar todo meu passado, meu sofrimento, minhas angústias, `neuras` para trás. E quando cheguei consegui deixar muito disso lá atrás. Prometi pr'eu mesmo que não iria ter certas atitudes, ações, desejos. Que queria apenas dedicar meu tempo aos meus objetivos, ao meu trabalho, ao meu crescimento, conhecer pessoas novas e que me fizessem bem. Muito disso conquistei. Ainda tenho um percurso longo a seguir. Tenho certeza que nasci com sete vidas. Para ser muito mais sincero, já não era para eu estar no convívio de todos vocês há muito tempo. Eu sei e Pai do Céu sabe. Algumas poucas pessoas o sabem. Quem sabe tenha eu sete vidas, como um gato. Não sei quantas ainda me restam. Caso eu não esteja errado, tenho apenas esta. E sou um sujeito jovem. Com um mundo olhando por mim e para mim. Vejo a cada dia as flores sorrirem para mim, o sol me acolhendo com seu quentes raios. Olhando as nuvens levitando sobre minha cabeça desejando um lindo dia. Sinto a chuva caindo em minha cabeça cabeluda avisando que é necessária para a vida. Que ela precisa molhar para poder dar continuidade à nossa existência. Que nossos rios precisam ter água para suprir esta necessidade. E por isso é que quero viver. Quero viver bem e feliz. São por estes poucos motivos e por meus amigos, minha família, os bichos que sinto saudades, pelo rock e por você que está aqui, lendo, que eu quero seguir neste mundo. Neste mundo. Por quanto tempo? Pelo tempo que for necessário para ver sorrisos, ver alegria, ver felicidade. Quando isso acaba, ou diminui, surgem as possibilidades de fim. E faço, dia-a-dia, que isso não cesse.
Bom, ontem estava indo cortar uma fatia do pão que eu fiz e afundei (literalmente) a faca em meu polegar esquerdo. Senti a lâmina raspando o osso. Uma faca com cabo vermelho, escorrendo um sangue vermelho - quase preto de tão intenso.
Sábado nublado, com movimento grande, após o feriado de ontem. Movimento grande, mas a solidão interna que me aflige.

Ouvindo: Novembre Rain do Guns. São 13h20.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Sugestão


Ouvindo: The Hazy Shades Of Dawn do Triumvirat. São 17h53.

Há muito tempo (nem sei quanto) eu não escutava nada desta banda alemã de rock progressivo. Um grupo muito antigo. Eles se reuniram pela primeira vez em 1969. Creio que 69 seja um dos anos mais produtivos em termos musicais. Os anos 60 de uma forma geral. Mas 69 recorda-me muitas canções que fazem parte da minha existência. Led, Sabbath, Yes, Byrds, Who, Kinks, Yardbirds, Cream, Purple, Nazareth, entre outras que me fogem à lembrança. Spartacus é o nome do terceiro álbum da banda alemã Triumvirat, gravado em 1975. Creio que este seja um dos mais difundidos deles. São uma espécie de progressivo-viajante-aluciado-levados-por-LSD. A sonoridade do TV lembra muito Emerson, Lake & Palmer. O conceito do álbum gira em torno da história do ex-escravo Espártaco da Roma Antiga. Lançaram apenas sete discos em sua história de 11 anos de estrada. Encerram as atividades no ano que nasci (1980) com o lançamento de Russian Roulette. Nem se apresentaram com as músicas deste disco. Apenas lançaram e acabaram. Mas deixaram bons sons para quem curte um progressivo. Boa pedida para uma noite triste, melancólica, recordativa e solitária. Ouça com um Black Label do lado, um bom livro e um Marlboro.

Por outro lado eu sigo minha vida de viajante do tempo, da vida, do mundo. Andando pelas ruas molhadas de uma terra que me acolhe muito bem. Agora morando com um amigo parece que os dias e, as noites, principalmente, estão distintas. O Nando também corre um monte. Trabalho de ‘informante’ tem destas. Não sei se saberia fazer algo diferente. Nem me vejo fazendo algo que não seja ligado com comunicação. E a cada dia faço isso com mais vontade. Empenho-me mais a cada dia que começa. Acordo relativamente cedo e não paro até chegar em casa. N´alguns momentos dou um tempo para pensar em alguma pauta e fumar um cigarro. E volto com sugestões. Funciona.

