sexta-feira, 11 de abril de 2008

A doação


Ouvindo: Human Being do New York Dolls. São 12h06.

O grupo foi um dos precursores do movimento punk-rock. Mas voltemos este dado a 1971 quando um grupo de jovens (e freqüentadores da loja de Malcon McLaren em Nova York) resolveram formar um grupo musical sem pretensões ambiciosas. Apareceram numa época onde Stooges (que voltou só em 73) e Velvet Underground não faziam mais a cena underground, nem os MC5 também. Acabaram imprimindo um estilo rebelde e do gênero "one-two-three-four". Angariaram uma verdadeira legião de fãs desde seu início. O grupo era comandado pelo lendário (e não menos importante musico) Johnny Thunders, nas guitarras. Não necessariamente o vocalista tem de ser o principal e mais lembrado. David Johansen foi importante, mas não tão pragmático quanto Thunders. Lançaram os seguintes álbuns: New York Dolls (73), Too Much Too Soon (74), Lipstick Killers - The Mercer Street Sessions 1972 (81), Red Patent Leather (84), Seven Day Weekend (92), Paris Le Trash (93), Live In Concert, Paris 1974 (98), From Paris With Love (L.U.V.) (2002), Manhattan Mayhem (2003) e One Day It Will Please Us to Remember Even This (2006). Os três primeiros forma oficiais. O restante compilações e remasterizações merecidas. Um tributo ao tão conceituado punk-rock. O próprio Ramones tecia elogios ao grupo nova-iorquino.
Mas voltemos ao ano de 2008, 11 de abril. Opa, é hoje! Sim, o tempo passou. A história ficou para trás. O sol já subiu, a lua está escondida por algum lugar deste céu azul e brilhante que presenteia todos da região nesta sexta-feira. Um presente assim todos os dias é algo celestial. A manhã começou com nevoeiro. Avistei a neblina baixa da janela da área de serviço do apartamento. Estendi a toalha umedecida após o banho e, de pés descalços, segui até meu quarto onde me arrumei e fui obrigado a colocar um agasalho. Uma hora depois a temperatura já chegava ao 26 graus. Retirei o agasalho e fiquei apenas de camiseta, como estou neste momento. Com meu "uniforme" diário de trabalho: tênis, calça jeans e camiseta. Eu não consigo trabalhar direito e ser criativo usando sapatos. Claro que uso, mas prefiro um tênis. Aliás, estou pensando em trocar de tênis. Não encontrei o meu número quando o comprei e peguei um 43. Pois o 44 que eu uso não existia em nenhuma loja decente da cidade. Acreditei que o 43 iria alargar um pouco. Mas não aconteceu. Mas penso que o tênis "esticou" um pouco. O que pode ter acontecido é que eu engordei e meu pé esteja inchado. Pé gordo. Ai que horror! Não criei vergonha na cara ainda. Sigo um sujeito sem vontade de me exercitar. Caminho um pouco durante o dia, mas não é o suficiente. Precisaria mesmo de exercício físico e constante. Mas mantenho-me dentro do peso, quase pesado, dos últimos meses. Mas sinto-me bem.
Fiz uma mini-check-up mês passado e os resultados forma agradáveis. Nada de ruim. Estou bem. E o meu sangue é dos bons: B+. Ainda bem que é positivo. Pois se fosse B- seria ruim. Não quero nada de negativo em minha pessoa, nem o sangue. Mas o B+ está de bom tamanho. Pensei que no resultado fosse constar como VERMELHO. Aliás, realmente é necessário sugar tanto sangue para fazer alguns exames? A menina surgiu com um "tarugo" gordo e grande. Enfiou aquela agulha afiada na veia do meu braço direito e "sug-sug-sug". Disse pra ela que eu iria apenas fazer exames e não doação de sangue. ela começou a rir e tremer o braço. Neste momento é que senti a dor das "tremidas" da menina. Voltei para casa com aquela sensação de perda. Sim, sensação de ter perdido algo: o sangue. Mesmo que fosse pouco, mas era meu. Relativamente pouco. Aquele "tarugo" deveria ter capacidade para um litro de sangue. Tudo bem, exagerei. Mas foi bastante de qualquer forma. Enfim, que os resultados forma bons e o de HIV de negativo. Assim me garanto mesmo. Não recordo de ter feito aquele exame antes e deu curiosidade. Sabia do resultado, mas "auto-perguntei": e porque não fazer? Fiz e pronto. Nem medo deu de retirar o resultado.
A sexta-feira está na metade. Mais algumas horas e o sábado chega. Tudo bem, irei trabalhar mesmo assim.

