quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Iaran


Ouvindo: Always On My Mind do Elvis Presley. São 17h28.

Há momentos que recebemos boas notícias, mas elas não caem bem. Quem
seria louco de ficar triste quando a chefe chama e avisa que vai te dar 10 dias de folga, pois está "devendo"? Incrível, mas consegui ter uma sensação de tristeza. Estava pensando há dias em escrever sobre algo que me atormentava. Bom, no fundo atormenta há semanas. Pensei que fosse algo do coração, do trabalho, da vida, das decepções, das
frustrações. Frustração! Palavra que me vem em mente neste momento. È assim que me sinto: frustrado. A diretora me disse para pegar estes dias e ir visitar minha família. Por um lado sinto imensa vontade de fazê-lo. Por outro, sinto-me triste. Sei que jamais iriam me cobrar qualquer coisa que fosse, excetuando pedir que não beba e não fume.
Mas seria para o meu "bem físico". Parar de fumar seria ruim para meu "bem mental". Mas tento me convencer em não me sentir frustrado por ir á Bento com mãos vazias. Sei que vim para esta nova terra recomeçar minha vida, em todos os aspectos. E também estou ciente de que nada conseguimos em pouco tempo. Mas não desistirei não do meu primeiro milhão. Será o mais difícil obter o primeiro milhão de reais. O segundo, terceiro, quartos virão mais facilmente. Não quero pensar apenas em trabalhar de dia para poder comer á noite. Vivemos num mundo tão abundante. Há abundância e má distribuição de tudo. Mas quando me refiro ao termo "frustração", quero colocar que me sinto assim. De poder ir visitar minhas meninas, meninos e bichos sem nada para oferecer. Sei que eles jamais pediram qualquer coisa material para mim. Sei que o amor que tenho por eles é forte demais e supera qualquer dificuldade ou problema. E é recíproco também. Mas realmente me sinto frustrado em ir visitá-los sem nada para oferecer. Ofereço meu amor e gratidão. E penso se realmente quero ir. Sentir-me-ia um
tanto estranho. Mas até mês que vem tem tempo. Tenho um mês para decidir e pensar. E sei que algo há de surgir neste período. E algo bom. Torçam por mim. Sei que muitos estão aqui e sintam-se felizes, pois eu torço por vocês. Não sou egoísta em pensar apenas em mim. Posso estar longe, mas sei que quem surge por aqui é porque se importa um pouco, que seja, comigo.

PS: Obrigado Pai do Céu por tudo O que tens me fornecido. Tudo!

Ouvindo: Burning Love do Elvis Aaron Presley. São 18h33.

domingo, 25 de novembro de 2007

Post 200


Ouvindo: Rainbows End do Camel. São 16h01.

Na sexta-feira, depois de algum tempo, fui mestre-de-cerimônias num evento de um Sindicato desta nova terra. E matei as saudades. Este tipo de apresentação sempre foi meu forte. Adoro fazer cerimoniais e sei que faço bem. Não sou de fazer festas ou alegrar a “comunidade noturna”. Sempre fui de algo mais sério. Sou, relativamente, um sujeito sério. Quem sabe até demais. Preocupado demais, sério demais. Queria conseguir viver pensando que tudo é uma festa, tudo é divertido. Saudades da minha infância que tudo era uma brincadeira. De um papel velho e rabiscado eu fazia um avião. De um lápis consegui fazer o eixo de um carrinho. A borracha eu dividia em duas partes e gastava ela até ficar arredondada. Já tinha “pneus e um eixo”. Encontrava uma madeira qualquer e fazia a base de um carrinho. E me divertia com isso tudo. Com lençóis e cobertores eu criava uma barraca na sacada da minha velha casa, onde eu e minhas irmãs nos criamos, em bom trecho da vida. Convidávamos os amigos para brincar junto. Do velho (e ainda sobrevivente) abacateiro da rua Minas Gerais surgia uma aventura de subir e descer. Como a árvore era alta pregamos alguns pregos grandes para servir como escada. De posse de um galho forte e grande, a árvore servia de base para o balanço feito com cordas do caminhão do meu velho pai e um pneu que conseguimos n´algum lugar que não recordo. Com as rodas de uma cariola (ou carrinho de mão) lembro bem que criei meu carrinho de lomba que tinha a possibilidade de “rodar” na rua e “cantava pneu”. Mas além destas, outras tantas atividades fazíamos quando crianças. Saudades do tempo em que tínhamos tempo para estudar, para brincar, para brincar mais, para estudar um pouco, brincar de novo e não nos preocuparmos com muita coisa não. Dividir brincadeiras com amigos e ficar em casa quando chovia. De sermos atendidos prontamente pela mamãe quando estávamos doentes, quando nos ajudava a colocar as roupas. Em obrigar-nos a tomar banho em dias frios, em trocar roupa suja, mas que era tão confortável mesmo suja. Tempos em que não precisávamos ficar pensando em como pagar contas no dia seguinte, em onde comprar comida, em ir trabalhar e ter de enfrentar um cliente chato ou chefe bravo. Tempos em que, relativamente, éramos mais felizes. Ou, pelo menos, menos preocupados e estressados. Tínhamos um colo e um abraço quando nos machucávamos; havia sempre alguém disposto a nos proteger e nos defender quando necessário.
Mas penso que, mesmo depois deste tempo passar, há quem nos protege. Mesmo que não sabemos ou não percebemos, sempre há alguém nos resguardando. Somos blindados por seres invisíveis, por forças ocultas. Mas não penso em querer saber que são eles. Importante é que “eles” nos cuidam e ponto final. Não quero saber como a luz chega até a tomada. Quero apenas que ela esteja lá e pronto. Nem quero saber como os porcos viram lingüiças, bacon, ou seja, o que for. Não quero imaginar como é feita a margarina ou como é cortada uma vaca ou depenada uma galinha. Apenas quero comer sem saber como chega até minha boca. Tenho certeza que viraria vegetariano se soubesse detalhadamente.
Nem tudo precisamos saber como surgem ou aparecem em nossas vida. Não precisamos e nem devemos saber. Há pessoas especializadas em tentar descobrir determinados mistérios da vida; mistérios religiosos, físicos, químicos, históricos. Deixemos que eles se preocupem e divulguem quando possível. Acidentes acontecem, pessoas se vão, outras aparecem, outras ainda desaparecem. Há ainda aquele que maltratam de forma consciente, outras que enganam, que mentem, que são vingativas, que apenas desejam mal ou que a inveja toma conta. Azar deles. Somos passíveis de erros, é lógico, mas há aquele erro premeditado. Aquela ação que sabe (e todos sabem) que é errada, mas mesmo assim a faz, a pratica. Faz com um, faz com outro e faz com outros futuros ainda. Mas se a diversão é boa, benéfica, tudo bem. Azar dos outros não? Caso pense que assim é certo, paciência. Quem somos nós para julgarmos atitudes, ações de outras pessoas? Mas tenho a certeza de que hora ou outra esta ação tornar-se-á maléfica. Bom agora, ruim depois. Tudo nesta vida tem a reação. Tem primeiro a ação. Posteriormente, a reação. É lei. Pode não surgir num breve momento, mas surge. E brota no momento inadequado. Faz aqui, paga aqui. Saudades da minha infância em que eu fazia algo errado e meus pais eram obrigados a ouvir as reclamações.
Este é 200º post. Bom número.