E sobre o apartamento novo? Sim, ele é bem bom. Tem um quarto grande só para mim. E claro, para mais alguém que quiser ir ver. Neste exato momento fiquei safado. Caiu uma safadeza tremenda do céu. Agora nem eu me seguro. O que será que tem para se fazer hoje à noite? Amanhã tenho de trabalhar, mas dou um jeito.

E hoje, especialmente, quero mandar um beijo para uma menina que se tornou muito especial: Luana de Mello Pradieè. Lu, beijo grande e boa sorte naquele “nosso negócio”. Agora vai. Dizem que a água tanto bate até que molha não? Então... that´s the way!

Ouvindo: Showstopper do Triumvirat. São 18h42.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Estúpido


Ouvindo: I don´t Want To Die do Suicide. São 11h52.

Deparo-me esta manhã com uma notícia grave: acidente deixa pelo menos 26 mortos e 87 feridos. Parece acidente de avião ou algo assim. Mas fui ampliar a nota e avistei que a IMPRUDÊNCIA mais uma vez fez esta barbaridade. Resumindo: motorista ultrapassa em local proibido, bate em ônibus e mata nove. Duas horas depois outro motorista de caminhão não respeita a sinalização e atropela (literalmente) dezenas de pessoas e fecha a trágica conta. Neste exato momento ele está no hospital e depois será levado para a prisão. Bombeiros, curiosos, jornalistas e pessoas que ajudavam no momento do primeiro acidente estão entre estes tristes números da nossa realidade brasileira: violência no trânsito. Confesso que senti daqui o cheiro do sangue que eles sentiram em Descanso (extremo-oeste catarinense). Quem já presenciou este tipo de fato imagina a que estou me referindo. Sentir o cheiro do sangue esfriado é horrível. O ar abafado da morte pairando sobre o local é de arrepiar até cobra. Como minha profissão é a notícia e sou sedento por este tipo de fato, gostaria de poder estar lá. Quem sabe informando ou ajudando a retirar os restos da estrada. Já fiz isso antes. Mas é triste e machuca. Deus ajude as dezenas de famílias das pessoas que morreram. Já frisei n´algum post antigo sobre este odor forte e único. Algo que dá a vida e que representa a existência nossa neste mundo estúpido. É um mundo estúpido. Motivado pela ignorância de um sujeito, dezenas de pessoas transformam-se em números em questão de poucos segundos. Há inclusive colegas de trabalho que estão entre estes números. Deus, ajude as famílias destas pessoas.
Estava prestes a escrever no Mendigo nesta terça-feira, mas olhei para o relógio e já havia começado a quarta. Isso foi sinal de que era hora de ir dormir. Nem vi a noite passar. Tenho a nítida impressão de que fechei os olhos e apenas tive o tempo de abrí-los. Uma espécie de piscada. Mas cheguei cedo. Ando acordando cedo e sem o celular tocar. Emídio que andou me ensinando como preparar meu inconsciente para despertar sozinho. Mas cinco e meia da manhã é acordar cedo demais. Sete da madrugada está de bom tamanho. Ontem fiz uma janta gostosa e saborosa. O Nando resolveu comer pizza noutra cidade e se empanturrou. Perdeu um comidão. E fiz para uns 10. O lado bom é que tenho comida para uma semana. Estou aprendendo a fazer comidas boas. Sempre crio algo diferente. Ontem fiz um molho de carne com alguma coisa. Uma delícia. E emagreci um quilo. Para quem aumentou cinco, perder um é uma grande conquista. A barriga está indo embora. Mais uns vinte três mil abdominais transformo a pipa em um tanquinho. Mas chego lá.
Para minha irmã Momô: baixinha, fica relax que há fatos bons que vem para o bem. E há fatos ditos "ruins" que também se transmutam em fatos bons. Contudo, fica firme, forte, descansa e levanta s peitões para o mundo. Tem um sujeito que está contigo que a ajuda sempre. Ele grita, mas é gente boa. Conta com ele, com as gurias, os bichos e crê no Pai do Céu. Mas se o cara não ajudar eu vou aí e finco o pé na bunda dele. E tenho dito.
Voltarei para a cozinha atrapalhar o oriental no preparo do almoço.

