quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Trabalho


Ouvindo: Yesterdays do Guns. São 12h23.

Hoje serei breve. Há mais de 20 dias que praticamente não páro para fazer nada. Ando trabalhando um montão. Hoje vou "passear" pelo estado que me acolhe tão bem. Creio que será proveitoso. Queria ir passear literalmente, mas meu tempo ainda não está certo por aqui. Mas sinto ainda (persisto neste desejo e sensação) que em breve serei recompensado. Já usufruo de muita recompensa. Passei dias horrendos por aqui, mas hoje estou mais calmo e relaxado. Eu pedi para ficar e aqui fiquei. Quando cheguei pensei que fincaria bandeira. Por alguns dias mudei completamente a forma de pensar e sentir esta vontade. Mas pedi, conversei, orei e aqui estou. E estou mais tranquilo e feliz. Nem sempre tudo é belo. E agradeço pelo pedido atendido. ELES sabem do que eu falo. E é algo meu. Mas com calma e serenidade tudo acontece. Boas recordações eu tenho de muitas pessoas.

Ouvindo: Hole In My Soul do Aerosmith. São 12h30

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Diabo e Eu


Ouvindo: Celtic Guitar do Blackmore´s Night. São 18h38.

Estava lendo antes sobre Satanismo. Este é um assunto que me fascina. É de extrema curiosidade de todos católicos, evangélicos, ateus, muçulmanos, umbandistas, xamanistas, islamistas, induístas, mórmons, maçons, noveristas, judeus, enfim, é de curiosidade de todos saber o que há de certo e de errado no tão conhecido e rotulado “Diabo”. Mas o que há de tão estranho e amedrontador nesta palavra? Ou neste ‘sujeito’? Baseado em depoimentos oriundos de igrejas, de nossos pais, de nossos avós ou amigos formatamos um conceito errôneo sobre tal “sujeito”. Que ele é ruim, maldoso, faz tudo de ruim no mundo. Orienta (ele) pessoas a cometerem atrocidades, violência, maledicências. Após ler muito sobre o assunto, estudar um pouco, assistir certas sessões, visualizar fatos e pessoas orientadas por tal “sujeito” ratifico o que já pesava antes: somos nós os ‘diabos’. Sim, isso mesmo. Não estou sendo radical. Não tive prova alguma de que o dito ‘sujeito’ tenha saído de suas quentes e escuras trevas e ascendido ao nosso mundo para matar este ou aquele, para destruir esta ou aquela cidade, comer aquele animal, demitir o cidadão de bem, invadido a igreja americana e disparado vários tiros contra o pastor. Somos orientados desde crianças de que ele é ruim. Que o “Coisa Ruim” é o culpado de tudo o que de mal há no mundo. Mas convenhamos que sempre foi (e sempre será) mais fácil culpar a outra pessoa por algo que cometemos, por uma ação praticada ou uma maldade feita. Sempre é bom rir de alguém do que de nós mesmos. Aliás, todos concordamos que é ótimo sentar entre amigos e falar mal de alguém – mesmo que seja do Lula ou do Serra. *O LHS não falo nada porque o quase-morto foi gentil com minha pessoa*
Teimamos, com os pés juntos, de que sempre foi o outro quem fez isso ou aquilo. Foi ‘ele’ quem o orientou para tal maldade. E quando falamos de algo bom foi Deus. Neste sujeito eu acredito. E assino o que for por Ele. E pelo outro também. Convivemos com os dois lados: o bom e o ruim. É como ingerir uma feijoada sem arroz. Fica sem graça. Ou tomar um café com suco. Não dá. Tem de ser café e água. Precisamos conceber a definição de que somos NÓS quem vivemos, quem erramos, acertamos, brigamos, sorrimos, ajudamos ou prejudicamos. Somos NÓS. E não ELES. Assumir a culpa é difícil e causa temores. É lógico que ninguém é o mais correto ou o mais errado. Somos tão perfeitos em nossa estrutura física e mental que invariavelmente cometemos falhas. Isso é vergonhoso? De forma alguma que não. Ratifico: não é vergonhoso errar. Apesar de que seria bom acertar na maioria das vezes. Mas acredito no SER humano. Existem “SER” humano e ser “HUMANO”. E há uma longa ponte entre as duas extremidades.
Dentro da cultura satânica há um livro escrito por Anton Szandor LaVey (1930 - 1997) - que fundou a Igreja de Satã no ano de 1966 em San Francisco (Califórnia, EUA) - chamado “A Bíblia Satânica”. Resumindo: há nove pecados satânicos que são: estupidez, pretensão, solipsismo, auto-engano/auto-ilusão, conformismo de massa, falta de perspectiva, negligência (ou esquecimento) dos ortodoxos passados, orgulho contra-produtivo e falta de estética. Claro que condenamos alguns destes, mas prestemos atenção ao que fazemos em nosso dia-a-dia. Gosto do soliptismo, que é a crença filosófica de que, além de nós, só existem as nossas experiências. É a conseqüência extrema de se acreditar que o conhecimento deve estar fundado em estados de experiência interiores e pessoais, não se conseguindo estabelecer uma relação direta entre esses estados e o conhecimento objetivo de algo para além deles. Projetar as reações, respostas e sensibilidades em alguém que não está provavelmente alinhado com a própria pessoa. É o erro de esperar que as pessoas retribuam a mesma consideração que naturalmente lhes é dada. E fazemos isso quase todos os dias. Não é certo apenas esperar por alguém. Mas é difícil também tentar não o fazer.
E amanhã irei passear pela região. Terei de ir à uma cidade aqui perto (ou longe) em uma reunião de trabalho. Assim me animo um pouco. Mas confesso que não queria perder as sempre gostosas jantas da imprensa daqui. Uma vez por mês, ou mais, é realizada uma janta super boa. Comi alguns pratos que nem fazia idéia de que existiam. Mas farei o possível para ir. E sinto saudades dos papos com a Elaine, Sil, Nandiko, Shazan. Mas esta semana está corrida. Semana que vem, acredito eu, estarei melhor.

Eu sou o Diabo e você, quem é?

Ouvindo: The Number Of The Beast do Iron Maiden. São 19h11.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Quase-morto


Ouvindo: Black Dog do Led Zeppelin. São 18h23.

Consegui descansar um pouco. A foto ilustra o trabalho dos últimos dias. Foram assim para pior. Eis o Governador do Estado, Luis Henrique da Silveira. O velho está um quase-morto, mas foi super getil e atencioso. Quem estava atrapalhando meu trabalho era o assessor que queria levar o velho embora. Foi coniventemente seqüestrado desta terra nova, pois teria compromissos no dia seguinte, logo cedo. Entendi e "deixei" o meio-morto seguir seu rumo. Avistei o LHS por fotos e pensei que ele estivesse melhor. Deve estar com uns 193 anos e 42 pontes-de-safena. Recordou-me daqueles filmes antigos onde sempre há um velho quase-morto que dá conselhos. Mas de qualquer forma, excetuando a brincadeira, o dono do estado tratou todos de forma simpática. Recebi um e-mail e senti saudades do meu Gatão.

Ouvindo: Like a Rolling Stone do Bob Dylan. São 18h31.

Alone


Ouvindo: Follow My Way do Chris Cornell. São 12h13.