Ouvindo: Pressure Points do Camel. São 16h31.

sábado, 24 de novembro de 2007

Apoio


Ouvindo: Song Yet To Be Sung do Perry Farrell. São 17h52.

Os últimos dias até têm sido bem interessantes. N´algum momento urge um sentimento estranho, mas passa rapidinho. Semana de trabalho intenso. Não parei muito não. Mas como se arrastou a semana. A impressão que tive (e de outras pessoas também) foi de que a semana contou com 20 dias. Deve ser pela falta de feriado. Foram seguidos feriados. Mas agora parece que encerraram os dias de descanso. Esperemos o final do ano. Aliás, Natal está chegando. Seguindo o que o Nandinho escreveu, pedir ajuda também. E por isso, meu querido Papai Noel: faça com que os produtores do Big Brother Brasil me escolham para ser um dos participantes.
Estava adiando a minha vontade de escrever e contar que fiz a inscrição para a edição 2008 do programa. Há alguns anos que algumas pessoas comentavam que eu seria uma pessoa “curiosa e/ou interessante” para ficar vendo todos os dias na televisão. E este ano resolvi gravar um vídeo e enviar a inscrição. Foram dezenas de perguntas respondidas numa noite de quinta-feira, ainda quando morava na casa da Tê. Enviei o envelope com o DVD, fotos, ficha de inscrição e questionário pouco depois de me mudar. Acabei mudando de casa e de vida, de certa forma. E ando confiante com esta possibilidade. Ir participar deste reality show seria muito bom para minha pessoa. Aliás, vai ser. Vou escrever com certeza para ter mais força no pedido ao bom velhinho. Seja Pai do Céu, Papai Noel, enfim, quem for. Dê-me esta oportunidade. O resto deixem comigo. Eu me viro - sou quase um pavão. Com esta oportunidade poderia eu começar a fomentar, de forma mais concisa, a Igreja do Rock, comprar minha moto e a casa de Natal para minha mãe. Sei que a casa está perto de chegar, mas darei este presente para a minha amada Dona Sônia. Minha, das meninas, dos bichos, dos cunhados e do mundo. Com minha mãe não sou egoísta. Com a dona Sônia tem mãe de sobra. Coração sem tamanho e de valor incalculável. Não vendo minha mãe não. Empresto, com muito prazer, mas sem abusos.
Mas voltando ao assunto, inscrevi, abri um perfil no site do programa (http://www.8p.com.br/bbb/iaran/perfil) e estou fazendo minha parte. Algumas poucas pessoas ficaram sabendo que enviei o material. Nem quis criar expectativas. Nem comigo nem com ninguém. Mas sei que tem gente que poderia entrar no site e votar SIM também. Amigos, amigos... Quem os são? De quem menos eu esperava, impactei com a resposta. Obrigado pela força. Sei que a Drika fez um comercial grande entre seus amigos sobre o site e sobre a Igreja do Rock. Obrigado Drika. Beijo carinhoso para você. Aprendi muito, em pouco tempo, com esta menina com Deus bem ao seu lado.
Mas sigo nesta minha jornada. Pedi para um “ser” que anda me auxiliando muito desde que cheguei nesta nova terra. Que recorda muito bem desde a primeira vez que o vi. Recorda do lugar e do que me disse. Obrigado Seu Sete. Salve!! Sei que ele também faz uma corrente forte com esta intenção. Estou convicto de que não é fácil ser um dos escolhidos entre mais de 160 mil brasileiros que enviaram o material. Faz sei que sempre fui muito protegido por ai do Céu e tenho Santos muito fortes comigo. Do contrário não estaria aqui hoje. Obrigado para todos vocês também. Não quero saber quem são vocês, apenas sei que vocês estão perto e me auxiliam. Tanto eu como muitas pessoas são auxiliadas por estes “seres” que não vemos nem tocamos. Apenas sentimos.
Pois bem, Papai Noel, dá-me este presente de Natal: ser um dos 14 que estarão no BBB8. Depois eu peço o resto.

Ouvindo: The Silent Man do Dream Theater. São 18h41.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Relógio


Ouvindo: She Sells Sanctuary do The Cult. São 19h51.