Ouvindo: Diamonds and Rust do Judas Priest. São 12h12.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Sasha


Ouvindo: Layla do Eric Clapton. São 11h49.

Sei bem que a dona Sônia adora esta música. Aliás, a mãe adora ver o baterista que toca nesta música. Tem um clip em casa que mami vê apenas a parte do baterista com seus braços fortes. Esta música é muito bacana. Estava eu a ouví-la ontem e hoje bateu uma vontade de escutá-la novamente. Ainda ontem fiz a janta. Pena que o cansaço era grande. Tinha de fazer uma "outra coisa", mas acabei por não fazer. Farei hoje à noite. E sem falta. E a casa nova está bem legal. Consegui aproveitar um pouco o final de semana entre trabalho e casa. Ambiente diferente. E como não poderia deixar de ser, a depressão finalizando o domingo persiste. Retornou, mas uma forma diferente. Nada que me faça ficar triste. E estou encucado tentando descobrir o motivo de não conseguir ver um filem chamado "O Homem Duplo". Sinceramente a película é muito 'tosca' (como dizia o Narciso). Já passei da metade do filme e até agora não consegui gostar de nem um pouco. Mas como sou insistente, quero terminar de ver de uma vez. Baixei dois filmes iguais com nomes diferentes. Quero ver o "Albergue 2". No primeiro eu já fiquei sem dormir uma noite. Mas no segundo eu já estou preparado para o sangue que irá escorrer pelas frestas do PC. Não sou fã de sangue, mas não quero ver de novo "Nem Que a Vaca Tussa", "Homem Aranha...", "Quarteto Fantástico e o Homem de Gelo", e outros que tenho como arquivo. De resto está tudo super bom. Mais calmo e sereno. O trabalho está corrido, como sempre. Hoje em dia um pouco mais já que estou cobrindo as férias de um colega e preparo o jornal, produzo matérias, vou para a rua, busco informações, volto, edito e faço o resto. Enfim, nesta vida de índio vago, tenho sofrido demais...
Acabei de ler uma nota em que a minha eterna rainha Xuxa queixa-se por estar triste e solitária. Mas a nota chamou-me mais atenção, pois, segundo a Xuxa, ela não consegue encontrar um homem que use preservativo e fique sempre em segunda plano. Entre nós: quem quer ficar em segundo plano? NINGUÉM! Xuxa, saiba que eu a considero como a minha eterna perfeita mulher. E até hoje acredito que a Sasha tenha sido adotada. Não creio que você não seja mais virgem. A minha eterna Rainha envelhece, fica mais bela. Mas sempre será perfeita. E ninguém venha me comentar contrário senão irão frustrar uma infância inteira. Mas eu casaria e aceitaria ficar em segundo plano. Já estou ferrado sentimentalmente mesmo. O que seria um pouco a mais? Como diz o gaudério: já que estou cagado porque não peidar?

Ouvindo: Crazy do Aerosmith. São 12h12.

domingo, 7 de outubro de 2007

Casa


Ouvindo: Money Talks do AC/DC. São 13h29.