Ouvindo: Something Else do New York Dolls. São 12h25.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Andando


Ouvindo: Hearts Grown Cold do Nazareth. São 12h03.

Há dias que acesso o Mendigo, faço o login, acesso a página dos posts, mas não crio coragem de escrever. Hoje, não sei o motivo, apareço, do nada, para postar alguma coisa. Alimentar o Mendigo depois de tanto tempo. Ano passado conseguia ter ânimo suficiente para destinar alguns minutos diários ao meu canto virtual. Meu diário de bordo desde que cheguei nesta nova terra. No dia 17 completam onze meses em Videira (SC). Quase um ano, recordou minha amada mãe no início desta semana. Tanta coisa surgiu desde que aqui estou. Foram momentos bons. Não tenho nada a retirar. Nada de ruim aconteceu neste período. Conheci apenas pessoas boas. Algumas, contudo, mantenho contato quase que diariamente, outras seguiram seus caminhos. Mas são todas pessoas boas. Menhuma delas me fez mal ou que quis mal. E nem eu à elas. Muito pelo contrário, tomei decisões pensando no melhor de todos. Quem sabe eu tenha sido egoísta em algum momento. Mas depois de 27 anos, ouvi o relato de pessoas e optei por me deixar contente e feliz. Sei que alguns ficam tristes, magoados. Mas não julguemos ninguém por suas atitudes. Não é correto julgar. Podemos não concordar, mas respeitar a decisão e posição é algo mais inteligente. Nada em particular neste aspecto. Apenas um assunto que andei pensando dias atrás. Teria tanto assunto para postar, mas resumirei alguns pontos. Mas estou sem paciência para expor. Ando trabalhando um monte. São três trabalhos ao mesmo tempo: sou radialista, escrevo para um jornal e apresento um noticiário na internet. E, além disso, tem a faculdade de Letras - espanhol que estou a cursar. Com todo este movimento diário, resta-me pouca criatividade e vontade para abastecer o Mendigo.
Queria um tempo para mandar confeccionar as camisetas da Igreja do Rock, mas nem isso consegui ainda. E á noite as empresas fecham. Resta-me localizar uma hora durante um dia da semana para fazer isso. Mas quando descanso, acabo esquecendo. Anoto em algum bilhete ou rascunho, mas perco. Mas o que me consola é saber que eu estou bem e feliz. Vivendo numa outra fase importante da minha vida. Ando feliz. Particularmente feliz. Um tanto me questionando sobre oportunidades profissionais que estão surgindo. Mas com a universidade andei parando de pensar em buscar outro mundo. Quem sabe amanhã. Mas neste exato momento minha vontade é de ficar, estudar e trabalhar bastante. E logo terei surpresas boas. Quem sabe todos teremos. Mas sinto-me bem e feliz. Alguns momentos tristonhos, mas que logo passam com esta vida agitada. Mas não reclamo. Caso apareçam mais atividades, me pergunto: e por que não?

Ouvindo: Now and Then do Blackmore´s Night. São 12h15.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Contrário


Ouvindo: I Can’t Explain do The Who. São 21h30.