Segunda-feira passou. Chegamos na terça e um frio danado paira sobre toda a região. E, como quem me conhece, sabendo que detesto frio, fico preso dentro de minha jaqueta. Dias assim são dias que deveriam dar folga para todos ficarem em casa. Dia de frio combina com dia dentro de casa, debaixo das cobertas, vendo filme, namorando, comendo e dormindo. Bateu uma "taradice" tremenda neste momento. Lembrei das cobertas e da cama. Nestes momentos é que esquecemos de qualquer coisa. Esquecemos do frio, da chuva, da névoa gelada. Falei com minha amada mãe ontem á noite. Como havia chegado tarde em casa, liguei tarde, é lógico. Tirei a Tchetcha da cama. Engraçado: minha querida Oma ainda acordada, assistindo sua novela. E a filha, mais jovem, dormindo. Mãe, a senhora está ficando velha. Velha, mas gostosa! Interessante como tem pessoas que com o passar do tempo ficam mais novas. Rostos mais sensatos, limpos, bonitos. Dona Sônia é uma destas. Recordo de quando ela ainda era casada. Rosto enrugado, com ar triste, cabelos longos e pretos. Separou-se e melhorou. Claro que passamos por poucas e boas (né gurias?), mas sobrevivemos e aprendemos todos. E aprendemos algo melhor ainda com isso: que com união e amor tudo é possível superar. Seja qual for e independente do tamanho da dificuldade. Como disse minha grande amiga Silvia: "Pai do Céu jamais dá um fardo que não conseguimos carregar!". É verdade, Sil. Concordo plenamente.
(** momento íntimo meu **) Pai do Céu, chega mais perto neste momento. Chega mais, Paizinho, sem receios: "mas o Senhor abusa também de mim, concorda?"

Enfim que sobrevivo diariamente a intempéries cometidas, problemas que surgem, dificuldades que aparecem, tristezas que nos impõem, descobertas decepcionantes. Estava a conversar ontem sobre isso. Tudo no mundo se descobre. Cedo ou tarde. Ainda há passagens que não foram descobertas pelo homem. Há fatos não esclarecidos. Ou esclarecidos e não divulgados. Há fatos que foram descobertos, mas que, para evitar problemas de ordem pública, ficam no anonimato da informação. Notícias que ficam adormecidas. Há quem saiba, mas que jamais (ou não pode) divulgar. E estas são as notícias que eu gosto: as que ninguém quer contar. Cedo ou tarde descobrimos. Bom descobrir antes. Pois depois pode ser complicado demais. Resta seguir nosso caminho. Quem sabe preciso de alguém que me ame como nunca alguém me amou. Ou quem sabe preciso eu amar alguém como eu nunca amei. Quero poder ser louco de jogar tudo ao alto e dizer que te amo. Esquecer do mundo, pegar em sua mão, olhar seus olhos e não pedir se quer fugir. Ir à um lugar longínquo, deserto. Mas que tenha um banheiro, água, luz e internet. Não preciso de telefone. Internet está ótima. E alguns livros.

Ouvindo: Love Is Blind do David Coverdale. São 12h28.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Vinho


Ouvindo: This Flight Tonight do Nazareth. São 18h32.

Sil, eu disse que iria colocar esta foto. E há outras também. Mas repito: trabalho é trabalho. Mas quem sabe, como escrevi em algum lugar, compre todos os cd´s dele. Espera: como sou pobre irei baixar da internet. Assim não pago nada. Até parece que faria tal desfeita com meu “ecletismo” musical!
Hoje é segunda-feira e estou cansado. O corpo até que está em pé, mas a minha cabeça pesa, de forma cansada. Não durmo direito há quase uma semana, trabalhei como um animal de carga desde quinta. Sábado, quando postei da última vez, estava cansado. E hoje estou triplamente cansado, se comparado a dado dia. E para quem pensava que seria um dia (esta segunda) calmo enganei-me feio. Corri a manhã inteira. Fui a casa, conversei um pouco e fui tentar cerrar os olhos. Creio que uns 15 minutos, não mais que isso, consegui. E ainda terei de ir numa feijoada. Do contrário a dona Vilma ficaria muito brava. É o aniversário dela e comentaram-me que a comida da velha-senhora-alemã-gente-boa é de deixar até vegetariano com vontade de comer um boi inteiro. Irei apreciar. Fim da tarde desta segunda recebi um vinho do pessoal da SDR. E um beijo da Sil, via Jairo. Obrigado Sil. E obrigado também pelos de sábado. Estão lá em casa e esta semana te entrego.
Por outro lado, além do cansado, sinto-me estranho e um pouco triste. Passei sensações novas e desagradáveis. O que estava sendo bom virou tristeza. O que estava sendo bom tornou-se algo desconfortável. Mas nesta minha saga de ficar feliz e alegre esforço-me em buscar novos pensamentos.
Mas foram dias bons estes últimos, apesar da cabeça peada e cansada. Corri um monte e estou orgulhoso de meu trabalho e das pessoas com que tive o orgulho e privilégio de trabalhar.
Ontem fiz o ENEM e fui bem. Creio que melhor do que em edições anteriores. Sabe que gostei desta de fazer prova. Fiz 49 questões certas das 63 possíveis do exame. Melhor ontem do que em provas passadas. Resta aguardar o resultado da redação. Fui rapidamente em função do trabalho da festa que referia-me anteriormente. Estou orgulhoso de minha pessoa. Quem sabe assim consigo sorrir um pouco mais. Sinto falta de sorrir. Sinto-me, internamente, sem vontade para isso.

Ouvindo: Fallen Angel do Nazareth. São 18h43.

sábado, 25 de agosto de 2007

Mordaça


Ouvindo: Ian Underwood Whips It Out do Mothers Of Inventions. São 18h11.

Após obrigar-me a entrevistar o cantor Daniel e acompanhar ele na chegada à cidade, sento na cadeira do estúdio e descanso um pouco. A para apaziguar a experiência, ouço uma música que data de 1969. Foi a primeira banda do alucinado Frank Zappa. Que alívio para meus sentimentos. O sujeito é baixinho. Mas trabalho é trabalho. Fiz minha parte e sinto-me orgulhoso.
Os últimos dois dias têm sido de extremo cansaço devido à uma festa grandiosa que está sendo realizada nesta nova terra. Desde quinta e até amanha, domingo, estaremos com uma equipe enxuta, mas competente, trabalhando muito. Estamos todos um tanto cansados. O percentual de desgaste emocional e físico é grande, mas estamos todos contentes. Trabalhamos com afinco e acabamos por nos divertir também. Resolvemos nos "abraçar" e correr juntos. Trabalhar em equipe. E sempre há equipes com a ovelha-negra. E não seria hoje uma exceção. Mas azar dele.
Neste sábado sinto-me mais relaxado, se comparado à sexta. Um pouco descansado, mesmo com a insônia que voltou a atrapalhar meu descanso noturno. Insônia é um mal que enche o saco. Desculpa pela expressão, mas é triste estar cansado e não conseguir pregar os olhos. Mas não me incomodo nem me estresso.
E sigo em minha saga neste mundo novo. Povo que me acolhe diariamente com tanto carinho. Diariamente sinto-me bem quisto. E durante esta festa pude sentir a valorização do meu humilde trabalho. Não faço para aparecer, apenas preocupo-me com o que transmito ao ouvinte da emissora. Minha única ética é com o ouvinte. Não me preocupo se este ou aquele não gosta da informação. Caso tenha feito algo bom, será informado. Do contrário, será informado também. Mas sinto-me ainda relativamente "amordaçado" em algumas ocasiões, mas tenho de seguir as 'recomendações' da empresa. Creio que em quase todas as empresas de comunicação existam estas atitudes, ações. "E sou amigo do fulano, que é amigo do vizinho e cliente nosso e não podemos falar nada". Mesmo que for um homicídio, roubo, furto ou escândalo. Enfim, problemas que muitos colegas de profissão enfrentam diariamente. Mas ser gentil não é ser puxa-saco.

Ouvindo: Brother of Mine do YES. São 18h39.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Simpatia


Ouvindo: Beth do Kiss. São 17h35.