O primeiro final de semana no apartamento novo. Consegui ficar em casa um pouco e aproveitar meu canto novo. Arrumei um pouco a sala, passei um pano em quase tudo. Nem limpei tudo porque uma senhora irá arrumar tudo na quarta-feira. E estreei a casa nova com um bom vinho. Nem sei se estava tão bom assim. Apenas sei que furei com a janta de ontem. Estava tão contente que não precisava trabalhar à noite e abri uma garrafa de vinho pr´eu me divertir sozinho enquanto arrumava a casa. Consegui conversar com minha amada mãe, minha mana Baba. Fui ao mercado comprar alguns apetrechos, mas deu errado. Tomei demais, passei mal e dormi na sala da casa das meninas. Que vergonha, né Sil e Elaine!? Mas ainda bem que elas me cuidam também. Quem sabe me “encantei demais” com o lugar novo e resolvi comemorar. Era para ser aproveitado à noite, mas ficou para hoje o filé com molho de vinho e tagliarin. Mas hoje eu bebo refrigerante ou suco. Uma destas por mês está mais do que bom. Escrevo, mas depois sei que minha amada mãe irá me puxar a orelha - mesmo de longe. Excite-me demais. Mas hoje estou melhor. Acordei relativamente cedo para um domingo chuvoso. Levantei, tomei banho, tomei um café da manhã e fiquei limpando e arrumando os móveis do Nandinho.
Esta semana está sendo muito bacana. Até quinta-feira estava sendo pesada a semana. Internamente algo que afligia. Algo me atormentava. Consegui passar por esta mini-fase de depressão interna. Estou contente. Até a dor de cabeça foi-se embora. Agora tenho internet em casa e poderei entrar no Mendigo com mais calma. Quem sabe deitar na cama e divagar um pouco. Quero voltar a ler e estudar mais. Na nova casa consigo me trancar e debruçar-me sobre as letras que eu tanto gosto. Logo que saltei da minha cama (que nada mais é do que um colchão no chão) resolvi abrir o pc e ouvir um som. Comecei a ler um pouco, mesmo antes do café, algo sobre religião e desisti. Meu corpo solicitava algo que me sustentasse. Fui comer. Amanhã irei me inscrever em algo que sinto forte. Sinto algo de bom surgindo. Nesta segunda enviarei o envelope. Mas não quero sair desta nova terra. Sinto também que novas "coisas" surgirão. Afirmei que vim acá para fincar bandeira. E assim o fiz. Sempre questionam-me quando irei visitar minha família. Respondo que não sei ainda. Nada que me faça não querer voltar. Mas, excetuando família e alguns amigos, não tenho mais motivos para estar em Bento. Não sei se ando sonhando, enquanto durmo, ou sonho acordado. Alguns flashes permeiam minha cabeça. Leves e breves recordações de alguns fatos. Quem sabe sejam deja-vù. Aquelas conhecidas sensações de termos já passado por determinado lugar, visto certas pessoas ou praticado certas ações.
Sinto um mundo acinzentado neste domingo. Sinto a chuva caindo sobre meus ombros franzinos e doloridos da noite mal dormida. Percebo que o dia será de trabalho e chuva. Dias como estes são especiais para ficarmos trancados dentro de casa com um edredom macio, suco e muitos filmes. Dia perfeito para não tirarmos aquele velho e fedorento pijama largo. Ficarmos de meias ou pantufas dentro de casa. Dia propício para comermos boa parte do dia e fazermos algo de doce. Quem sabe um pão, um bolo ou mesmo algum doce diferente. Nestes dias de domingo recordo-me, muito bem, da minha irmã Momô fazendo aqueles bolos bem gostosos. E a pequena (pois é a mais nova) da família sabe fazer bons bolos. Teve uma ótima professora. Qualquer dia me dedicarei a fazer o pão de iogurte que minha mãe falou tão bem. Mas ainda tenho pão em casa. Nem tempo tive para comer estes últimos dias. Estou contente com tudo. Com as pessoas lindas e maravilhosas que nesta terra conheci. E sinto-me agradecido ao Pai do Céu por ter conhecido duas em especiais: Sil e Negona. Quem sabe muitas pessoas não suportem mais ler sobre a Sil e a Elaine. Digo para estas pessoas que se danem. Porque pessoas com estas duas meninas não se encontram em qualquer vida. E eu tive a sorte de viver no tempo certo. Certo por estar vivendo com minhas meninas, meus cunhados, amigos e bichos.

Ouvindo: Joquim do Vítor Ramil. São 13h51.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Mão na massa


Ouvindo: Ain´t Talking About Love do Van Halen. São 12h01.