Passa-se esta quinta-feira. Dia foi bom, gostoso, de muito corre-corre. Há alguns dias ando pensando, refletindo sobre alguns passos que, obrigatoriamente, devo dar. Passos que podem ser largos demais para minhas pernas. Mas, por outro lado, percebo que minhas pernas são um pouco longas. Isso me possibilita arriscar. Tenho em “quem me apoiar”. Possuo “alguém” em quem confiar meus possíveis medos e dificuldades. Neguei algo que queria. Assumi algo que não queria. Mas fui, de certa forma, instigado a fazer. Ninguém é obrigado a fazer nada neste mundo. Bom, há também suas exceções nesta afirmação. Existem algumas pequenas “coisinhas” que somos. Algo de nosso corpo. Há quem rouba, mas há quem trabalha. Há quem mata, mas há que desculpa. Há quem ama, mas há quem odeia. Há quem dá, mas há quem pede. Há quem sobe, mas há quem desce. Há quem chora, mas há quem sorri. Há muita diferença entre um e outro. Chamemos de “extremos”. De um lado ao outro. Duma margem à outra do rio.
Ando realmente exausto. Especialmente nesta quinta-feira até que não tanto. “Ontem” fiquei até “hoje” trabalhando. Mas explico: comecei a digitar minhas matérias ontem e terminei era já quarta. Dormi pouco. Fui trabalhar novamente e parei eram seis horas da tarde. Cheguei a casa e liguei meu “bichano”, como de costume. Preciso vê-lo brilhando para mim, pelo menos, alguns minutos. Estive pensando que solidão não é apenas estar sozinho. Podemos estar com muitas pessoas (mesmo as que realmente gostamos) que podemos nos sentir sozinhos. A solidão é algo mais profundo do que um abraço, uma palavra, um afeto. Solidão chega a ser um estado de espírito.
Por mais estranho (e louco) que pareça, dificilmente me sinto sozinho quando fecho os olhos e deixo “meu som” guiar meu coração. Ou simplesmente aumentar o volume das minhas músicas e sentir uma leve tremedeira em meu corpo. Estava precisando disso. Nestes últimos dias (e hoje eu vejo e confirmo isso) precisava disso: escutar minha música, comigo mesmo. Eu e eu. Iaran e Iaran. Neno e Neno. Todos juntos. Meus grandes “amigos” me acompanham há anos. Muitos anos. Sempre que precisei deles, sempre estiveram ali, me esperando. Nunca me pediram nada. Nunca precisei pedir nada. Eles, apenas, estavam ali. No momento que eu precisei. E precisar de alguém é bom. De algo é bom. Precisamos de todos. Eu preciso de você como você de mim. Independente de quem seja você, de onde está. Você precisa de alguém. Ou de alguma coisa. No meu caso, dos meus “amigos”. Assim posso pensar, relaxar, descansar minha cabeça.
As sombras da água permeiam meu ser. As sombras da luz me ofuscam os olhos. A sombra da noite me persegue. A sombra do mal se afasta. A sombra do sol me cega. A sombra do meu ser infla minha alma.

PS: Estou com uma puta vontade de abraçar e beijar o mundo inteiro.

Ouvindo: My Wife do The Who. São 21h51.

sábado, 1 de março de 2008

Escutando


Ouvindo: Hide Your Heart do Kiss. São 21h12.