Nota boa para os fãs de Led Zeppelin. Os três restantes do grupo (Plant, Page, Jones) irão se reunir ano que vem para alguns shows. Foi confirmado apenas um, em Londres, mas Pagé garantiu que “nós não iríamos nos reunir para apenas um show. Seria sacanagem com os fãs”. Quer dizer que eles deverão fazer uma turnê. Imagina eles no Brasil? Que festa. Seria um presente para o mundo.
Ontem fui para casa projetando o que iria escrever para jornal. Acabei ligando o computador, esquentei algo para comer, comi, desliguei o bichano, sentei no sofá, coloquei um filme, deitei no sofá e um filme sobre espíritos. Deu um nojo em algumas cenas, mas consegui terminar o dito cujo. Não retirem um filme chamado “Silk”. Japonês bravo. Aliás, os nipônicos sabem fazer cinema? Caso saibam, devo ter separado o pior já feito. Terminei de ver o filme e fui ao berço. E consegui dormir muito bem. Dormi como uma pedra pesada: nem me virei. Acordei com muito sono ainda, tomei banho e fui trabalhar. A manhã passou rapidamente. Aliás, no final da manhã ganhei um presente da dona do posto de combustíveis. Fui abastecer a unidade móvel e comentei sobre o cartaz de Marlboro atrás do balcão. Disse para guardar para mim, pois o trabalho é bem bonito. E ela me disse que tinha um relógio de parede do cigarro sem uso. Deu-me de presente. Agora falta a geladeira da Skol, uma mesa de sinuca e a luz baixa. Está quase montado o boteco.
Interessante como certos momentos acontecem em nossas vidas. Há momentos em que pensamos em desistir de tudo, “largar de mão”, deixar para trás. Mas no fundo há um querer maior que este desejo inicial. O medo, o receio de desistir nos faz criar opções, escolhas. Aceitar algumas ações, rejeitar outras. Quem sabe as são de forma temporária. Mas mesmo assim nos fazem decidir, pensar. Pensei na primeira, mas parei para olhar para dentro de mim. Um “insight”, como dizem. E acredito neste sentimento interno profundo. Nada me deixaria a crer nesta possibilidade, olhando de fora. Mas no fundo acredito que pode sim. Enganei-me em muitas ocasiões e esta poderia ser mais uma. Mas seria eu mais errado em perder por não ter tentado. Poderei errar tentando. Todos os dias tentamos algo. Seja no trabalho, na escola, na rua, na vida ou no amor. Mas não podemos parar para pensar. Melhor fazer e sentir.


Ouvindo Immigrant Song do Led Zeppelin. São 20h20.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Lutar


Ouvindo: Tears of The Dragon do Bruce Dickinson. São 17h42.

Eu estava pesquisando pela internet sobre estilos musicais. Encontrei 34 estilos musicais. Pouco? Não, são muitos. Mas o detalhe mais interessante deste número: de cada um destes estilos musicais existem dezenas de subdivisões. E de cada subdivisão existem outras dezenas. Descobri uma espécie de árvore genealógica dos estilos musicais. Contudo, resumindo, são centenas de estilos musicais. Quantos você
conhece? Cinco, seis, dez, vinte? "Vaudeville". Esta é uma subdivisão de um dos mais importantes para a cultura musical: o Blues. Um anexo ao Blues de raiz. Ao Blues chorando, minguado de violões tocados com duas cordas. Pois é. Música é fantástica. Uma cultura inesgotável de informações. Mas agradeço à Deus por ter deixado um sujeito criar a internet. O nome do sujeito é Tim Berners-Lee. Ele é inglês. Mas
qualquer dia escrevo mais sobre ele. Aliás, faz o seguinte: pesquise sobre ele na internet que tem um vasto material sobre como começou a world wide web (www).
Mas voltando aos gêneros musicais. São centenas de definições de estilos musicais. Desde estilos folclóricos locais até eletrônicos utilizados apenas em raves (que nada mais são do que aquelas festas baseadas em ácidos e muita bebida com teor alcoólico alto). Muito interessante mesmo.

Perdi o que tinha em mente para registrar. O final de semana foi tranqüilo. Trabalhei, comi bastante. Fritei alguns bifes na chapa sábado á noite na casa do Emídio e da Estela. Jogamos e comemos mais um pouco. Deus do céu. Quanta comida no final de semana. Sábado ao meio-dia, à noite. Domingo terminei com o pudim de morango que fiz na véspera. Segunda-feira voltei ao normal – sem comer muito.
Obrigatoriamente necessito caminhar um pouco. Ando com a insônia me atormentando novamente. Não por comer demais, é claro. Mas minha cabeça anda tão cansada que nem dormir consigo. Todo bendito dia chego a casa cansado e tento, em vão, cerrar os olhos. Quem sabe caminhar, ou me exercitar um pouco, ajude-me a dormir melhor. Já mudei todas as posições do quarto para tentar, mas não surtiu o efeito esperado.
Dormi no sofá, na sexta, mas mesmo assim não consegui dormir direito. Além da insônia atormentou também a dor nas costas. Mas nem por isso me entristeço. Estou ansioso aguardando uma notícia boa por telefone. Mas ainda há algum tempo para isso acontecer. Até, quem sabe, metade do mês vindouro. E, dependendo, não poderei passar o natal em Bento Gonçalves – minha terra natal e onde há minha família, bichos, amigos e meu som. A saudade parou de bater tão intensamente nestes últimos dias. Não fiquei insensível não. Apenas acabei tentando deixar esta dor de lado. Quer queira quer não, isso machuca. E bastante. Ainda mais comigo e com minha família. As meninas e meninos são TUDO para mim. E sei que quero lutar contra tudo e todos por eles também. Luto contra o mundo, quem sabe. Quem sabe sim, quem sabe não. Mas o
conveniente desta história é o que aprendi, as pessoas que conheci e o amor que obtenho todos os dias. Obrigado.

Ouvindo: Road To Hell do Bruce Dickinson. São 18h29.

sábado, 17 de novembro de 2007

Lamber


Ouvindo: You´ve Lost That Loving Feeling do Elvis Presley. São 18h28.