Estou exausto! Cansado! Fatigado! Fatiado! Moído! Meio-pau! Mas estou contente. Não sou o Bambi, mas estou contente. A festa maior do município começou na noite desta quinta-feira. Mas sigo vivo. Hoje acordei com sensações que eu não deveria em momento algum sentir. São sensações ou pensamentos que jamais me dei o direito de sentir e não seria agora, nesta situação. Mas ontem mal consegui dormir. Quem sabe pelo excesso de codornas que eu "degustei", pelo corpo cansado, pela mente que não parava ou pela extrema preocupação com o trabalho do dia seguinte. Enfim que não consegui descansar. Lembro que olhei para o relógio do celular e marcavam 03h29. Creio que cochilei um pouco e eram 06h43 quando fui tomar banho. Imaginei um repórter preocupado com o trabalho e que tem um trabalho a fazer e o equipamento não funciona? Imagina como estive durante a manhã. Não chutei ninguém por respeito ao valor da minha bota. Mas me acalmei. Dez minutos depois já me estressava novamente. Enfim, estou contente e cansado. Ando preocupado em demasia. Farei como a Marta: "relaxa e goza!"
Mas foquei feliz por ter ouvido boas coisas do Governador do Estado. O velho está caindo, mas foi gentil comigo. Os assessores, como sempre e fazendo parte do trabalho deles, 'raptaram' ele do estúdio e o levaram para não sei onde. Mas ele deve estar bem. Do contrário estaríamos todos em luto. Sil, o sujeito é simpático. Creio que de tanto você falar bem acabei por concordar com o LHS. Sabe bem que gosto de quem me trata bem. E ele o fez. Então, gostei dele. Senti-me feliz com a receptividade boa muito agradável e carinhosa com que fui recebido durante a primeira noite e no segundo dia da festa. E daqui sigo direto para mais uma noite. Quem sabe hoje irei tomar todas que eu puder. A patroa me liberou amanhã pela manhã e irei tomar todas na esperada tenda eletrônica. Quem sabe encontre alguém vendendo um ácido básico ou umas balinhas. Mas creio que preciso de algo que dê sono. Não quero mais noites mal dormidas ou sem sono.

Ouvindo: Friday I´m In Love do The Cure. São 18h13.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Levantando


Ouvindo: Head Over Feet da Alanis Morissette. São 17h36.

Já parou algum momento de sua vida, até aqui, para pensar o quão privilegiado você é? Andamos permanentemente rezingando de tudo. Da carência de dinheiro, do excesso dele, da saúde, do trabalho, do clima (isso eu faço todo dia quando é frio), da roupa abolada, da poluição, do carro barulhento, do bandido, da guria da novela que traiu a irmã, do namorado da amiga que é mais bonito, da amiga que tem peitos maiores, da vizinha que tem os cabelos mais bonitos, da falta de uma roupa para sair, do sapato sujo, da meia furada, do chuveiro que não aquece, da comida fria. Enfim, reclamamos diariamente de algo. Seja o que for, mas sempre o fazemos. Mas ponderamos juntos: reclamamos tanto por nada. Há um volume imenso de pessoas que gostariam de ter o mínimo do que possuímos. Há outras que mesmo com inúmeros problemas se consideram felizes. Há pessoas que são tetraplégicas, deficientes auditivas, visuais, sofrem com alguma deficiência irreversível. Outras que nunca puderam ver o mundo como nós vemos. Como nós assistimos o mundo que não pára nunca. Como seria viver na escuridão? Ou viver sem ouvir os belos sons que o planeta proporciona, as vozes das pessoas, a melodia de uma canção, o grito de uma criança, a voz do filho, dos irmãos. Ou quem sabe aquele que fica sobre a cama, inerte. Apenas respirando e esperando seu momento de despedir-se do mundo. Muitos, sem ao menos poder brincar, correr, pular, sorrir ou chorar. Apenas sentir e não poder expressar isso. Sentir algo por alguma pessoa e não poder dar um abraço e dizer o quanto é especial. Sensibilizei-me hoje ao pensar neste post. Sou um sujeito reclamão. Quem sabe hoje, e nestes últimos três meses, sinto-me mais agradecido por tudo o que tive e o que tenho. Quem sabe reclame bem menos. Cada detalhe. Cada pessoa, cada sorriso ou tristeza. Sou agradecido por estar aqui, nesta nova terra. Sou agradecido por ter descoberto que minha família não é importante para minha vida. A MINHA FAMÍLIA é fundamental. E encho minha boca para dizer que eu preciso da dona Sônia, da Dale, da Lela, da Baba, da Moka, do Luli, do Mago, da Laolly, meu velho pai, do Pink, do Gatão. Pela ordem cronológica de aparecimento na família. São por estas pessoas que eu estou vivo, e sigo vivendo contente e esperançoso. A cada dia que começa sinto-me feliz, bato no peito como fazia o Tarzan e agradeço por estar vivo e ter o privilégio de sentir minhas pernas, minhas mãos, meus braços. Passar a mão em meus cabelos cacheados, esfregar a barba contra as palmas de minhas mãos. Poder caminhar e sentir aquele vento chato em meu rosto. Aquecer-me em minhas simples, mas aconchegantes, cobertas, meu travesseiro.
Sou muito agradecido por estar vivo e ter a oportunidade de ser um "intruso" em minha família. De ser um lunático na vida, um sonhador por um mundo melhor, um vagabundo que aproveita o que a vida mundana oferece. Agradeço por ter o prazer de beber uma cerveja, de fumar um saboroso e mortífero Marlboro, de ouvir um bom e imprescindível rock.
Obrigado Pai do Céu! Obrigado meu grande protetor Ogum! Obrigado família, obrigado amigos. Obrigado por tudo o que fizeram para (e por) mim. Obrigado por me ajudarem. Obrigado por me apoiarem e obrigado por acreditarem em mim. E obrigado, em especial ao Iaran pai e a Sônia mãe pela bela trepada que deram em 1979 e que em 1980 nasceu este belo ser. E obrigado para mim por me esforçar dia-a-da em tentar ser uma pessoa melhor. E mais uma vez pra mim por estar onde estou por ser tão curioso, persistente e ter uma pequena inteligência.

Ouvindo: Change of Life de David Clarke, Al Di Meola e Ponty. São 18h20.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Momento


Ouvindo: Here I Go Again do Whitesnake. São 17h53.

