quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Teoria


Ouvindo: The Boys Are Back In Town do Thin Lizzy. São 14h53.

O início é sempre dolorido. O primeiro passo bravo de ser dado. Mas comecei a academia e sigo dolorido. Tentarei, neste início, fazer um dia sim-dia não. Quem sabe assim evito esta dor chata e persistente. Tomei Dorflex para tentar amenizar, mas meu braço esquerdo prossegue dolorido. E nem carreguei muita coisa. Com calma vou me acostumando com este hábito de carregar peso. Muitos dos que fazem dizem que este negócio de malhar vicia. Quando começar a surgir os efeitos esperados vira quase uma fixação por mais e mais. Mas apenas para me manter saudável e sentir-me mais bonito. Quem sabe ajude na auto-estima.
Nunca tinha ouvido muito sobre o Thin Lizzy. Li bastante sobre sua importância para o cenário musical mundial, mas pouco tinha escutado desta banda irlandesa. Muito boa. Muito boa mesmo. Phil Lynott era um sujeito criativo e que conduzia muito bem o grupo. Conseguiu manter unidos os seus companheiros e seguir um ideal de expandir as fronteiras musicais de seu país. Com seu baixo marcado e uma cozinha impecável, o Thin Lizzy movimentou muito outros músicos e os incentivou a experimentar novidades sonoras.
A sensação que tenho é de que apanhei ou caí em cima do braço. Ele falha. Tenho a nítida sensação de que o esquerdo está falhando. Nem segurar um objeto consigo. Mas vou persistir. Como disse uma menina ontem, após me ver apanhando da máquina: “Nem pensa em desistir. Também estava assim nos primeiros dias, mas hoje estou bem e faço com prazer. Não dói mais nada”, frisou a menina. Acredito que tenha sido gentileza dela. Estava eu tão preocupado em como terminar a série e nem percebi que ela estava puxando assunto. Não consegui ainda separar o falar do respirar. Neste momento fazer os dois está complicado.
Os dias nesta terra estão bastante quentes. Faz poucos minutos que começou a chover. Estávamos com uma temperatura de 32°. Temperatura bastante alta. Mas tudo bem. Quanto mais quente, melhor. Adoro calor. Mas melhor seria estar numa piscina. Ou sem roupa. Opa! Pensei coisa boa!
Estou me sentindo mais tranqüilo em relação a alguns assuntos. Ano passado foi bem melhor do que eu imaginava, mas pior do que planejei. Mas sei que nada vem tão rápido. Menos mal que não tive de ficar tomando medicamentos, ou fiquei tão mal. Apenas no inverno que peguei uma gripe forte e uma tontura básica que nem sei de onde surgiu. Quem sabe esta tontura tenha sido originada de estresse. Foi num período de transição e complicado. Mas passou. Sei que neste 2008 vou conseguir arrebentar alguns projetos que, ainda, não puderam ser aplicados. Todo ano novo nós imaginamos ou prometemos que serão melhores. N´alguns pontos realmente o são. N´outros nem tanto. Mas sem pestanejar lutamos e matamos quantos leões forem necessários. Seja um por dia ou mais. Não importa. Importa mesmo é seguir sempre em frente. Não olhar para trás sempre que quisermos. Deixar o que passou é a melhor forma de não perder tempo. Apenas “capturar” o que realmente é útil. Além disso, perder tempo chorando não resolve em nada. Apenas cria situações piores. Olharei para frente a partir de agra. Pensar em crescer. E sei que quando crescemos, muitas pessoas crescem também. É a tal da Teoria do Caos. A idéia inicial desta teoria, segundo não me falha a memória, é de que uma pequena variação nas condições em determinado ponto pode ter conseqüências de proporções inimagináveis. Por exemplo, o bater de asas de uma borboleta num determinado canto do mundo pode causar um tufão do outro lado dele. Algo semelhante a isso. E nisso acontece também em nossas vidas. A mudança de um pode acarretar algo bom ou ruim para outras. Mas acreditemos que apareçam situações boas para todos.

Ouvindo: Saga Of The Ageing Orphan do Thin Lizzy. São 15h23.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Força


Ouvindo: Forever do Kiss. São 14h06.