O Mendigo está um tanto pobre esta semana. Desde segunda ando correndo bastante. Mudança, trabalho, mudança, mais trabalho e cansaço. Sento, me conecto com o Mendigo Rock Virtual e penso em escrever. Mas as pautas somem. Desde quarta-feira estou de casa nova. Estou morando num apartamento bem legal. O rapaz com o copo de Pespi é o Luis Fernando. Um jornalista gaúcho que também aportou nesta nova terra. Ele está há mais tempo que eu embrenhado neste lugar que nos acolhe muito bem. E fico contente e agradecido por esta dividindo um belo apartamento com um sujeito bem legal. Começamos a mudança na quarta-fera á noite e seguimos madrugada adentro bebendo, mudando, bebendo um pouco mais, comendo salgadinho e levantando peso. Mas todos os móveis são do Nando. Eu entrei com a força física que eu não tenho o privilégio de possuir. Passava da meia-noite quando fomos buscar meus apetrechos na outra casa. Senti um tanto de tristeza em "deixar" a Tia Tê e o Joci. Mas enfim, fará (e está fazendo) muito bem. Na noite de ontem terminamos de carregar tudo com a geladeira super chique do Nando. Aquele trambolho mais parece geladeira de matadouro, tendo em vista o tamanho do "troço". Limpamos um pouco a casa, arrumamos o quarto dele. E como eu não tenho nada, ele me cedeu o colchão de casal que ele trocou. É que gente chique tem geladeira grande e cama box. Mas sinto-me muito feliz e tranqüilo com a gentileza do sujeito. Gostei da mudança regada a cerveja. Parece que fizemos o trabalho mais calmos. Mas cabe neste espaço agradecer o empenho e auxílio da Sil e da Elaine. São nestes momentos que contamos e descobrimos quem está conosco. Nem precisou pedir. Elas foram lá e "botaram a mão na massa". E é por este tipo de SER HUMANO que podemos pensar que é bom viver. Obrigado gurias.
deixei num canto minhas poucas coisas. Resumem-se a presentes e minhas roupas. Improvisei um ‘incensário’. Até o Nando riu. Como dizem: quando não se tem vara para pescar, pega-se um pão e um pedaço de pau. Quando o peixe morder o pão, desce o pau nele. Nunca testei, mas num lugar com bastante peixe pode surtir resultado. Estes ditados modificados pelo mendigo aqui são estranho. Mas sinto-me hoje bem mais aliviado.
Passei esta semana como um louco depressivo. Triste, pensativo, cansaço, pensativo, perdido. Mas ontem foi bem legal e consegui ficar tranqüilo em casa nesta quinta. Fez-me muito bem. E sigo bem hoje também. Desde quinta estou produzindo o jornal. Mas nada que eu não tenha feito antes. Quanto tempo que não ficava na redação pensando, escrevendo, ligando. Até então estava "na rua" buscando notícias.
Aliás, hoje vi um atropelamento. Eu vi porque por um metro não era eu. Apenas subi rápido na calçada e a mulher entrava na faixa de segurança. Deu tempo para ouvir a forte freada de uma camionete, "sentir" a forte batida, olhara para trás e visualizar a cena de uma mulher ' voar' cerca de cinco metros. Imediatamente liguei para os Bombeiros, que ficam próximo, pedir ajuda e correr até a mulher. Deixei-a imóvel, toquei levemente nela para saber se estava respirando, perguntei se estava consciente e esperei a chegada dos socorristas. Aprendi a não movimentar o corpo de ninguém em acidentes de trânsito. Fiz literalmente o que aprendi com eles (os socorristas). Foi tão perto de minha pessoa que "senti" a pancada. Mas creio que ela ficará bem. Apenas um susto sem tamanho e pequenas escoriações. Mesmo estando sobre a faixa de segurança eu 'corro' para chegar até a calçada. Não brinco com o trânsito.
Por incrível que pareça e acordei sem despertador nesta sexta. Cheguei cedo ao trabalho. Ontem tentei ver o final de um filme (que há uma semana estou tentando ver inteiro), mas o sono foi maior. Dormi. Aliás, já levei uma advertência da zeladora do prédio. No primeiro dia já assim? Mas explico: estava eu sustentando meu vício na janela e, como não tenho cinzeiro ainda, joguei o "pito" pela janela. A zeladora viu e apertou a campainha cerca de meia hora depois. Aceitei o xingão e fechei a porta. Jogarei os “pitos” na outra janela. Assim ela não verá. Mas ela foi educada. Até disse que está sempre disposta a ajudar em qualquer problema. Mas não acreditei. Vou testar a gentileza pedindo almoço amanhã. Mas farei minha comida em casa.
Pretendia aproveitar a manhã do sábado para procurar um roupeiro para mim, mas terei de trabalhar. Enfim, quem sabe eu consiga alguns minutos para ir buscar um local para deitar minhas roupas. E sinto saudades de você. ETA.