Se há uma música no mundo que me remete os pensamentos e sensações ao mundo erótico e sexual é "Here I Go Again" do Whitesnake. Não sei o motivo, mas ouvir o David Coverdale cantando esta música, em especial, me fornece subsídios de estímulos corpóreos de uma forma exacerbada. Compliquei? Resumindo: ouvir esta música excita. Sim, afloram as sensações que o corpo possui internamente. Deixa-me excitado de tal forma que as idéias surgem, a criatividade pula do zero para o dez, os neurônios tiram uma folga do trabalho, os glóbulos brancos começam a brigar com os vermelhos, as veias saltam, o coração dispara. Adoro escrever sob a sonoridade sexual e excitante desta canção. Não pela letra da música em si, mas pela melodia. A letra fala de outro assunto. Explana sobre novos rumos, novos caminhos. Uma espécie de prece para localizar um caminho. Quem sabe seja esta a minha canção.
Você já esteve perto de uma pessoa, ou já teve uma pessoa, e sentiu extrema atração sexual? Mas não simplesmente algo que faz e acaba. Algo de que apenas olhar deixa com tesão? Eu escrevi anteriormente que esta música me excita e estou neste momento. Não se trata apenas de uma excitação momentânea. Mas trata-se de algo que é quase permanente enquanto a outra pessoa está perto. Parece que seria uma espécie de Yng-Yang. Algo que encaixa perfeitamente. E não é de uma única pessoa. Algo que é recíproco. Chegar ao ponto de apenas tocar e sentir algo de estranho, confuso, gostoso, dolorido, alegre, contente, penetrante, excitante. Poder simplesmente tocar a pessoa e sentir as pontas dos dedos ferverem. D´as veias saltarem ao sentir a pele alheia. Ao ponto de arrepiar os pêlos da nuca, do braço, das pernas, do corpo. Não apenas excitação de ver a pessoa com quem se está. Algo alheio a vontade. Algo onde não necessitam palavras, não precisam explicações. O olhar remete ao mais íntimo do sentimento.
São sensações que não há explicação. É uma relação de cumplicidade, amor, ódio, prazer e amizade que não existe em qualquer lugar, com qualquer pessoa, em qualquer relacionamento. Quem sabe seja algo que temos uma vez na vida. Duas, três ou quarto. Não poderíamos ter isso em qualquer lugar, em qualquer ocasião e com qualquer pessoa. Tem de ser único. Algo que faz, metaforicamente escrevendo, pegar fogo o lugar. É uma relação que se criou de uma forma nova, complexa. Que passou por mentiras e enganações, mas que mesmo assim, apimentou-se durante o tempo que durou. A vontade de ter um ao outro durante a semana culminava com manhãs, tardes, noites e madrugadas de extremo prazer. Algo que não parava. A excitação permanecia durante horas. Nem um estimulante externo era necessário. A paixão rodava de tal forma que era esquecido o tempo, lugar, sol ou chuva, frio ou calor. Não havia interrupções. Não havia ninguém mais: apenas os dois corações batendo e os corpos se desejando.
Ter o carinho de tocar suavemente a pele alheia, com leves dedos. Com suaves passadas de vento pelas costas macias. Esfregar o rosto contra uma pele cheirosa, macia. Segurar as mãos que queriam agarrar, apertar, enquanto se deslizava a língua pelo pescoço. Apreciar o rosto com expressões fortes, mas sensíveis. Aquela "cara de louca". Aquela vontade de esquecer do início e pular em cima. Arrancar as roupas de forma grosseira e sem preocupações. De mandar parar com a língua e possuir aquele corpo que está totalmente arrepiado e excitado. Sentir o corpo molhado, suando, querendo e desejando. Despir-se de forma lenta e simultânea. De sentir o mamilo enrijecido, as pernas tremendo. A vontade de sentir-se dentro. Dentro de um universo fechado, de um mundo em que existiam apenas duas pessoas. Das sensações exacerbadas. Dos toques fortes e desejosos de cada vez mais e mais forte. De esquecer do resto. De esquecer do que havia após. De sentir as mãos escorregando pelo corpo suado, sedento por mais. Dos cabelos macios e sedosos deslizando pelo peito. Da língua quente descendo pelo peito. Das mãos apertando as pernas. Sentindo a língua escorrer sobre as coxas. Sentir o rosto macio querendo algo mais, provocando. Das pernas quase trêmulas solicitando um basta na ação para poder agarrar com força e intensidade. E seguir... seguir... seguir... tocando e sentindo.

Ouvindo: Give Me All Your Love do Whitesnake. São 18h24.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Greve


Ouvindo: Poison Heart do Ramones. São 18h26.

Ando resumido nesta terça-feira. As palavras podem ser interpretadas de formas distorcidas. Estou de greve até amanhã.

Ouvindo: Poison Heart do Ramones. Sã 18h27.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Espelho


Ouvindo: Baba O´Riley do The Who. São 17h26.

O final de semana passou que foi uma maravilha. Passou rápido. Mas algo que recordei ontem quando estava deitado, em casa: não tenho mais sensações ruins aos domingos. Faz dois finais de semana que não sinto mais aquela espécie de depressão dominical. Não é nada relacionado com a chegada da segunda-feira. Parece que são recordações de infância. E que perpetuam. Não somem com a passagem do tempo. Mas há 15 dias não tenho mais estas sensações de tristeza e/ou depressão. E que me acometiam semanalmente há muitos anos.
E percebo com o passar dos dias e com a triste criação do espelho que estou envelhecendo. O bobalhão que criou esta porra de espelho deveria ser narcisista. Com ele (o espelho) percebo meus cabelos brancos. E alguns fios perdidos em minha barba. Mas feliz com a criação da tesoura e da máquina elétrica de cortar. Eu brinco, mas não me preocupo tanto. Sinto-me melhor hoje do que há sete anos. Vinte e sete no papel, 35 de rosto e animação de 18. Não digo animação física, mas sim uma energia que anda inserida dentro de mim. Uma vontade de gritar para o mundo todo ouvir. O que eu gritaria não sei ao certo, mas apenas para constar que eu gritei. Nem tudo em nossas vidas precisa ter sentido. Nem tudo precisa ser coerente. Há espaço para tudo. Seja algo que precisa ser dito neste mundo. Todos temos algo para dizer, seja um simples "olá" ou um "eu te amo". Ou quem sabe, um honesto "desculpa-me". Ou, voltando na história, "eu tenho um sonho". São expressões demasiadamente simples, mas com uma força incrível. Ter sonhos é bom. Realizá-los é melhor ainda. E quando isso se torna algo coletivo, torna-me mais gostoso. Coletivo é onde envolve duas ou mais pessoas. E como sou esquizofrênico, sou um ou, depende do momento, mais de um. Viva o meu coletivo e meu egocentrismo.

Ouvindo: Don't Believe A Word do Thin Lizzy. São 17h41.

domingo, 19 de agosto de 2007

Ácidos



Ouvindo: Heroin do Velvet Underground. São 15h43.

Conheci esta banda de forma estranha. Estava pesquisando para fazer um trabalho sobre drogas na escola (nem recordo em que ano estava) e parei nesta música. Lou Reed divaga sobre o que acontece com ele sob efeito das drogas. Naquele tempo cocaína era fraca demais. Usavam ácidos. E obriguei-me a perguntar para alguns conhecidos e encontrei a música. Ouvi e gostei. Um som psicodélico de uma banda vanguardista e que foi caracterizada por fazer um som experimental. Na época (falamos do início da década de 60), este tipo de música é muito pouco comercial. O que acontece até hoje. Interessante que a banda contou com uma ajuda importante naquele tempo: artista plástico Andy Warhol. Ele financiou os primeiros álbuns do sexteto. Mas através do som desta banda americana difundiu-se a correlação da música com temas polêmicos como prostituição, drogas, álcool, sadomasoquismo, ocultismo. Recomendo ouvir as músicas "Venus in Farms", "I´m Waiting For the Man", "Candy Says", "What Goes On", "Beginning To See The Light" e, claro, "Heroin". É um som um tanto quanto paranóico, mas muito bom para ser apreciado com um Marlboro e uma boa garrafa de vinho.
Após um sábado de muito trabalho, e bastante cansativo, cheguei a casa, comi um pouco e fui ver o filme dos Simpsons que havia baixado pela internet. E como a legenda estava um tanto quanto fora de sincronia, perdi alguns trechos. Acabei gostando mesmo assim. Ri sozinho. Não sou fluente, mas me viro no idioma americano. Comecei a ver outro filme e acordei hoje pela manhã com o pc no colo. Fui a banheiro, olhei para o relógio e voltei para o berço. Coloquei o despertador para mais meia hora. Despertou, levantei, tomei banho, sorvi bons goles de um leite com chocolate e voltei ao trabalho. E estou contente. Deparei-me com uma pessoa na rua e me deixou mais contente ainda. Mas outra hora conversamos mais. Sinto uma ânsia por mudar. Não sei se seria mudar daqui ou alguma outra ação que me abate uma vontade interna. E esta mudança não seria motivada por pessoas ou por um fato isolado. Seria algo mais interno. Nesta minha infindável busca por algo bom. Antes de vir para esta nova terra eu buscava tranqüilidade. Encontrei-a. Buscava deixar tudo para trás. E o fiz quase que em sua totalidade. Melhorei internamente? Sim. Não num todo, mas melhorei bastante de uma depressão me pegou e não largava. Tentava, em vão, dissimular esta sensação, mas não conseguia. Mudei e consegui. Dizem que mudar não ajuda. Discordo plenamente. Ajuda sim. Pessoas novas, clima novo, terra nova, trabalho novo, casa nova. Um ambiente diferente ajuda a esquecer, ou minimizar as lembranças. Mas o interessante é que muitas vezes mudamos por causa de uma pessoa. Não sempre, mas muitas vezes. E isso deixa-nos mais fortes. Buscar nossos sonhos e nossos rumos na vida. Estou começando a vasculhar um mundo novo e que encontro algo de bom. Retiro o que há de ruim (se é que o há) e deixo apenas o bom. Costumeiramente faço isso e não fiz o oposto. Acredito nas pessoas. Acredito na benignidade de ações e atitudes. Mas volto a frisar, nem sempre o que pensamos ser bom para nós pode ser bom para outras pessoas. Mas é sempre um risco. E semana que vem tem o ENEM 2007. E o farei mais uma vez. Já passei bem duas vezes, mais uma seria ótimo.