Há exatamente um mês não apareço aqui, no Mendigo Rock Virtual. Há cerca de um mês venho tentando encontrar um motivo para escrever. Há um mês tento digitar algo que me deixe melhor. Não encontro mais o incentivo interno que sumiu. Antes eu nem precisava procurar este motivo, este incentivo; fluia naturalmente. Quem sabe um empurrão. Nem isso mais me serve. Ando me empurrando. Ando empurrando muita coisa com a barriga, no dito popular. De popular não tem nada. Tem de razão. Estou com medo. Medo de acordar e levantar todos os dias. Medo de abrir a porta. Ando um tanto apavorado com tudo o que pode acontecer. Não imagino o que possa acontecer. Fico sempre esperando pelo pior. Algo que há tempos me persegue. Não imagino o motivo de sempre pensar o pior. E não sou um sujeito negativo. Percebi que ando muito "reclamão". Parece que tudo está errado. O que antes era bom e interessante, já não me serve mais. Sinto que meu tempo nesta terra nova está findando. Mas não em tudo. Algumas "coisas" começaram enquanto outras passaram. Desejo que seja apenas uma sensação ruim. Um período adoecido e ruim. Nada além disso.
Não sei ao certo, mas havia noites, quando o vento estava tão frio que eu ficava gelado na cama, que me deixavam contente. Caso eu prestasse bastante atenção, ao lado de fora da janela, poderia eu avistar o sol queimando. Quem sabe o apartamento frio. Hoje em dia, sinto que minhas lágrimas viravam poeira. Grãos de areia pesados. Nem sei ao certo, mas para onde meus olhos estavam fixados, até eu duvido. Apenas posso parar um pouco, soluçar, puxar um pouco o lençol e secar minhas lágrimas. Mas eu parei de chorar. Apenas penso. E nem quero lembrar onde, quando ou como eu decidi. Estou tentando evitar expulsar minhas lembranças. Não as construí sozinho. Há sempre alguém, seja quem for, para ajudar a edificar isso dentro de nós. Estranho, mas sinto que tudo está voltando. Que tudo está retornando para mim nestes últimos dias. Não sei o que volta, mas sinto isso, no meu íntimo.
Houve momentos mágicos, houve momentos lindos, mas que escassearam. Houve promessas e sonhos. Houve promessas e desejos. E o que restou de mim?
Tem coisas, sabe Iaran, que dificilmente faria de novo. Mas se fosse necessário fazer alguma coisa, para viver tudo isso novamente, eu faria. Faria por você, Iaran. Pois é aqui que você tinha de estar neste momento. Aqui, sentado, escrevendo. Qualquer mudança em todo o seu passado, não teria coincidido em deixar você aqui: nesta terra nova.
Algumas atitudes tomei pensando que fossem certas. Errei, sim. Assumo e admito. Mas escolhi errar. Pensei que fosse o correto.
Estava perdido há muito tempo. Acabei por me localizar. Tudo está voltando para dentro. Algumas sensações que outra sumiram. Ledo engano. Voltaram porque nunca sumiram, nunca desapareceram completamente. Iaran, elas estavam ali, dentro de você, apenas aguardando que as soltasse.
Mas estou bem. Apenas adormecido nesta sensação de BUSCAR.

Ouvindo: Black do Pearl Jam. São 21h41.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Tempo


Ouvindo: Free Falling do Tom Petty. São 12h07.

Há quanto tempo que eu não surgia no Mendigo. Coitado do espaço, está paupérrimo. Mas sigo vivendo, correndo e me dedicando. Apesar de que ando relapso em alguns pontos. Ando mais preocupado com minha dor nas costas do que com qualquer outra coisa. Queria comprar um colchão novo, mas a verba está escassa. Então irei esperar um pouco. Deixa eu me organizar um pouco e depois compro o dito cujo.
Ando com saudades do pessoal de casa. Agora pela manhã abateu-me uma vontade tremenda de pegar um ônibus para Bento. Voltaria no domingo, mas pelo motivo anteriormente descrito não posso.
Quanta coisa aconteceu neste primeiro mês do ano. Muitas coisas aconteceram mesmo. Mami me cobrou o motivo de não escrever mais. Nem sei, quem sabe preguiça. Esquecimento não foi, pois várias vezes abri um novo post e não consegui seguir adiante com as palavras. Estava pensando em copiar e colar alguns textos, mas perderia o sentido do Mendigo. Pedi para um velho amigo meu de Bento Gonçalves, o Rafinha, refazer a foto da minha tatuagem para poder fazer uma camiseta da Igreja do Rock. Depois vou pesquisar preços. Quem sabe eu faça algumas a mais para começar o projeto. de algum ponto tenho de começar. Já deixei uma conta em separado para iniciar com isso. De pouco em pouco vou formatando a idéia. Não esqueci não. Quem sabe eu ande com a cabeça muito voltada para outros assuntos que não me dedico a isso. Cada dia que passa me convenço mais que sem dinheiro nada se faz neste país. Não me refiro a respeito de quantias exorbitantes, mas de pequeninas também. Para fazer um projeto, precisa-se de tempo e dinheiro para alguns detalhes. Para registrar algo também. E não é barato não. Mas nada de tão caro assim. Mas aos poucos vou me equilibrando nesta corda bamba que é a vida. Enfim, os dias passam e vou pensando cada vez mais na velhice. Sou relativamente jovem, mas algumas coisas passam pela minha mente a respeito da velhice. Irei envelhecer, como com todos acontece. Mas não me queixo do que sou hoje nem do que serei dentro de pouco tempo. Mais do que um lunático perdido não ficarei ou 'estarei'.