Sábado legal. Hoje fiz um almoço gourmet. Não sou chef. Sou metido e curioso. Gourmet é uma especificação, conforme consulta virtual, que designa uma comida um pouco mais sofisticada. Fiz um frango ao vinho branco com molho cinco queijos (eram quatro, mas coloquei mais um) e um arroz greco-tailandês. E para beber: Coca-Cola. Importante é comer. E de sobremesa fiz um pudim de morango com doce de leite e pedacinhos de chocolate. Comi pouco, pois quando faço comida não consigo comer muito não. E hoje à noite serei o dono da churrasqueira na casa da Estela, do Emídio de das crianças. Bom, eles têm dois Spitz Alemão, um Poodle, um gato, um papagaio, um coelho e, desde a semana passada, dois jabutis. Estela e Emídio vivem em função dos animais. E lá na casa deles é tudo de bom. A Belinha é tão carinhosa que não se aquieta até as pessoas agacharem e deixar ela dar uma lambida de boas-vindas. O Freddy gosta de se impor, latir, tentar amedrontar, correr e depois dormir. Interessante que o Freddy é apaixonado pelo coelho. Outro dia coloco uma foto dele esperando a porta do jardim ser aberto esperando para ver o coelho. Mas agora mais dois jabutis são para completar a família. Conheço pessoas que têm amor por animais, mas a família dos dois é algo extraterrestre. A casa é dos animais. O dia-a-dia também. E hoje deverei ficar ao lado do fogo. Mas faço com prazer mesmo. Ontem, na casa deles, experimentei a tal da lagosta. Olhei aquele crustáceo grande na beirada da churrasqueira e pensei que fosse um enfeito novo. Que nada! Era um desejo antigo de grávido do Emídio. Queria porque queria comer o tal bicho e comeu. Gosto estranho e forte, mas gostoso. Bom, por cento e poucos contos deveria, por obrigação, ser bom mesmo.
E a sexta terminou falando do acidente sofrido semana passada pela Silvinha e, graças ao Pai do Céu, que nada lhe aconteceu. Mas mesmo assim os três ocupantes do Ford Fusion, que bateu de frente no ônibus que estava minha grande amiga, foram “pro pau”. Mortes instantâneas. Mais três para os tristes números das estradas brasileiras. Depois de comentarmos sobre acidentes e tragédias pessoas, ou vistas “in-loco”, pegamos o rumo de casa. Estávamos cansados. Ah! Com incentivo do povo desta nova terra comecei a estragar o tão saboroso vinho. Misturo vinho com Coca-Cola. Não recordo do nome, mas é algo até agradável. Estraga-se o refrigerante e estraga-se o vinho. Depois de um trabalho sem tamanho para produzir um vinho, estraga-se os dois com a mistura. Mas assim evito beber exacerbadamente. Mas o bom de beber é passar mal. Semana passada foi pesada a noite. Bom, a dona Elaine capotou no banheiro, o Nando acordou torto e eu nem dormi direito. Mas com amigos tudo fica bom. Depois cantamos também e tiramos fotos de todos que na rua estavam depois das quatro da manhã. A turma do G6 é carga pesada. Gente de primeira linha. Quando se bebe, bebe-se mesmo. Não somos de frescuras.
Mas tirando este assunto etílico, estou bem melhor. Estou quase novo. Hoje, especialmente, com sono, mas bem. Falei rapidamente com minha amada mãe ontem á noite e fiquei melhor ainda. Saudades enormes das meninas e dos bichos., Hoje quase chorei ao ver as fotos das meninas. O Gatão está lindão. Os seus pelinhos mais parecem um tapete negro de veludo felpudo. E o filho do Gatão está mais lindo ainda.
Mas aos recados:
Mami: a senhora está bem hein? Adorei as fotos com a Lolly. Os artesanatos ficaram maravilhosos.
Baba: tu estás magra demais. É o amor pelo Rodrigo? Diminuam a intensidade das tr... hehe... e se alimenta direito.
Momô: como andam as aulas para a habilitação?
Lela: nem escrevo nada, pois você quase nunca entra no Mendigo e nunca me escreveu. Só quer saber de namorar. Mas enfim, sinto saudades gigantes, mana importante.
Dale: da mãe da Lolly sinto saudades daquele sorrisão único no mundo.
Luli: falta do meu cunhado também. E vai com calma com o trampo hein, colorado? Pior que o teu time só o Juventude.
Mago: cuida com o bexigão e estuda hein guri? E cuida bem da minha irmã. Bom, isso sei que você faz também.
Lolly: o Tio Negão te ama Lollyzinha. E como vai o “colégio”? Estuda bastante, tá?
Gatão e Pimpim: falta dos bichos. Aliás, o gatão ta lindão, mas o Pink está careca quase, mãe? E outra: não dá muita comida para o gatão, pois ele é guloso. Desde o primeiro dia que esteve em casa ele comeu tudo e quase passou mal. Cuida com a ração dos bichos.
Falta alguém? Sim, meus amigos que deixei. Saudades de vocês.
Mas aviso: não tenho vontade de ir para o RS.
Quero subir um pouco mais o mapa ou, quem sabe, sair dele.

OS: E obrigado pelos comentários de todos vocês. Sei que muitos entram, mas poucos escrevem. Deixem seus comentários. Ficarei feliz em ler e saber que vocês partilham de algum momento comigo também.

Ouvindo: Pretty Woman do Valn Halen. São 19h08.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Cachorro


Ouvindo: Dreams do Van Halen. São 20h51.