Ouvindo: I Feel Free do Cream. São 16h09.

sábado, 18 de agosto de 2007

Rótulos


Ouvindo: Hearts Grown Cold do Nazareth. São 21h16.

Conheci pessoas com corações gélidos. Lembrei-me disso devido ao som que escuto. Uma canção que faz chorar. Pelo menos, incentiva a isso. (...já volto...)

(...voltei...)
Faz pouco que tive uma conversa com uma pessoa que eu admiro (e muito!). E gosto também. Confesso que fiquei surpreso, decepcionado ou triste com algumas coisas que escutei. Ouvi com atenção, pois não vieram de qualquer pessoa. Mas são opiniões, pensamentos, rótulos que temos. E eu tenho muitos. Mas nunca me importei com rotulagem. Sei que deveria, mas tudo bem. Caso eu mude, os rótulos serão colocados da mesma forma. Mas também são atitudes que tenho. Nada que me faça ter vergonha. De qualquer forma, foi bom saber uma opinião externa.
Até perdi o senso de escita. Estava excitado para versar sobre um assunto que havia me chamado atenção neste s´sbado, logo que acordei, mas mudei de idéia. E perdi o rumo. Caso eu recorde, voltarei. Beijo e bom sábado.

Ouvindo: Bohemian Rhapsody do Bruce Dickinson & Montserrat Caballet. São 22h08.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Relação


Ouvindo: Don´t Cry do Guns. São 17h53.

Passado o período de comemorações do meu aniversário, ocorrido nesta quinta-feira (16), hoje comecei o dia um pouco mais velho. E a festa de ontem foi muito boa. E para não perder o costume, tomei demais. Mas cheguei a casa e sobrevivi o dia. E depois tem algo mais privè. Obrigado pelo carinho de todos.
Segundo livro que apreciei, com cuidado e tato sensível, as mulheres inteligentes sabem que sair com um homem é algo que você faz para descobrir se quer ou não se envolver com ele. E completa dizendo, algumas páginas adiante, que todos os bons partidos talvez já estejam comprometidos, mas muitos dos maus também estão. Paremos por aqui! Agora comecei a recordar e bateu uma gana destes dois autores. Colocam o homem no chão, no chinelo sujo do Mendigo. Mas tem o que percentual de razão também. Não discordo. Apenas me indignei um pouco, mas não chego a discordar. Vou buscar na internet algo que entrevistaram homens a respeito dos relacionamentos. Nesta sexta fiquei pensando sobre relacionamentos. "Olhei" para minha vida, até ontem, e fiquei pensando. Eu namorei demais. Deveria ter passado mais tempo só. Depois de não sei quantos anos estou sozinho há mais de um mês. E estou adorando. Dez anos seguidos namorando e acabando e começando em seguida e acabando. Não tive tempo de olhar pra mim. Curtir algo que antes não conseguira. Não porque não quis. Foi uma opção minha. Não é o arrependimento que me abateu não. Apenas o pensamento. Não mudaria um centímetro de qualquer relacionamento que tive. Seja ele de um dia de duração ou de anos. Sinto-me feliz com cada um deles. Mantenho uma relação tranqüila com as pessoas que me ajudaram a crescer. Não chegamos ao ponto de um contato mais pessoal, mas algo que começou, foi bom e terminou no momento que deveria. Por maior que tenha sido a dor, ela passou rapidamente. Tudo na vida passa. Exceto a morte. Aliás, quando a morte passar, ela leva e não trás de volta. O resto é questão de tempo. Mas mesmo assim, com as dicas que este livro fornece, as mulheres primeiro começarão a analisar cada centímetro quadrado do corpo e da mente do homem. Irão querer saber até que cueca ele usou na primeira comunhão ou no batizado do filho do neto do sobrinho do amigo que é vizinho do tio dele. Mas são idéias viáveis e curiosas. Às vezes engraçada, mais viáveis e nada de tão anormal. Apenas posso relatar que: tente. Caso funcione, ótimo. Caso não funcione, ótimo também. Melhor tentar. E vai tentando com um, com dois, com três, e quando reparar, já decorou o livro, testou todos e o resultado?
E este final de semana de muito trabalho. Preciso descansar meu corpo. Especialmente meu fígado. O velho órgão de guerra segue firme e forte. Mas com estas minhas noite mal dormidas me quebram durante o dia. Bate um sono sem tamanho, mas quando tento cerrar os olhos, não consigo. Parece que minha cabeça fica fervendo de idéias, pensamentos, sugestões, palavras, ações. Fico fervilhando de qualquer idéia ou recordação que apareça. Mas o que resta é aceitar a aprovação da prorrogação da CPMF, saber que o Lula ficou triste com os mortos do terremoto, não cobra nada sobre o acidente da TAM e a Marisa que só quer passear. Parece cachorro. Adora um passeio com o dono.

PS: Créditos da foto para Silvia Palma. Ficou bonita. Festa de quinta-feira.

Ouvindo: Wasted Time do Skid Row. São 18h18.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Hospital


Ouvindo: Don't Fear The Reapper do Blue Öyster Cult. São 17h04.