Ouvindo: Dreams do Van Halen. São 12h20.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Teoria


Ouvindo: The Boys Are Back In Town do Thin Lizzy. São 14h53.

O início é sempre dolorido. O primeiro passo bravo de ser dado. Mas comecei a academia e sigo dolorido. Tentarei, neste início, fazer um dia sim-dia não. Quem sabe assim evito esta dor chata e persistente. Tomei Dorflex para tentar amenizar, mas meu braço esquerdo prossegue dolorido. E nem carreguei muita coisa. Com calma vou me acostumando com este hábito de carregar peso. Muitos dos que fazem dizem que este negócio de malhar vicia. Quando começar a surgir os efeitos esperados vira quase uma fixação por mais e mais. Mas apenas para me manter saudável e sentir-me mais bonito. Quem sabe ajude na auto-estima.
Nunca tinha ouvido muito sobre o Thin Lizzy. Li bastante sobre sua importância para o cenário musical mundial, mas pouco tinha escutado desta banda irlandesa. Muito boa. Muito boa mesmo. Phil Lynott era um sujeito criativo e que conduzia muito bem o grupo. Conseguiu manter unidos os seus companheiros e seguir um ideal de expandir as fronteiras musicais de seu país. Com seu baixo marcado e uma cozinha impecável, o Thin Lizzy movimentou muito outros músicos e os incentivou a experimentar novidades sonoras.
A sensação que tenho é de que apanhei ou caí em cima do braço. Ele falha. Tenho a nítida sensação de que o esquerdo está falhando. Nem segurar um objeto consigo. Mas vou persistir. Como disse uma menina ontem, após me ver apanhando da máquina: “Nem pensa em desistir. Também estava assim nos primeiros dias, mas hoje estou bem e faço com prazer. Não dói mais nada”, frisou a menina. Acredito que tenha sido gentileza dela. Estava eu tão preocupado em como terminar a série e nem percebi que ela estava puxando assunto. Não consegui ainda separar o falar do respirar. Neste momento fazer os dois está complicado.
Os dias nesta terra estão bastante quentes. Faz poucos minutos que começou a chover. Estávamos com uma temperatura de 32°. Temperatura bastante alta. Mas tudo bem. Quanto mais quente, melhor. Adoro calor. Mas melhor seria estar numa piscina. Ou sem roupa. Opa! Pensei coisa boa!
Estou me sentindo mais tranqüilo em relação a alguns assuntos. Ano passado foi bem melhor do que eu imaginava, mas pior do que planejei. Mas sei que nada vem tão rápido. Menos mal que não tive de ficar tomando medicamentos, ou fiquei tão mal. Apenas no inverno que peguei uma gripe forte e uma tontura básica que nem sei de onde surgiu. Quem sabe esta tontura tenha sido originada de estresse. Foi num período de transição e complicado. Mas passou. Sei que neste 2008 vou conseguir arrebentar alguns projetos que, ainda, não puderam ser aplicados. Todo ano novo nós imaginamos ou prometemos que serão melhores. N´alguns pontos realmente o são. N´outros nem tanto. Mas sem pestanejar lutamos e matamos quantos leões forem necessários. Seja um por dia ou mais. Não importa. Importa mesmo é seguir sempre em frente. Não olhar para trás sempre que quisermos. Deixar o que passou é a melhor forma de não perder tempo. Apenas “capturar” o que realmente é útil. Além disso, perder tempo chorando não resolve em nada. Apenas cria situações piores. Olharei para frente a partir de agra. Pensar em crescer. E sei que quando crescemos, muitas pessoas crescem também. É a tal da Teoria do Caos. A idéia inicial desta teoria, segundo não me falha a memória, é de que uma pequena variação nas condições em determinado ponto pode ter conseqüências de proporções inimagináveis. Por exemplo, o bater de asas de uma borboleta num determinado canto do mundo pode causar um tufão do outro lado dele. Algo semelhante a isso. E nisso acontece também em nossas vidas. A mudança de um pode acarretar algo bom ou ruim para outras. Mas acreditemos que apareçam situações boas para todos.