Quinta-feira, 15 de novembro, feriado. Dia de trabalho. Apesar de ser bem mais calo o dia de trabalho, foi dia de trampo. Fui até à rádio apenas para apresentar o jornal e voltar à noite para o esporte. Mas estou melhor. Bem melhor do que os dias anteriores. Semana ruim. Nada envolvido com o trabalho. Pelo contrário! No trampo está tudo indo super bom. Correndo bastante. Mas com a chegada do final do ano começa a correria. Mas que venha então o final do ano. Andei pensando que este ano de 2007 está sendo super bom. Mudei como eu queria, aprendi muita coisa que jamais esquecerei. Conheci pessoas incríveis. Deixei pessoas que eu tanto gosto e admiro para trás. Por outro lado, tive o privilégio de conhecer pessoas muito boas. São pessoas que são boas comigo. São gente de verdade. Seres humanos ímpares. E estas mesmas pessoas bem sabem quem são. Elas saberão colocar o chapéu. E um chapéu grande. Pois são elas que me apóiam dia-a-dia. Seja com uma pequena palavra pela internet ou com um abraço. Não sei se faço isso por elas. Ando ausente estas últimas duas semanas. Ausente de espírito. Ando um tanto “avoado”. Sinto-me leve. Leve porque meu espírito fugiu por alguns dias. Andei apenas para frente e para trás. Hoje, nesta quinta-feira, sinto-me como se meu espírito esteja retornando para ecoar dentro de mim. Deixar rosnar aquela raiva interna. E voltar ao seu estado normal. Estive tal qual um zumbi. Vivo, mas sem espírito. Mas decidi ir em frente. Eu bem sei o que me atormenta tanto. Quem me conhece há mais tempo sabe o que é. Mami sabe que tem apenas uma única coisa que sempre me atormentou e eu ainda não aprendi a lidar com isso. Chegará o dia em que eu conseguirei. Sou um sujeito que aprende fácil. Não sou inteligente, mas me viro. Como um pavão.
Mas voltando ao estado normal, sigo neste mundo novo, com gente nova, aprendendo e apanhando dia-a-dia. Não levei nenhum soco certeiro, mas quem sabe eu acerte algum. Detesto violência. São apenas metáforas.
E por falar em metáforas lembrei de uma ocorrida ontem. Estávamos eu e o Luis Fernando voltando do mercado quando avistei uma grande nuvem de fumaça. Avisei-o e ele disse que era na escola nova que estão finalizando. Incêndio! Enquanto eu tentava ligar para o Corpo de Bombeiros ele seguia correndo em direção ao jornal para pegara máquina digital. Depois de várias tentativas consegui ligação na corporação e avisei do sinistro. Nada de grave. Apenas alguns bandidos resolveram furtar fios de eletricidade. Queimaram o plástico para ficar mais leve e virou aquela fumaceira. Quase atolamos o carro, sujamos os sapatos e fomos embora. E depois de chegar em casa virei um poste. Levei um xixi da zeladora do prédio. Como estávamos com os sapatos totalmente embarrados disse para o Nando limpar antes de entrar em casa. Limpamos tudo no piso da garagem e no degrau. Ficou uma bagunça, mas azar de quem passava. E depois de o Nando sair de casa em direção ao seu compromisso, sentei no sofá para ver um filme muito vagabundo (nunca retirem Siga o Mestre). Ainda bem que é um filme emprestado. Bem calmo vendo aquele horror de filme ouço uma voz alta. Era a zeladora xingando alguém. Adivinha quem? Sim, eu novamente. É a segunda mijada em um mês. A primeira foi no primeiro dia do nosso apartamento motivada pela jogada de um toco de cigarro pela janela que a dita cuja avistou a cena. E ontem pela sujeira. Mas o gritedo já ecoava por volta das onze da noite. Tudo bem, pedi desculpas e retornei ao filme. Depois fiquei rindo comigo e abri uma cerveja. E tomei uma, e outra, e outra e fui dormir. Dormi como um anjo. Anjo dorme? Bom, não sou santo. Escrevi anjo. Nando chegou mais tarde, viu tudo limpo e entrou em casa dizendo: “levou uma mijada não?” Na mosca, Nando. Qualquer dia vou fazer xixi na porta dela. E bem em cima do capacho da querida e amigável zeladora. Mas ver ela com a vassoura e o balde na mão gritando até que me fez sorrir. Pelo menos algo para me fazer sorrir nestes últimos dias.
O ruim desta tristeza são os extremos da situação. Estar é um extremo bom e não estar é um extremo ruim e triste. Ainda existem coisas na minha vida que eu não sei ser e não sei dividir. Quem sabe aprenderei. Mas antes de aprender, quero ir n'outra direção.

Ouvindo: Colorfull do Steel Dragon & The Verve. São 21h15.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Silêncio


Ouvindo: O Silêncio. São 18h16.

Pai do Céu. O Senhor bem sabe que peço o mundo e nunca ganho nada fácil. Mas hoje, neste momento, venho Te pedir: dai-me paz neste espírito atormentado. Obrigado.

Ouvindo: O MEU Silêncio. São 18h17.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Cadeira


Ouvindo: Dream On do Ronnie James Dio. São 17h08.

Estávamos debatendo dias atrás sobre brigas em shows, sobre violência, abusos. Fiquei pensando e tentando recordo de onde houve algum tumulto grande em shows de rock. Sim, estou defendendo. Recordo de que tempos atrás houve uma confusão em um show do Charlie Brown Jr. Caso eu não esteja enganado, houve a morte de uma das pessoas que estavam lá. Mas detalhe: o sujeito era um “funkeiro” que estava fora do show. Queria entrar de graça, não conseguiu e começou o tumulto. Enfim que virou bagunça, os seguranças e a Polícia Militar da cidade reagiram e acabaram por “agredir” de forma demasiada. Enfim que fiquei contente: um “funkeiro” a menos. Mas excetuando este comentário um tanto quanto preconceituoso (musicalmente falando), não recordo de incidentes graves. Sei de outros, é claro, mas não irei expressar motivado pela falta de informações. Rocker que é rocker não é violento. Não vai á shows para quebrar tudo ou brigar com alguém. Possuo inúmeros amigos rockers. E são pessoas calmas, tranqüilas e que querem apenas momentos bons e agradáveis escutando uma boa música. Por outro lado, quantas vezes você já viu no noticiário brigas em estádios de futebol e bailes funks? Ou mesmo em rodas de pagode? Não venham me enxotar porque sou rocker. Não venham tentar amenizar um bom show de rock. E mais: roda punk não é quebra-quebra não. Lamento que hoje em dia não existam mais locais para concertos. Sim, concertos de rock. Em shows assistimos em pé. O concerto é um local grande onde podemos ver apresentações sentados. Minha concepção pessoal de show e concerto. Prefiro ainda Concerto de Rock. Ah! Seria bom se houvesse ainda apresentações como de Elvis Presley. Aqueles teatros cheios de gente. Todos sentados. Bom, sempre havia uma dúzia de “meninas eufóricas” que queriam beijá-lo. Mas concordo com elas. O sujeito era o ‘The King’. Até eu o beijaria. Mas rock é diversão e cultura e ponto final.
Engraçado que nesta terça estava indo para casa e parei no posto ao lado de casa para comprar cigarros. Ando fumando Lucky Strike. Alterno entre meu Marlboro e o Lucky Strike. Ganhei até um porta-cigarros bem bonitinho semana passada do LS. A menina do caixa ficou comentando sobre a matéria da tatuagem. Ela me questionou o que é a Igreja do Rock. Fiz uma breve explanação. Mas sabe que falar de algo que gostamos e acreditamos acabamos por exagerar. Mas me contive. Chegou um outro sujeito que ia pagar e escutou. Leu também e ficamos conversando. O sujeito sabe onde eu trabalho, pois me acompanha quase todos os dias. E pediu se não é estranho esta relação: a rádio onde eu exerço minha profissão e o rock. Trabalho é trabalho e minha vida é minha vida. Não misturo os dois. Não uso de um para beneficiar o outro. Mas foi uma conversa rápida e gostosa. Fico contente, pois há gente que pensa a respeito. Sei que estou vivendo em uma cidade relativamente pequena e onde a cultura musical é bem direcionada. A região inteira foi acostumada a poucas opções musicais. Sempre a mesma coisa. E trabalho numa rede de rádios onde o estilo é o mesmo. Sinto que esta região poderia ser tão mais desenvolvida (em todos os sentidos e áreas), mas impedem este crescimento. Região grande, bonita, com gente trabalhadora, com povo acolhedor. Mas são sempre os mesmos que ficam e abusam. Mas confesso: adoro este lugar. Não sinto a mínima vontade de voltar para a Serra Gaúcha. Quem convive comigo sabe que faço um grande comercial da minha terra natal, mas também sabe que não tenho vontade de ir passear por lá.
Ontem à noite uma vontade tremenda de sair desta terra. Não quero saber e nem pensar no motivo. Nada tão relevante. Quem sabe esta minha permanente vontade de mudanças. Ando querendo mudar algo. Quem sabe meus sentimentos, minhas ambições, meus sonhos e projetos. Mudar sempre é bom. Dar uma chacoalhada no esqueleto sempre é benéfico. Não reclamo de absolutamente nada em minha vida. Como todos, sou um ‘reclamão’. Reclamo de tudo, mas agradeço muito mais. Estou querendo apertar o botão do “foda-se” que esteve em minha frente por várias vezes, mas esperarei pelo momento certo. Quando? Não sei, mas irei sentir. Deus fez o rock and roll para você.