Hoje escreverei com calma, como sempre. Sem pressa, sem pressão, sem preocupar-me com o clima, com o movimento, com o vento ou pessoas. Escuto uma música bem antiga. Data de 1976. A banda surgiu em 67, mas fez sucesso apenas com esta música. Aliás, conseguiu destaque internacional com esta canção. Uma banda americana de rock psicodélico fundido com hard rock e heavy metal. Uma mistura de sonoridades que fez com que os cinco integrantes se destacassem no cenário musical da história. Recomendo a audição do álbum Agents of Fortune. Conheço alguns outros discos do quinteto, mas este foi o que mais me ameigou o ouvido.
Há 27 anos, exatamente às 15h10, nos Hospital Bartholomeu Tacchini, a dona Sônia paria este sujeito que escreve à todos vocês. O mundo recebia uma cidadãozinho gordinho, com cara de joelho (como toda a criança recém-nascida), que já abria os olhos e apontava para todas as direções possíveis querendo ver o que havia por perto. Não recordo, mas devo ter nascido e perguntado ao médico onde eu estava, quem ele era, o que ele fazia, como fez o parto, onde se formou, quem eram as assistentes e quem era aquela mulher com o rosto torto e com as pernas abertas. Uma outra mulher estranha me pegou no colo (sem permissão minha) me deu um bofete, sorriu e me entregou para aquela mulher com rosto torto e, agora, com as pernas fechadas. Eu queria é sair daquele lugar estranho e fechado e voltar para o meu cafofo onde fiquei durante mais de nove meses. Lá não tinha ninguém pra me segurar e tudo era meu. Mas como criança não tem vontade própria, obriguei-me à aceitar aquela situação ditatorial. É, criança vive na ditadura. Caso não aceite o que os superiores exigem, é pau ou prisão. No caso de crianças, detenção no quarto dos fundos. Prisão domiciliar. Sai de casa apenas para ir à escola e volta. E ruim mesmo é quando desaparecem com a TV. Criança não pode nada. Mas tudo bem. Hoje, como estou maior (de tamanho) me vingo da mãe. Mas uma vingança gostosa. Bateu um nojo agora. Lembrei do sangue do parto. Ainda bem que nasci homem (bom, até que provem o contrário). E conforme fui crescendo (de tamanho), comecei a conhecer o mundo. Descobri a bola, a roda, os livros, lápis, canetinha colorida, a velha BIC de guerra (caneta mais antiga que a história da maçã que caiu na cabeça daquele cidadão que nada tinha para fazer e ficou sob a árvore), Leggo, dominó, entre outras centenas de dezenas de centenas de coisas (in)úteis. Mas o que mais gostei de conhecer foi o rock. Este foi, até hoje, o maior presente que o mundo me deu.
Mas com o transcorrer do tempo, fui aprendendo, conhecendo, perguntando, abrindo, fechando, batendo, quebrando, sujando, arrumando, limpando, distorcendo, sofrendo, sorrindo, chorando. E, em parte, agradeço muitas pessoas por estes meus 27 anos. Não saberia nomear cada uma delas. Minha memória é tão falha quanto um computador sobrecarregado e com vírus. Por este motivo, e por um em especial, não nominaria pessoas. Faltaria espaço, antes de tudo, e outra que poderia ser injusto em deixar muitas fora. Mas obrigado por tudo, por todos e por estar vivo. Agradeço a um velho companheiro que me acompanha desde antes mesmo d´eu vir ao mundo: Pai do Céu. Temos um relacionamento conflitante. Eu peço, Ele me dá. Eu peço, Ele não me dá. Ele avalia se eu realmente preciso. Em muitas ocasiões (e não poucas), Ele me deu muito mais do que eu precisava por momento. Noutras, ficou devendo. Mas ele sempre me cuidou bem. E sei que continuará cuidando. E você também Ele cuida. Este sujeito que todos conhecemos, mas nunca o vimos ama todos de maneira incondicional. Eu agradeço Ele muito. Por Tudo! Você já O agradeceu hoje ou algum dia? Pois faça. Sentir-se-á melhor e mais leve.
E por muitas passagens que eu pedi e Ele não me atendeu é que estou nesta nova terra, usufruindo do mundo que me deram e que me permito usufruir diariamente. E por muitas outras ações equivocadas é que vim parar neste mundo novo. E por tudo isso eu agradeço. Mas agradeço acima de qualquer coisa, pela confiança da minha família, pelo amor prestado sempre, dia-a-dia. Mesmo naqueles momentos em que fui injusto e rebelde (raros os casos) e optei por outras pessoas a minha família. Eles sempre estiveram perto, mesmo quando não imaginei mais que fosse possível. Uma mulher pode acabar, ou danificar, a vida de um homem. E vice-versa. Mas comigo é a primeira opção. Enfim, estou de aniversário. Parabéns para mim e obrigado pelas felicitações de todos vocês. Salve!

Ouvindo: For your love do Yardbirds. São 18h25.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Mulheres


Ouvindo: Spirit of Radio do Rush. São 17h31.

O que toda mulher inteligente deve saber? Não sou machista e muito menos feminista. Sou um sujeito que acredita que todos somos iguais. A mulher é igual ao homem. Sim, eu sei que na prática não é bem assim que funciona. Mas suponhamos que seja. Aliás, aqui cabe uma colocação: tem muita mulher que faz questão de ser escrava e submissa. Não me peça o motivo. Sabemos todos que há sim. Outra: deve ser bom estar no mundo como mulher. Pois há, a cada dia que nasce, mais e mais homens virando mulher. Ou tentando. São raros os casos de que mulher quer ser homem. Há homens que, diariamente, vão á clínicas para colocar próteses de silicone. Viu? Depois me digam que vocês não são o máximo! E chega de auto-menosprezo. Vamos todos nos darmos as mãos, unidos e fortes e entrar no mar. Aquela velha imagem de felicidade de filmes. Veio uma cena, um flash, em minha mente neste instante.
Finalizei o livro sobre a mulher inteligente. De cara os autores, Steven Carter e Julia Sokol, soltam que a mulher inteligente sabe que nenhuma mulher nasce inteligente. Já começaram a chamar a mulher de burra iniciante. Mas retrucam dizendo que todas devem saber que é possível mudar e ser inteligente de duas formas: da maneira fácil e da maneira difícil. Mesmo não querendo, sempre buscamos o caminho mais árduo, não? E no fim ressalta que toda mulher inteligente sabe que ser inteligente significa: - manter-se racional; deixar a inteligência controlar as emoções (e não o oposto); confiar mais em seus valores do que em seus hormônios; procurar pessoas otimistas.
E por aí vai... Um livro com um show de passagens interessantes, engraçadas e revoltosas, em alguns momentos. Mas confesso que me diverti apreciando a obra. Está mais para auto-ajuda do que qualquer outra coisa. Mas serve como passa-tempo. Mas percebi que tem muita coisa neste livro real. São depoimentos colhidos de mulheres de vários tipos, espécies, pensamentos e formas físicas. Independente de todos estes aspectos pude notar que muitas (das entrevistadas) eram pessoas muito bem sucedidas profissionalmente, mas se submetiam à homens como "sonho de consumo e prazer". Escolheram casar ou ficar junto. Resultado: algumas delas deram com a cara na parede, perderam a auto-estima, entre outras coisas. E a outra parte delas o mesmo. Sou um sujeito que busca a simplicidade. Posso estar redondamente enganado, mas nunca idealizei uma mulher. Tem de ser assim, assim, pensar nisso, ouvir isso, comer isso e ler isso aqui. Há muito mais do que isso. Não sei, mas não ligo muito com o querer saber tudo o u que a outra pessoa saiba tudo. O que eu quero é ser feliz e aprender com a outra pessoa. Eu quero é ser feliz. Todos ficaremos velhos. Sim, todos teremos as coisas (tudo) caindo daqui alguns anos. E daí? Grande coisa se uma pessoa tem uma gordurinha a mais na lateral, se o homem é fraco (auto-retrato escrito), se tem cabelo crespo, se é pobre ou rico, se tem isso ou não tem. Buscar a perfeição é complicado. Buscamos nas pessoas algo que não temos. Mas tem de ser assim mesmo? Pois imagino que devo buscar nas pessoas aquilo que elas têm de melhor. Mas não para EU apenas. Mas para NÓS. Casal é feito de dois, certo? Então, porque ser egoísta? Pensar apenas no eu, eu, eu e eu. O que precisamos é realmente estar pensando no "eu". Depois de "eu" feliz e bem fica mais fácil e mais gosto buscar o "nós". Eu sempre, ou até pouco tempo, tinha o pensamento de o "NÓS" apenas. Esqueci do "eu". E vim para esta nova terra buscar isso que havia "eu" deixado sugarem. E foram tão egoístas que sugaram tudo. Sobrou um pouquinho de força para conseguir rastejar até esta terra. Resultado: estou encontrando o meu "eu". E estou contente. Por encontrar muitas pessoas que também estão buscando o "eu".


Ouvindo: Born Under a Bad Sign do Cream. São 18h08.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Irmãos


Ouvindo: Cocaine do Nazareth. São 17h08.