Ouvindo: Saga Of The Ageing Orphan do Thin Lizzy. São 15h23.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Força


Ouvindo: Forever do Kiss. São 14h06.

Ontem comecei a academia. Estou com um pouco de dor nos meus braços. Os primeiros dias são deprimentes. Ou desiste no início ou prossegue malhando e depois ingere as chamadas “bombas”. Já teve um sujeito que me viu saindo da academia ontem á noite e fez um comercial da seguinte forma: “E aí meu? Vi que ta malhando. Se você quiser umas “bomba”, me avisa que tô sempre por aqui. Falou?” Fiquei olhando pasmo para o sujeito, que deveria ter uns 24, 25 anos - não mais do que isso. Até fiquei pensando em responder, mas apenas agradeci pela oferta. Não quero ficar musculoso. Apenas quero exercitar este corpo velho e cansado. Sou fumante inveterado e sabedor dos malefícios do fumo. Sou um burro-consciente. Apenas uns exercícios físicos para enxugar meu abdômen e emagrecer um pouco. Sexta-feira me pesei e estava com 80 quilos. Ontem fui tirar minhas medidas na academia e estava com 78. Dois quilos em uma hora de malhação leve? A balança deveria estar desregulada.
Mas a parte e engraçada da academia foi levantar pouco peso e ainda ficar com os braços dormentes. Estava eu fazendo meus leves exercícios, com duas repetições de 12, e suando. Caso eu não esteja errado, eram dois quilos que eu usava. Mas olhei para o lado e vi uma loirinha bonita, mãe de um garoto com quem eu conversava, e a mulher levantava uma pilha de não sei quantos quilos. Fiquei envergonhado, mas confiante de que eu aumente a quantidade. Quem sabe ela estivesse rindo por dentro e pensando: “mas este cara barbudo é fraco demais!”
Mas eu sigo com minha sina de manter um ano de 2008 bastante saudável. Ando apressado com muitas coisas. Tenho de perder esta mania de que tudo tem de ser para ontem. Não sou de frases feitas, mas que “seja o que tem de ser!”
Mas ainda voltando ao meu dia inicial de academia. Quem sabe “emagreci” um pouco e depois fui comer churrasco na casa da Elaine. Fui deixar os apetrechos do Shazan e ficamos conversando. Algo que não fazíamos desde 2007. Logo depois retornou também a Silvinha da capital federal. Foi conhecer onde ela logo estará porque a menina é competente demais. Silvinha, quem sabe sendo assessora do LHS no Senado hein?! O veterano vai concorrer sim na próxima oportunidade. Acabei ingerindo todas as gorduras possíveis no pocket churras, como diz a Elaine. Mas foi bom demais ver as meninas que eu tanto adoro. Ainda mais o fujão do gatonildo. Meigo como sempre. Ainda me sinto mal em não ter ficado com o gato durante o período de viagem da Elaine. O gato chorou demais, estranhando o apartamento. Mas sei que ele ficou bem na Pet Shop. Aliás, que hotelzinho caro! Um gato custa tudo aquilo, imagina um cachorro são bernardo!?
Mas dentro do possível estou contente. Até, para minha feliz surpresa, recebo um texto de uma menina que nem imaginava. Mas fiquei contente que o que li. Nada de tão estressante, mas apenas um mal-entendido coma loira alta, de posts anteriores. Uma brincadeira mal sugerida e mal interpretada causou um mal estar. Sei que você surge por aqui, de tempos em tempos, e desculpas. Não brinco mais. Mas enfim, ano novo, velhas novidades, antigas sugestões, novos ares. Ando pensando em respirar outro ar.