Ouvindo: God Gave Rock And Roll To You do Kiss. São 18h00.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Visual


Ouvindo: Nowhere Fast do Meat Loaf. São 17h19.

Coloquei meu fone de ouvido e estou mantendo silencia. Não sei ao
certo, mas este silêncio está me tomando por completo. Um silêncio que
sinto subir por baixo da desgastada sola de meus pés. Sinto que este
silêncio sobe e não consigo controlar. Sinto-o tão forte que não teria
força de segurá-lo mais. Acabei deixando o silencio me dominar.
Silêncio que me aflige e causa calafrios. Silencio-me completamente.
Mas junto de todo mal sempre vem junto uma solução. Deixei o silêncio
falar. Deixei o silêncio falara comigo e pedir o motivo de surgir. De
um dia tão movimentado, ele (o silêncio) me deixa calado. Apenas
converso comigo mesmo (e com ele). Nega-me respostas. Apenas o sinto
crescendo. Sugando qualquer possibilidade de mobilizar-me no sentido
oposto. Optei por deixá-lo fazer o que deseja. Mas impus limites.
Concedi uma liberdade parcial. Pode ir até onde não me cause mal.
Mas acabei de desligar o telefone, conversei um pouco e o silêncio,
aparentemente, foi embora. Rumou par algum outro local. Ou alguma
outra pessoa. Espero que ele tenha pegado carona nesta chuva que caiu
sobre a região inteira nesta sexta e seguiu o curso do Rio do Peixe.
E nesta noite remos encontro do G6. O grupo estará desfalcado de sua
titula, a Silvia. Ela vai à capital paranaense. Boa sorte, Sil.
Estarei orando por você daqui de longe. Mas o grupo terá a presença de
forasteiros também convidados. E a paella do Emídio é de tirar o
chapéu. A bota, as meias, a camisa. É para comer e suar de tanto
comer. Porque pó nosso advogado/radialista é bom no comando da
cozinha. Gosto das técnicas do Emídio, pois quase todas são feitas com
um acessório importante: a churrasqueira. Dias atrás comemos pizza de
churrasqueira. Muito gostosas ficaram. Nada que umas pizzas Perdigão
turbinadas não resolvam. Mas o importante mesmo é o chopp. Aquela
choppeira do Emídio e da Estelinha é uma maravilha. Até o trabalho de
trocar as garrafas e bombear aquele treco para cima e para baixo ficam
divertidos. E quem sabe ainda role uma cantoria.
E para bater mais saudades, conversei com minha amada mãe e com minha
mana hoje á tarde, enquanto a tia arrumava a casa. Apesar de que somos
bem legais: a casa está sempre arrumada. Ainda não me acostumei com o
odor de fritura da pastelaria que fica sob o apartamento. Mesmo três
andarem acima sinto aquele odoro enjoativo da fritura. Bacon, camarão,
queijo, carne e o diabo. Dias atrás parecida cheiro de carne humana
queimada. Eu já senti cheiro de gente queimada em acidente. E é
horrível. Mas confesso que quando senti me deu fome. Horripilante não?
Mas é verdade, cheiro de carne é sempre bom. Sei que você também gosta
de churrasco. Cheiro ruim mesmo é cheiro de gente morta e em estado de
putrefação. Isso sim é cheiro ruim. Bom, com tanta coisa que "enfiamos
para dentro", aquilo é pouco. Nós somos todos podres mesmo.
Aliás, mudei meu visual ontem. E outra rapidinha: me pararam na rua para pedir sobre a Igreja do Rock. Fiquei contente.

Ouvindo: Here I Go Again do Whitesnake. São 18h17.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Doce


Ouvindo: I Can Only Give You Everything do MC5. São 17h34.