Cheguei faz pouco e estou feliz. Meu corpo dói um pouco. Creio ser a dor de garganta que me acomete desde este domingo. Ontem não passei pelo Mendigo, pois estava sem vontade de digitar. Um tanto quanto mal do estômago pela bebedeira da madrugada anterior. Ando aproveitando muito o meu brinquedo novo. E agradeço, mais uma vez, à Silvia.
Nesta segunda ganhei mais presentes. Obrigado Anjinha pelo carinho de sempre. Obrigado a agradecer. Não é porque sou Mendigo que sou mal educado. Obrigado.
Andei pensando seriamente em parar de beber. Estava lendo algumas coisas sobre o assunto e vendo algumas fotos. Resolvi parar de ler. Quando sabemos que algo faz mal isso fará mal certamente. Não estou gordo. Estou barrigudinho. É diferente. E muito deste sujeito novo em mim se deve ao trago. Mas agora começa a voltar o calor e irei fazer minhas caminhadas. Quem sabe durante a tarde que estou de folga. Nas poucas horas da tarde que estou livre, melhor colocando. Vou à casa, troco de roupa e saio correndo pelas redondezas de casa. Mas nada que uns 20 mil abdominais não resolvam.
Aqui vou eu novamente. Não sei onde eu estou indo, mas com certeza eu sei onde estive. Andei pensando que estive aguardando as promessas feitas ontem (tempo relativo). Entretanto, mudei de idéia. Não quero mais perder tempo em passado ausente. Bom mesmo é o passado presente. Aquele que passou, mas segue fazendo algo de bom. Embora eu continue procurando por uma resposta, parece que nunca encontro o que procuro. Senhor! Eu orei para que o Senhor me desse força pra continuar. E, em muitas ocasiões, o Senhor me atendeu. Eu pedi, com vontade e fé, e fui atendido. Fico me perguntando se tudo neste mundo é o dinheiro? Outro dia destaco este assunto. E aqui vou eu sozinho. Descendo todo dia a única rua que eu conheço. Mas desço e subo contente. Prefiro subir a descer. Parece que cansa menos subir. Como um nômade eu nasci pra andar sozinho. Andar só, nas ruas dos sonhos.
Agora voltarei a subir em minha velha nuvem e observar, lá de cima, as pessoas da quais eu quero bem. Caso precisem de mim, apenas abram a janela que entrarei para auxiliar.

Ouvindo: Blood Brothers do Iron Maiden. São 17h27.

sábado, 11 de agosto de 2007

Opções


Ouvindo: Lenha do Zeca Baleiro. São 22h54.

Pois é, hoje alterei um pouco o repertório. Não sei o motivo, mas está rodando. Calma, não quer dizer que ando gostando de sons nacionais. Há alguns poucos sons que aceito. Zeca Baleiro tem uma sonoridade agradável aos meus sensíveis ouvidos. Estávamos debatendo, de forma rápida, hoje à tarde sobre música. Frisei que sou um sujeito eclético. Sou eclético desde que seja rock. E estou contente com meu brinquedo novo que não canso de agradecer à Boneca. Obrigado.
Neste sábado quis dormir até bem tarde. Não consegui. Creio que acostumei e levantei da cama às onze. Resolvi tomar banho e fazer almoço. Eu e o Juce almoçamos, tomei outro banho, aparei as arestas da barba e fomos ao Shopping tomar um café com as gurias e o Nandiko. Depois ao mercado. Assisti um acidente de moto. A menina que eu dissera, pouco antes, que tinha um "cofrão" não respeitou a preferencial e foi "atropelada" por um carro. Resultado: fraturas no braço e na perna esquerda. Aqui, nesta nova terra, há muitos acidentes de carro. E na grande maioria, senão na totalidade, envolvendo motocicletas. Os Bombeiros daqui trabalham muito. Muito mais do que são requisitados em Bento ou em outras cidades que tenho conhecimento. Município com menos de 50 mil habitantes com movimento de capital.
Após o mercado, fomos para casa. Hoje fiquei como a "Maria" (carinhosamente chamada uma empregada). Arrumei meu quarto, passei uma vassoura na casa, arrumei algumas coisas e fui fazer pão. Sim, pão. Mas obriguei-me à solicitar auxílio de uma profissional: minha mãe. Liguei para ela apenas para saber a ordem dos ingredientes. Feito isso, fui para a cozinha. Coloquei, literalmente, a mão na massa. E me diverti. Amassei bem, sovei e deixei crescer um pouco. Enquanto isso, coloquei meu pc na cozinha, liguei um som para me acompanhar enquanto o Juce li (ou roncava) no quarto dele. Estava decepando minhas cutículas. Agora farei uma ressalva para minha pessoa. Preciso parar de comer as unhas. Coisa mais feia. Mas eu me agüento. E fiquei cortando as cutículas enquanto o pão subia. Após finalizada esta parte, coloquei na forma, esperei crescer mais um pouco e terminei de limpar a louça. Sou organizado sim. Nem tanto, mas me engano bem. Coloquei o pão no forno e aguardei por uns bons momentos. Não me contive, tive de ligar novamente para minha amada mãe e explanar minha alegria em fazer um pão tão bonito. Parece uma bola de basquete. Bom, meia bola. Cresceu que ficou lindo. Amanhã irei provar dele. Mas, como prometido semanas atrás às gurias, um pão vai para elas aprovarem. Lembrei antes que esqueci do sal. Mas tudo bem, o pão ficou bonito.
Vim trabalhar e alegrei-me mais com uma mensagem em especial no Orkut. Fiquei contente e surpreso. A história de o mundo ser pequeno é verdade. E histórias semelhantes ainda por cima.
Amanhã é Dia dos Pais. O meu está em Bento. Tenho certeza de que está lá. Fiquei um tanto triste antes de vir para esta terra nova, pois não conseguira encontrá-lo para dar um "até logo". Mas nossa vida é determinada também pelas escolhas que fazemos. Ele fez as dele. Eu fiz as minhas. Tanto quanto você fez as suas. De forma forçada ou não, as fez. O resultado deve ter sido bom. Do contrário, não estaria neste momento, aqui. Lendo e pensando sobre meu pão bonito. Mas ficou bonito mesmo o MEU pão. E como bom amigo, irei repartir o primeiro pão cm as minhas grandes companheiras, amigas, cúmplices. Não sei se sou tão bom amigo quanto elas são para comigo. Mas eu me esforço. Enfim, que meu pai segue em Bento, não sei como. Mas depois de tanto tempo consegui criar uma certa "barreira emocional" a respeito disso, deste assunto, em especial.
Mas estou feliz e contente. Não sei se há Pais que aportam por aqui, mas deixo meus cumprimentos alongados de Feliz Dia dos Pais.

PS: Para uma pessoa, em especial do papo da noite, eu gosto do Lula sim. Ele fode com todos, mas quem goza é a Marta.

Ouvindo: Serendip do Evandro Demari. São 23h16.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Emotivos


Ouvindo: Queen of Hearts do Whitesnake. São 17h58.

