sexta-feira, 11 de abril de 2008

A doação


Ouvindo: Human Being do New York Dolls. São 12h06.

O grupo foi um dos precursores do movimento punk-rock. Mas voltemos este dado a 1971 quando um grupo de jovens (e freqüentadores da loja de Malcon McLaren em Nova York) resolveram formar um grupo musical sem pretensões ambiciosas. Apareceram numa época onde Stooges (que voltou só em 73) e Velvet Underground não faziam mais a cena underground, nem os MC5 também. Acabaram imprimindo um estilo rebelde e do gênero "one-two-three-four". Angariaram uma verdadeira legião de fãs desde seu início. O grupo era comandado pelo lendário (e não menos importante musico) Johnny Thunders, nas guitarras. Não necessariamente o vocalista tem de ser o principal e mais lembrado. David Johansen foi importante, mas não tão pragmático quanto Thunders. Lançaram os seguintes álbuns: New York Dolls (73), Too Much Too Soon (74), Lipstick Killers - The Mercer Street Sessions 1972 (81), Red Patent Leather (84), Seven Day Weekend (92), Paris Le Trash (93), Live In Concert, Paris 1974 (98), From Paris With Love (L.U.V.) (2002), Manhattan Mayhem (2003) e One Day It Will Please Us to Remember Even This (2006). Os três primeiros forma oficiais. O restante compilações e remasterizações merecidas. Um tributo ao tão conceituado punk-rock. O próprio Ramones tecia elogios ao grupo nova-iorquino.
Mas voltemos ao ano de 2008, 11 de abril. Opa, é hoje! Sim, o tempo passou. A história ficou para trás. O sol já subiu, a lua está escondida por algum lugar deste céu azul e brilhante que presenteia todos da região nesta sexta-feira. Um presente assim todos os dias é algo celestial. A manhã começou com nevoeiro. Avistei a neblina baixa da janela da área de serviço do apartamento. Estendi a toalha umedecida após o banho e, de pés descalços, segui até meu quarto onde me arrumei e fui obrigado a colocar um agasalho. Uma hora depois a temperatura já chegava ao 26 graus. Retirei o agasalho e fiquei apenas de camiseta, como estou neste momento. Com meu "uniforme" diário de trabalho: tênis, calça jeans e camiseta. Eu não consigo trabalhar direito e ser criativo usando sapatos. Claro que uso, mas prefiro um tênis. Aliás, estou pensando em trocar de tênis. Não encontrei o meu número quando o comprei e peguei um 43. Pois o 44 que eu uso não existia em nenhuma loja decente da cidade. Acreditei que o 43 iria alargar um pouco. Mas não aconteceu. Mas penso que o tênis "esticou" um pouco. O que pode ter acontecido é que eu engordei e meu pé esteja inchado. Pé gordo. Ai que horror! Não criei vergonha na cara ainda. Sigo um sujeito sem vontade de me exercitar. Caminho um pouco durante o dia, mas não é o suficiente. Precisaria mesmo de exercício físico e constante. Mas mantenho-me dentro do peso, quase pesado, dos últimos meses. Mas sinto-me bem.
Fiz uma mini-check-up mês passado e os resultados forma agradáveis. Nada de ruim. Estou bem. E o meu sangue é dos bons: B+. Ainda bem que é positivo. Pois se fosse B- seria ruim. Não quero nada de negativo em minha pessoa, nem o sangue. Mas o B+ está de bom tamanho. Pensei que no resultado fosse constar como VERMELHO. Aliás, realmente é necessário sugar tanto sangue para fazer alguns exames? A menina surgiu com um "tarugo" gordo e grande. Enfiou aquela agulha afiada na veia do meu braço direito e "sug-sug-sug". Disse pra ela que eu iria apenas fazer exames e não doação de sangue. ela começou a rir e tremer o braço. Neste momento é que senti a dor das "tremidas" da menina. Voltei para casa com aquela sensação de perda. Sim, sensação de ter perdido algo: o sangue. Mesmo que fosse pouco, mas era meu. Relativamente pouco. Aquele "tarugo" deveria ter capacidade para um litro de sangue. Tudo bem, exagerei. Mas foi bastante de qualquer forma. Enfim, que os resultados forma bons e o de HIV de negativo. Assim me garanto mesmo. Não recordo de ter feito aquele exame antes e deu curiosidade. Sabia do resultado, mas "auto-perguntei": e porque não fazer? Fiz e pronto. Nem medo deu de retirar o resultado.
A sexta-feira está na metade. Mais algumas horas e o sábado chega. Tudo bem, irei trabalhar mesmo assim.

Ouvindo: Something Else do New York Dolls. São 12h25.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Andando


Ouvindo: Hearts Grown Cold do Nazareth. São 12h03.

Há dias que acesso o Mendigo, faço o login, acesso a página dos posts, mas não crio coragem de escrever. Hoje, não sei o motivo, apareço, do nada, para postar alguma coisa. Alimentar o Mendigo depois de tanto tempo. Ano passado conseguia ter ânimo suficiente para destinar alguns minutos diários ao meu canto virtual. Meu diário de bordo desde que cheguei nesta nova terra. No dia 17 completam onze meses em Videira (SC). Quase um ano, recordou minha amada mãe no início desta semana. Tanta coisa surgiu desde que aqui estou. Foram momentos bons. Não tenho nada a retirar. Nada de ruim aconteceu neste período. Conheci apenas pessoas boas. Algumas, contudo, mantenho contato quase que diariamente, outras seguiram seus caminhos. Mas são todas pessoas boas. Menhuma delas me fez mal ou que quis mal. E nem eu à elas. Muito pelo contrário, tomei decisões pensando no melhor de todos. Quem sabe eu tenha sido egoísta em algum momento. Mas depois de 27 anos, ouvi o relato de pessoas e optei por me deixar contente e feliz. Sei que alguns ficam tristes, magoados. Mas não julguemos ninguém por suas atitudes. Não é correto julgar. Podemos não concordar, mas respeitar a decisão e posição é algo mais inteligente. Nada em particular neste aspecto. Apenas um assunto que andei pensando dias atrás. Teria tanto assunto para postar, mas resumirei alguns pontos. Mas estou sem paciência para expor. Ando trabalhando um monte. São três trabalhos ao mesmo tempo: sou radialista, escrevo para um jornal e apresento um noticiário na internet. E, além disso, tem a faculdade de Letras - espanhol que estou a cursar. Com todo este movimento diário, resta-me pouca criatividade e vontade para abastecer o Mendigo.
Queria um tempo para mandar confeccionar as camisetas da Igreja do Rock, mas nem isso consegui ainda. E á noite as empresas fecham. Resta-me localizar uma hora durante um dia da semana para fazer isso. Mas quando descanso, acabo esquecendo. Anoto em algum bilhete ou rascunho, mas perco. Mas o que me consola é saber que eu estou bem e feliz. Vivendo numa outra fase importante da minha vida. Ando feliz. Particularmente feliz. Um tanto me questionando sobre oportunidades profissionais que estão surgindo. Mas com a universidade andei parando de pensar em buscar outro mundo. Quem sabe amanhã. Mas neste exato momento minha vontade é de ficar, estudar e trabalhar bastante. E logo terei surpresas boas. Quem sabe todos teremos. Mas sinto-me bem e feliz. Alguns momentos tristonhos, mas que logo passam com esta vida agitada. Mas não reclamo. Caso apareçam mais atividades, me pergunto: e por que não?

Ouvindo: Now and Then do Blackmore´s Night. São 12h15.