Ouvindo: Heaven´s on Fire do Kiss. São 14h44.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Dor


Ouvindo: Suzie do Thin Lizzy. São 14h38.

Grupo irlandês de hard rock criado em 1969 e que durou até 1989. Liderado pelo baixista e vocalista Phil Lynott, que morreu em 1994, vítima de câncer de pulmão. Esta é uma das bandas preferidas pelo eterno “ícone guitarrístico”, Saul Hudson. Bom, este último sujeito também é conhecido como Slash - o eterno guitar hero do Guns N´ Roses e atualmente tocando com o Velvet Revolver. Slash sempre adorou o TL pelas novidades sonoras trazidas com o grupo. Uma das marcas registradas do cabeludo com cartola são suas inseparáveis guitarras Gibson Les Paul.
Ontem, dia cinco, minha irmã Manuela, a Lela, fez aniversário. Liguei para ela dando minhas felicitações e aquele blá-blá-blá de sempre. Queria conversar mais, mas o preço da ligação telefônica é alto. Depois consegui matar saudades da voz da Mami pela internet. Por Skype é gratuito e tranqüilo. Um programa muito bom para quem mora longe de outras pessoas. Gosto mais do Skype do que do MSN. Estes primeiros dias do ano de 2008 estão sendo gostosos. Ando trabalhando, dormindo. Aliás, está aqui um ponto que não sei o que está acontecendo. Ando com uma sonolência tão grande. Não sei o que acontece. Estou quase sempre com sono. Chego a casa e penso em deitar. Acordo e já penso em voltar a dormir. Nunca fui de dormir vendo filmes, mas isso está tornando-se freqüente. Começo a ver a película e fecho meus olhos. Parece que há um cansaço emergindo deste corpo já velho e desgastado. Estou diminuindo meus cigarros diários. Andei olhando em quanto estou fumando. Estou até fumando menos.
Semana que está por chegar vai ser desgastante. Estarei trabalhando direto. De manhã até noite. Não me programarei, mas caso esteja bem, começarei a academia. Preciso urgentemente emagrecer e fazer alguma atividade física. Pretendia fazer isso ano passado, mas por preguiça, não o fiz. Este ano quero dedicar à minha pessoa. Mais do que foi 2007. Pensei muito em muitas pessoas, mas deixei-me de lado. Foi um ano de reestruturação psicológica, pessoal, profissional. Foi um ano bom, mas que teve seus baixos momentos. Passei por situações que me deixaram em dúvida em várias áreas. Incluo nesta lista sentimentos e profissão. Penso, ainda, em algo distinto. Algo em que possa eu ter final de semana, feriado/feriadão. Algo como pessoas normais. Por mais que eu tente ser uma pessoa normal, não sou. Sinto isso dentro de mim. Há um “quê” de loucura dentro de mim. Não sou doente não. Apenas sinto-me especial. Sou um abençoado por Deus. Meus santos são fortes. E BASTANTE FORTES SIM. Trabalham, diariamente, por mim. Relembro de situações que passei quando criança. Lembro e começo a rir. Muitos chorariam, mas eu fico rindo sim. Sorrio pensando em que eu poderia (ou deveria) ser o oposto do que sou – ou estou – hoje. Sou um sujeito melhor. Trato-me com carinho. Dedicarei este ano aos meus planos. Não são monstruosidades de projetos. São alguns passos que terei de dar. O primeiro passo sempre é o mais complexo, mas difícil, mais doloroso. Depois tudo vai encaixando-se em seus devidos lugares. E se não encaixam, mudo as peças. Apenas uma coisa preciso arrumar neste início de ano, mas ainda tenho de pensar muito bem.
Feliz 2008 para todos vocês.
Mãe, obrigado por me deixar viver.

Ouvindo: Objects in the Rear View Mirror May Appear Closer Than They Are do Meat Loaf. São 15h15.