Para minha mãe: Tchetcha, estou bem e contente. Logo envio fotos do apartamento. Por seis meses não precisarei lavar minhas roupas. Depois explico. Beijo, dona Sônia. Beijo para as meninas, para os guris e para os bichos.

Maguinho: Sei que amanhã será teu aniversário. O Mago é meu cunhado menor. Parabéns antecipadamente Mago e fica em paz. E como presente, eu peço para ti cuidar muito bem da minha irmã Momô. Beijo pro Mago e fica em paz.

Ouvindo: Save Me do Queen. São 12h25.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Carimbo


Ouvindo: Back on the Chain Gang do The Pretenders. São 11h29.

Esta é uma música que me faz lembrar da minha irmã mais velha, a Valeska. Conhecida intimamente como Dale, ela é a linda mãe da minha sobrinha. Junto com o Luli "criaram" um dos meus maiores e mais belos presentes: a Lolly. Saudades daquela baixinha de pouca fala, inteligente e curiosa. Mas acima de tudo ela é uma criança muito companheira. Recordo muito bem quando ainda estava morando em Bento Gonçalves. Eu trabalhava à noite e durante boa parte doa dia ficávamos, eu e minha amada mãe, "cuidando" e entretendo a pequenina pessoa. E esta pessoa pequena cresceu. E cresce a cada dia. Ela me acompanhava em quase tudo. Aonde eu ia a pequena ia junto. Lembro de um dia quando fui à uma agência dos Correios enviar alguma coisa e ela carimbou todo o balcão. Sentei-a sobre o balcão enquanto era atendido. Mas não percebi a ação da Lolly. Vi a cena e bateu-me uma certa vergonha entrelaçada com vontade de rir. E foi o que fiz. Olhei para aquele ser pequeno e sorri. Tentei adiantar a limpeza e piorei. A atendente sorriu, muito gentilmente, e disse que "limparia" o estrago. Saudades da minha baixinha. Tanto quanto sinto saudades das minhas meninas e dos guris de casa. Há músicas que me trazem lembranças.
Sobre o post de ontem, reli. Algumas pessoas a interpretaram de forma errada. Preferem escrever e-mails por não "aparecer" tanto. Apenas digo: não tenham vergonha. Pode escrever. Coloque outro nome. Creio que saberei quem são. E jamais fiquei zangado por qualquer comentário. Até porque o que escrevo é algo que emana de entro. Nada superficial. Mas, por outro lado, jamais escrevi algo direcionado à alguém. Escrevo, divago sobre algo interno, sobre idéias, pensamentos, frustrações, alegrias, tristezas ou algo que me atormentou. Seja hoje ou ontem. Não é algo unicamente atual. São sensações, muitas vezes, que retornam em meu coração, em minha mente tristemente marcada. Nada individual à uma ou duas pessoas. Algo meu. Não me queiram mal e nem me desejem mal. Apenas quero o bem para todos vocês.
Internamente mantenho-me numa situação "pensativamente" complexa. Não quero que me entendam. Não quero que me julguem. Até porque não julgo ninguém. Não recordo avaliar se isso ou aquilo está certo ou errado. Somos todos donos do nosso nariz. Mãe e pai fizeram o trabalho inicial, mas o restante é nossa obrigação, nosso dever.
E hoje à noite faremos a mudança. Sairei, com certa tristeza, da pensão onde estou desde a chegada a esta nova terra. Chamo de pensão, mas no fundo é uma casa onde dividimos quase tudo. E por esta questão de “tanta” divisão optei por ir morar com um grande amigo. E faremos um exercício físico durante a noite. Dormi mal esta noite. Não conseguia pregar os olhos ontem à noite. Não sei o que motivara meus pensamentos. Se é que estava pensando n´algo. Sigo atormentado por desejos infundados em superfícies plenamente desconhecidas. Ando querendo algo que não posso ter. Bom, tudo podemos quando acreditamos. Ando seguindo desvirtuado de minhas crenças e meus desejos. Mas fixei, por outro lado, algo que irei lutar e buscar. Seja onde for e quanto tempo demorar. Irei fundo nesta minha vontade. Espero o tempo necessário. Mais do que devia e menos do que precisaria. Sou um ser humano. Cuida de mim.