Para quem gosta de punk o MC5 é um prato cheio. Formada em 1964, em Detroit (EUA), os sujeitos foram os precursores de um dos movimentos mais amados e odiados pelo povo em geral: o punk. Até hoje há quem diga que os punks são “endiabrados moleques e arruaceiros”. Entretanto, há um ‘porém’ que ninguém quer ver: a expressão política e momentânea deste estilo musical que deixou marcas profundas e enraizadas na cultura mundial. Em quase todos os “cantos deste nosso mundo quase redondo” há alguém que tem um pouco de punk. Quem sabe revoltados ou indignados com a situação do local onde vive.
E ouvindo um pouco de MC5 volto minha mente para o passado – não ta distante. Parece que estou aqui recordando das tardes que ficava em casa, quando morava na velha residência da Rua Minas Gerais - ouvindo Ramones. O disco Mondo Bizarro ou o Acid Eaters. Naquele velho aparelho Frahnzão de rodar discos de vinil. Saudades do tempo em que eu preocupava-me menos com tudo. Saudades dos tempos em que éramos crianças e ficávamos ao lado da mãe vendo ela fazer pão, pedido para ela lamber aquele resto da massa do bolo (mãe, como se chama aquele aparelho de mexer bolo?), de pegar a farofa da cuca tentando fazer com que ela não avistasse. Recordo-me como se tivesse sido hoje pela manhã como ela ficava pensando em para quem iria dar aquele treco cheio de resto de bolo. Bastante doce e muito gostoso. Saudades da senhora, minha querida e amada mãe. À dona Sônia, minha eterna, diária e permanente gratidão. Obrigado mami.
E ontem à noite fiz o doce de morango. Aprendi com uma ouvinte amiga minha. A Dulce me ensinou e o aprendiz fez melhor do que a professora. O doce ficou super bom. E ontem caprichei. Turbinei o doce. Mas irei passar a receita. Estranho! Um rocker fazendo doce. Coisa maluca. Mas precisamos comer também. Cozinhar tornou-se um prazer gostoso pra mim.
E segue a receita. Bom, a receita é por minha conta, certo?
Ingredientes:
- Uma porção de vontade;
- Uma porção maior de prazer;
- Uma colherada de motivo;

E os assessórios:
- Dois ovos (apenas a gema – para quem não sabe, é a parte amarela. Conforme me disseram, assim fica sem gosto do ovo);
- Uma lata ou caixinha de leite condensado;
- Um litro de leite (faz com leite desnatado que é melhor e mais ‘light’);
- Três colheres de sopa (bem cheias) de maisena;
- Uma caixa de morangos ou outra fruta (uva, pêssego ou abacaxi).

Cobertura:

- Uma barra de chocolate grande (ou chocolate para derreter);
- Uma lata ou caixa de creme de leite.

Instruções (By Iaran):

Retire apenas a gema do ovo (parte amarela) e bata dentro de um copo – pode ser com garfo. N´outro copo coloque um pouco do leite e dissolva bem as três colheres de maisena. Coloque no fogo uma panela com o litro de leite. E vá colocando tudo dentro (ovo, maisena e o leite condensado). Fique sempre mexendo. Mexa até quase ferver tudo. Você vai perceber que ficará um tanto quanto pastoso.
Numa travessa corte os morangos em pequenos pedaços e coloque por baixo. Depois coloque o creme (ainda quente) sobre a fruta. Deixe de lado. E agora pegue o chocolate e derreta ele (em banho maria ou no microondas). Prefiro no banho maria, pois queimei o chocolate no micro. Ainda sou novato na cozinha. Depois de derretido (MAS NÃO DEIXEI QUEIMAR), coloque o creme de leite e misture bem com o chocolate. Feito isso, coloque o resultado da mistura sobre o doce (que deve já estar na travessa). Caso queira deixar mais bonitinho, pode colocar pequenos pedacinhos de chocolate sobre o doce ou mesmo algumas frutas. E depois coloque na geladeira. Não coloque no freezer como eu fiz, pois irá congelar e ficará mais gelado que sorvete. Fica bom também, mas é melhor servir para comer com colher e não como pequenos cubos. Pronto, está feito o doce.
E agora que adocei a boca do Mendigo, vou terminar meu trabalho.

Ouvindo: Baby Loves To Rock do Chep Trick. São 18h14.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Sair


Ouvindo: Rise do Public Image Ltd (P.I.L.). São 17h40.

Creio que poucas pessoas conheçam esta banda: P.I.L. ou PIL. Para que não tem noção de que grupo é, o P.I.L. foi criado em 1978 pelo ex-integrante do Sex Pistols, Johnny Lydon. O grupo fechou o boteco e Lydon criou o P.I.L. juntamente com o guitarrista Keith Levenne (ex-Clash), o baixista Jah Wooble e o baterista David Crowe. Lançaram alguns compactos apenas com o nome de Public Image. Depois ficaram um período trocando de bateristas até que lançaram Metal Box, que foi um disco triplo vendido numa caixa de metal de filmes. Aliás, vi a caixa por fotos e deve ter sido guardada com muito carinho por quem comprou. Mas a música que escuto neste inicio de post foi a de maior sucesso deles: Rise. Um som bastante interessante do P.I.L.
Mas por outro lado, até onde vai nossa felicidade? Até onde podemos ir por ela? De tempos em tempos fico reavaliando meus passos e minhas alegrias. Nem avalio minhas tristezas senão sentir-me-ia frustrado demais. Evito então pensar em algo triste. Mas por mais que evite não sou de ferro e, de vez em sempre, fico triste. Mas nada que esta semana tenha sido triste. Pelo contrário. Ando muito contente com a “fase” atual. Nesta noite de segunda fui passear noutra cidade. Sinceramente, fomos num local onde eu gosto e me sinto bem. Não é bar não! Não pensem nisso. Mas é um local que também me deixa bem. Sim, bar sempre deixa qualquer um muito bem. Ada que umas oito, nove cervejas não resolvam. Depois de oito seguidas qualquer lugar fica bom. Exceto bailão. Ficar tontinho em bailão não dá. Mas devo ter escrito sobre esta minha aventura aqui, nesta nova terra. Nem quero mais recordar. Comecei a suar frio apenas de recordar. Brrrrr.
E voltei para casa renovado. Lugar bom. Sinto-me contente. Alguns quilos a menos, metaforicamente escrevendo. Esta segunda foi boa, terça foi melhor. E a quarta? A quarta promete. Promete um dia de trabalhão bastante intenso. Voltarei a fazer as reportagens de rua nesta quarta. Meu colega volta de suas férias. Estava eu como editor e produtor durante os últimos trinta e poucos dias. Mas passou de forma rápida. Sinto-me orgulhoso por todo este trabalho feito. Sofro com algumas “coisas”, mas nada que me faça ficar triste ou descontente, pelo menos. O que me deixa um pouco decepcionado é querer ajudar, ou ensinar algo, e a pessoa olhar com desdém. Sou um sujeito que adora aprender. E ouço o que os outros falam. Sim, falo bastante também, mas ouço mais. E pior é dizer como se faz e olhar o resultado totalmente oposto. Respeito que é dotado de pouca inteligência, mas ser ignorante ao ponto de NÃO querer aprender algo novo é demais pra mim. Dar soco em muro de cimento não é comigo. Caso queira ajuda, ótimo. Do contrário: foda-se.
Mas sigo em minha jornada. Acredito que esta jornada está ainda por começar. Quem sabe uma nova e longe ou uma continuação bem perto. De qualquer forma, estou esperando e com as malas prontas. Que o vento me leve para onde há sol e luz. Amém!