Ontem comecei a academia. Estou com um pouco de dor nos meus braços. Os primeiros dias são deprimentes. Ou desiste no início ou prossegue malhando e depois ingere as chamadas “bombas”. Já teve um sujeito que me viu saindo da academia ontem á noite e fez um comercial da seguinte forma: “E aí meu? Vi que ta malhando. Se você quiser umas “bomba”, me avisa que tô sempre por aqui. Falou?” Fiquei olhando pasmo para o sujeito, que deveria ter uns 24, 25 anos - não mais do que isso. Até fiquei pensando em responder, mas apenas agradeci pela oferta. Não quero ficar musculoso. Apenas quero exercitar este corpo velho e cansado. Sou fumante inveterado e sabedor dos malefícios do fumo. Sou um burro-consciente. Apenas uns exercícios físicos para enxugar meu abdômen e emagrecer um pouco. Sexta-feira me pesei e estava com 80 quilos. Ontem fui tirar minhas medidas na academia e estava com 78. Dois quilos em uma hora de malhação leve? A balança deveria estar desregulada.
Mas a parte e engraçada da academia foi levantar pouco peso e ainda ficar com os braços dormentes. Estava eu fazendo meus leves exercícios, com duas repetições de 12, e suando. Caso eu não esteja errado, eram dois quilos que eu usava. Mas olhei para o lado e vi uma loirinha bonita, mãe de um garoto com quem eu conversava, e a mulher levantava uma pilha de não sei quantos quilos. Fiquei envergonhado, mas confiante de que eu aumente a quantidade. Quem sabe ela estivesse rindo por dentro e pensando: “mas este cara barbudo é fraco demais!”
Mas eu sigo com minha sina de manter um ano de 2008 bastante saudável. Ando apressado com muitas coisas. Tenho de perder esta mania de que tudo tem de ser para ontem. Não sou de frases feitas, mas que “seja o que tem de ser!”
Mas ainda voltando ao meu dia inicial de academia. Quem sabe “emagreci” um pouco e depois fui comer churrasco na casa da Elaine. Fui deixar os apetrechos do Shazan e ficamos conversando. Algo que não fazíamos desde 2007. Logo depois retornou também a Silvinha da capital federal. Foi conhecer onde ela logo estará porque a menina é competente demais. Silvinha, quem sabe sendo assessora do LHS no Senado hein?! O veterano vai concorrer sim na próxima oportunidade. Acabei ingerindo todas as gorduras possíveis no pocket churras, como diz a Elaine. Mas foi bom demais ver as meninas que eu tanto adoro. Ainda mais o fujão do gatonildo. Meigo como sempre. Ainda me sinto mal em não ter ficado com o gato durante o período de viagem da Elaine. O gato chorou demais, estranhando o apartamento. Mas sei que ele ficou bem na Pet Shop. Aliás, que hotelzinho caro! Um gato custa tudo aquilo, imagina um cachorro são bernardo!?
Mas dentro do possível estou contente. Até, para minha feliz surpresa, recebo um texto de uma menina que nem imaginava. Mas fiquei contente que o que li. Nada de tão estressante, mas apenas um mal-entendido coma loira alta, de posts anteriores. Uma brincadeira mal sugerida e mal interpretada causou um mal estar. Sei que você surge por aqui, de tempos em tempos, e desculpas. Não brinco mais. Mas enfim, ano novo, velhas novidades, antigas sugestões, novos ares. Ando pensando em respirar outro ar.

Ouvindo: Heaven´s on Fire do Kiss. São 14h44.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Dor


Ouvindo: Suzie do Thin Lizzy. São 14h38.

Grupo irlandês de hard rock criado em 1969 e que durou até 1989. Liderado pelo baixista e vocalista Phil Lynott, que morreu em 1994, vítima de câncer de pulmão. Esta é uma das bandas preferidas pelo eterno “ícone guitarrístico”, Saul Hudson. Bom, este último sujeito também é conhecido como Slash - o eterno guitar hero do Guns N´ Roses e atualmente tocando com o Velvet Revolver. Slash sempre adorou o TL pelas novidades sonoras trazidas com o grupo. Uma das marcas registradas do cabeludo com cartola são suas inseparáveis guitarras Gibson Les Paul.
Ontem, dia cinco, minha irmã Manuela, a Lela, fez aniversário. Liguei para ela dando minhas felicitações e aquele blá-blá-blá de sempre. Queria conversar mais, mas o preço da ligação telefônica é alto. Depois consegui matar saudades da voz da Mami pela internet. Por Skype é gratuito e tranqüilo. Um programa muito bom para quem mora longe de outras pessoas. Gosto mais do Skype do que do MSN. Estes primeiros dias do ano de 2008 estão sendo gostosos. Ando trabalhando, dormindo. Aliás, está aqui um ponto que não sei o que está acontecendo. Ando com uma sonolência tão grande. Não sei o que acontece. Estou quase sempre com sono. Chego a casa e penso em deitar. Acordo e já penso em voltar a dormir. Nunca fui de dormir vendo filmes, mas isso está tornando-se freqüente. Começo a ver a película e fecho meus olhos. Parece que há um cansaço emergindo deste corpo já velho e desgastado. Estou diminuindo meus cigarros diários. Andei olhando em quanto estou fumando. Estou até fumando menos.
Semana que está por chegar vai ser desgastante. Estarei trabalhando direto. De manhã até noite. Não me programarei, mas caso esteja bem, começarei a academia. Preciso urgentemente emagrecer e fazer alguma atividade física. Pretendia fazer isso ano passado, mas por preguiça, não o fiz. Este ano quero dedicar à minha pessoa. Mais do que foi 2007. Pensei muito em muitas pessoas, mas deixei-me de lado. Foi um ano de reestruturação psicológica, pessoal, profissional. Foi um ano bom, mas que teve seus baixos momentos. Passei por situações que me deixaram em dúvida em várias áreas. Incluo nesta lista sentimentos e profissão. Penso, ainda, em algo distinto. Algo em que possa eu ter final de semana, feriado/feriadão. Algo como pessoas normais. Por mais que eu tente ser uma pessoa normal, não sou. Sinto isso dentro de mim. Há um “quê” de loucura dentro de mim. Não sou doente não. Apenas sinto-me especial. Sou um abençoado por Deus. Meus santos são fortes. E BASTANTE FORTES SIM. Trabalham, diariamente, por mim. Relembro de situações que passei quando criança. Lembro e começo a rir. Muitos chorariam, mas eu fico rindo sim. Sorrio pensando em que eu poderia (ou deveria) ser o oposto do que sou – ou estou – hoje. Sou um sujeito melhor. Trato-me com carinho. Dedicarei este ano aos meus planos. Não são monstruosidades de projetos. São alguns passos que terei de dar. O primeiro passo sempre é o mais complexo, mas difícil, mais doloroso. Depois tudo vai encaixando-se em seus devidos lugares. E se não encaixam, mudo as peças. Apenas uma coisa preciso arrumar neste início de ano, mas ainda tenho de pensar muito bem.
Feliz 2008 para todos vocês.
Mãe, obrigado por me deixar viver.

Ouvindo: Objects in the Rear View Mirror May Appear Closer Than They Are do Meat Loaf. São 15h15.