Ouvindo: Human do The Pretenders. São 12h02.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Nuvens


Ouvindo: Stairway To Heaven do Led Zeppelin. São 11h43.

Estava pensando em buscar um caminho que me levasse ao céu. Um caminho, mesmo que tortuoso e difícil, mas que me levasse ao céu. Independente de quanto tempo levasse ou quão grande fosse a dificuldade. Independente de por onde passasse esta estrada. Eu penso em ir ao céu. Quem sabe pisar sobre as nuvens doces e brancas (como as vejo daqui de baixo). A doçura da incerteza. A tristeza da certeza. A impossibilidade de poder. Ou a possibilidade de nada poder. Quem sabe o poder! Assisti no final de semana um filme conhecido de muitos: O Pequeno Príncipe. Não recordo se já li a obra literária. Mas fiquei pensativo e sonhando com algumas cenas do filme. Uma espécie de musical triste. Fiquei racionalmente pensativo e avaliando possibilidades de uma cena, em especial. Confesso que pensei na cena e a vi várias vezes. Chorei. Um pequeno menino, em busca do conhecimento. De qualquer conhecimento além do pouco que ele conhecia. Buscara em outros planetas alguma coisa que o fizesse deixar de ser ignorante, como ele mesmo relatara no filme. Mas após esta sua busca, que durou cerca de um ano, ele queria voltar para o seu mundo. Mundo onde ele era dono. Mundo onde nada lhe faltava. Mundo este onde ele tinha três pequenos vulcões, alguns baobás (creio que seja este o nome) e uma rosa. Ele encontrou na Terra, após muito viajar, uma raposa que cativara e localizou a serpente que o envenenou. A serpente se fez por amiga. Conseguiu convencê-lo de que precisava da ajuda dela para voltar ao seu pequeno e solitário mundo. E ele aceitou. A serpente o picou e ele voltou ao seu mundo. Quem sabe posso pensar que ele morreu.
Enfim que eu tenho vontade de pisar nas nuvens. Eu fico imaginando o que somos capazes de fazer para podermos ter o que queremos. E tem uma frase que me marcou – já havia a escutado/lido n´algum lugar e/ou tempo: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. O que será que eu cativo? O que será que me cativa? Eu busquei sempre cativar algo bom. Cativar pessoas boas ou relações boas. Sou ciente de que não sou e jamais serei a melhor pessoa do mundo. Mas sou honesto. Tenho orgulho de dizer que nunca traí. Por outro lado fui muito traído. Quem sabe o seja até hoje. Não quero dizer apenas palavras bonitas para pessoas das quais eu gosto. Caso eu não esteja convencido (racional e irracionalmente) do que eu quero ou de quem eu gosto, fico calado. Mas hipocrisia sentimental não. Não faço aos outros o que não quero que façam para minha pessoa. Mentira ou omissão também machucam muito. Mas o que mais machuca é a descoberta. Quem sabe os dois atrelados pioram. O resultado disso certamente será decepção, desconfiança, tristeza. Seja de um ou dos dois lados. Quem sabe até de um terceiro, quarto, quinto lado. Nos programamos, projetamos, sonhamos com muitas ações. Sonhamos e projetamos vidas com pessoas. Sejam amigos, familiares, conhecidos, amores. Sempre há alguém por perto. Quem sabe eu cative a mentira ou a tranqüilidade de pessoas. Ou ainda cative pessoas boas para compartilhar minha vida. Eu não desejo, mas espero a segunda opção. Deve ser muito agradável poder pisar nas nuvens.

Ouvindo: Highway To Hell do AC/DC. São 12h10.