Ouvindo: No Present For Christmas do King Diamond. São 18h15.

domingo, 4 de novembro de 2007

Muro


Ouvindo: Poison Heart do Ramones. São 12h22.

Hoje estou contente. Antes de qualquer coisa, por um final de semana super bom. E outro motivo foi ter sido publicada uma matéria comigo. A Elaine, agora como uma jornalista fantástica (sabe q sou teu fã), fez uma matéria sobre tatuagens. E eu fui a cobaia (fonte) dela. E fiquei feliz pro ter exposto um pouco mais o projeto da Igreja do Rock. Sim, tudo tem de ter sentido. E minha tatoo é um. Tatuagens servem como adereços estéticos, pessoais ou amorosos. E para minha pessoa serviu para lembrar todo os dias que eu tenho um desejo. Um sonho, quem sabe. Construir a Igreja do Rock não será fácil, eu sei muito bem. Mas para tudo precisamos de um início. E o início é, em muitas ocasiões, a parte mais complexa. Mas comecei. Agora, com calma, vou matutando em como colocar em prática. Ando correndo bastante, trabalhando, dedicando ao meu trabalho. Até porque é o que me paga e assim consigo me manter. Mas aos poucos vou repensando determinadas ações. A Igreja surgiu há um bom tempo. Dentro de minha mente criativamente falha, surgiu a possibilidade de unir algo que eu sigo diariamente (o Rock) com algo que eu pudesse ser útil neste mundo estúpido, mas lindo e maravilhoso, em que vivemos: ajudar quem precisa. Não quero ser um mártir ou alguém que pretenda se eleger para ser presidente – por enquanto - (* mas quem sabe presidente algum dia? *) ou algo semelhante. Mas quero algo que possa oferecer para UMA única pessoa, se possível. Não quero evangelizar o mundo, comprar redes de rádios, jornais e televisões, implantar um templo em casa esquina. Pretendo ajudar uma pessoa apenas. Caso eu consiga tirar uma pequena criança da marginalidade, das drogas, do pagode, do samba, do axé, eu ficarei contente. Tirar umas das possibilidades destas crianças em risco: a rua e todos os riscos que nela estão. Recordo que vi um filme (ou história) uma vez que um rapaz jogou de volta para o mar uma conchinha - aquelas do mar - e alguém disse que não deveria mais fazer isso porque existem milhões e seria isso desnecessário. Mas esta mesma pessoa retrucou e disse que fez a diferença na vida de uma delas pelo menos. Quem sabe ajudar o mundo seria querer demais. Mas começando com UMA apenas, sentir-me-ei contente e realizado. Já plantei uma árvore - cortei umas dez, comecei meu livro, não sou pai (nem tenho planos de ser por enquanto), creio que sou um filho bom, um irmão ausente, um amigo sem jeito, uma pessoa pobre, mas limpinha e cheirosa. Mas sou rico por dentro. Sou rico por fora. Sou milionário por ter amigos bons, por conviver com pessoas boas. Sou `trilhardário` por ter Deus sempre perto. Sou uma pessoa que não tem preço por ter VIDA. E sou agradecido por cada pessoa que passou pela minha vida e agradeço, antecipadamente, por aquelas que surgirão neste meu caminho.
E para A IGREJA DO ROCK irei dedicar boa parte do meu tempo. E sei que tenho bastante tempo. E não quero que seja algo simples esteticamente. EU nasci e cresci com perspectivas limitadas. Não quero isso para outras pessoas. Quero que minha família tenha tudo e que todas as pessoas tenham também a possibilidade de viver bem em um país que impõe limitações à boa parte de seus habitantes. O País melhorou bastante nos últimos anos, mas ainda há muito mais para se fazer. De grão em grão é que engordamos a galinha para o abate. E de grão em grão irei começar o muro do meu sonho.

Ouvindo: Something To Believe In do Poison. São 12h59.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

G6


Ouvindo: Save Me do Queen. São 11h39.

Semana que termina com uma chuva incessante. Incessante chuva que não pára. Pára chuva incessante que não acaba. Chuva pára incessantemente que não finda. Resumindo: chove. Com as botas e calça molhados venho ao Mendigo. Saudades do período que visitava ele diariamente. Não que não o visite, mas ando alimentado-o esporadicamente. Dias de muito trabalho. Dias estranhos. Semana que foi corrida, mas que finalizou tranquilamente. Calma até demais. Bom, na véspera o G6 se reuniu. Salgadinhos regados a cerveja e cigarro. E aquele papo gostoso que só o G6 sabe ter. Falamos mal de todo mundo e falamos mal de nós mesmos. E nos divertimos. Mas falar mal é bom. Resulta sempre em boas risadas. Na penúltima reunião do G6 faltou uma integrante. Mas nesta quinta a Elaine foi uma hostess chique. Serviu aqueles salgadinhos bem quentes e gostosos. Elaine sua FDP! Estou bravo com você porque aqueles salgadinhos estavam bons e comi demais. E estou me sentido estufado. Com uma sensação de ter comido fermento químico. Eu e a Elaine estamos virando comedores impulsivos de qualquer coisa. Enquanto tem, estamos comendo. E hoje me sinto estufado. Conversamos tanto sobre remédios e chás para amenizar a sensação de exagero da noite anterior que esqueci o nome dos produtos. Aliás, dormi tal qual uma pedra. Dura e fria. E acordei molhado. Sim, molhadinho. Esqueci de fechar a janela e o temporal que caiu molhou todo o quarto. E eu nem percebi. Senti hoje pela manhã. Apenas senti um frio danado e peguei o cobertor. E o cobertor, que era para aquecer, gelou tudo. Estava molhado. Mas mesmo assim vim batalhar e matar alguns leões. Molhei meus pés, minha bota, metade da cala, mas estou sorridente. Final de semana vai ser bem tranqüilo. E um viva para o G6 que eu tanto gosto: VIVA!

Ouvindo: Ain´t Talking About Love do Van Halen. São 12h07.