Nesta porra de mundo quase tudo podemos comprar. Sim, quase tudo. Compramos carros, viagens, lugares, casas, pessoas, prêmios, roupas, sexo, imóveis, presentes, políticos, computadores, árvores, flores, enfim, tudo o que podemos imaginar. Podemos comprar "emprestado" pessoas. Nada que o dinheiro não faça. Mas amizade, sentimentos não é possível. É algo mais valioso e forte do que qualquer outra coisa. Nem consigo escrever muito bem hoje. Estou emocionado ainda. Sim, estou. Hoje passei boa parte da tarde deitado, lacrimejando. Passei boa parte da tarde deitado, olhando para um ponto escuro no teto. Conversamos sobre alguns assuntos. Eu conversava e até sentia respostas do ponto escuro. Recordara da família, do Pink, do Gatão, da Rockred, de alguns amigos, em especial. Recordara de diversas cenas que passei em Bento. Imaginara ver o rosto feliz da Momô, do sorriso sempre tímido da Baba, dos gritos do Mago, da meiguice da Dale, da face contente e atenciosa da mãe fazendo as bolsas artesanais, do Gatão correndo e brincando com qualquer coisa que há por perto, do Pink deitado no lugar da mãe no sofá da sala, do Luli fumando um cigarro e pensando no que iria arrumar em casa, da Lolly correndo atrás do Gatão e linda como sempre. Lembrara da Lela quando foi à Bento final do ano. Daquele rosto de mulher quase realizada. Dos cafés com a Jaque, dos papos com a Larinha em Barbosa, enfim, de muitas cenas. Muitas imagens surgiram em minha mente. E são imagens boas. Não penso mais e nem imagino imagens ruins. Lembro tudo com bons olhos. Porque sei que foram cenas importantes pra mim e me fizeram bem. E ainda me fazem. Creio que bateu pouco de saudades. Fui tomar banho para parar com a cara inchada. Enfim que não resolveu. Fui trocar o relógio despertador da Tê. Troquei. Cheguei na rádio e me deparo com um presente. Dois, aliás. O que eu pretendia comprar eu ganhei. Na verdade ganhei mais do que eu pretendia. Recebi um mp4 da Sil. Antecipando meu aniversário semana que vem. O meu mp3 foi pro beleléu. E estava pensando em comprar um pra mim. Já estava um tanto fragilizado e soltei outras várias lágrimas. Mas de emoção, de alegria. E ganhei um cactus com olhos. Coisa mais linda. Nesta sexta-feira, dia 10, estou um sujeito meigo. Nem sei como agradecer a Sil pelo presente.
Mas o assunto anteriormente citado: não podemos comprar amigos. Eu cheguei nesta nova terra há quase três meses. Dia 17 completarão três meses nesta terra, com este novo povo. Aqui sinto-me um dos "outros", parafraseando Lost. I´m The Other". E agora sou um "outro". Eu me sinto inserido nesta comunidade. E isso eu devo ás pessoas boas que surgiram em meu caminho. Não quero saber por quanto tempo. Apenas quero saber de poder estar com estas pessoas. E conheci pessoas muito boas. Em todos os aspectos. Tenho o privilégio de ter amigos. Sim, amigos. E não apenas conhecidos. Isso conhecemos todos os dias. Mas esta troca, esta mutualidade de sentimentos é fantástica. Nem parei para pensar em pessoas más. Sempre há, mas não é este o ponto. Agradeço por estar entre pessoas boas. E estas pessoas sabem quem são. cada uma delas. Não precisarei nominar.
Apenas quero agradecer pelo presente. Não sei como agradecer. Estou ainda sem ação. Fiquei estático com o presente. Obrigado Silvia. Muito obrigado. Mas muito obrigado mesmo. Não pelo presente em si, mas pela amizade, colo, sorriso, abraço, beijo, carinho, atenção, dedicação, auxílio, enfim, por tudo. Obrigado Deus por atender meu pedido de me colocar numa terra nova com pessoas boas e em uma casa boa de se viver. Eu pedi e fui atendido.

Ouvindo: Here I Go Again do Whitesnake. São 18h35.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Um novo dia


Ouvindo: I´d Lie For You (and that's the truth) do Meat Loaf. São 18h16.

Agora de cabelos cortados, calouro e ainda meio tonto. Comemoração ontem à noite. A Elaine até gelou um espumante. E depois desceu aquela caixa de vinho. Resultado: nada bom hoje. Mas eu, a Elaine e a Sil Boneca nos divertimos. Como sempre. E o Shazan também. Gato safado que me arranhou e notei hoje. Será que sempre atraímos tudo o que queremos ou pensamos? Estive me perguntando sobre isso há pouco. Estava lendo alguns tópicos pela rede mundial sobre atração. Há pessoas que são céticas. E eu sou crente. Acredito em tudo. Acredito na bondade e na maldade das pessoas; no Lula; na minha mãe; na generosidade; no amor; na fé; em Deus; em todas as religiões; nas coincidências; e no maximizar a garantia da coincidência. Estamos vivos e sujeitos à tudo o que o mundo nos proporciona. Violência, catástrofes, acidentes, amor, desilusões, lealdade, corrupção, ingerência, conhecimento, vida.
Todo dia somos tentados a entrar no círculo dos pessimistas, daqueles que apregoam que a situação vai mal, que o Governo está furtando tudo o ganhamos, que a inflação está nos comendo por uma perna, que a crise mundial vai nos levar à fome, assim por diante. Enquanto ficamos criticando Deus e todo mundo, inúmeras outras pessoas continuam enriquecendo. Não esquecendo que, mesmo em épocas de depressão, como durante a segunda guerra mundial, muita gente continuou ganhando mais e mais.
Todos merecemos viver com abundância. Todos, sem exceção. O resto é ilusão. Acredito piamente que não devemos alimentar pensamentos revoltosos, pessimistas e de carestia, porque é isso que atraímos. Não funciona bem como gostaríamos, mas acreditar não custa nada. Quem sabe acreditar nos force a olhar por cima e adiante. Ao longe, ao nada. De onde menos se espera, é dai que nada surge. Por isso, visualizemos algo ali na frente. Um trabalho melhor, um carro novo, a minha moto, o término do curso superior, a tão esperada promoção. Aliás, esta coisa de promoção apenas em filme não? Não criemos imagens negativas sobre nosso estado financeiro ou profissional. Passei por uma recentemente que me fez rever meus passos e meus desejos nesta terra. Ainda estou um tanto "pensativo", mas tranqüilo. Evito pensar em algo ruim. Faço o impossível para manter-me alegre e contente, esperançoso. Dizem que não conseguimos viver apenas de sonhos. Sei que não. Mas isso nos dá força para levantarmos a cada dia e fazer o dia tornar-se melhor do que o anterior.


Ouvindo: Victim of Love do Whitesnake. São 18h33.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Jesus





Ouvindo: Iris do Goo Goo Dolls. São 17h17.


Nem sempre precisamos de esforço para realizar alguma tarefa. Fiz o vestibular para Letras - habilitação em Espanhol mês passado "nas coxas". Antes de ir para a prova havia parado no posto e comprado duas cervejas só para calibrar o pulso. E subi o barranco em direção á escola. Na esquina do local da prova aparece a minha carona que havia se atrasado muito. E cheguei meio tonto e com sono. Dia chuvoso, sem estudar, frio e tonto. Resultado: passei. Não quis saber em qual posição. Importante é ganhar independente como e de que forma. E passei de novo. Eu sou um sujeito com uma estrela que brilha muito. Isso devo também pela torcida que tenho de bons amigos, da minha família e dos meus bichos. A Elaine também passou. A Vaninha vai ser colega também de curso. Parabéns para nós. Mas não sigam meus exemplos. Para garantir, é melhor ir tranqüilo e sereno. Sóbrio.
Ontem começamos a ensaiar a nova peça do grupo "De Malas Prontas". O nosso grupo de teatro. È algo sério. Já temos até empresa registrada com este nome. A bagunça é séria. E amanhã tem uma festa nossa para comemorar as apresentações do 'Casamento Caipira'. Desde ontem estamos ensaiando uma peça bem bonita. Durante o primeiro ensaio eu quase derramei algumas lágrimas. Ando demasiadamente emotivo nos últimos dias. Vontade de ficar recluso alguns dias. Na primeira peça eu era o Padre. Agora fui promovido. Serei Jesus. Sim, farei a voz de Jesus. Estamos nos organizando mais nas peças. Pois queremos evitar problemas com falta de gente nas apresentações. Assim alguns ficam na "reserva". Mas gostei do papel de "filho do Homem". Enfim, o Pai do Céu é mermão. Sim, ELE é meu parceirão. Temos um relacionamento um tanto quanto complicado, mas no fundo nos amamos. Sim, fechamos o "pau", eu levo alguns tapas na orelha, eu grito com Ele, mas depois nos abraçamos e saímos rindo. Mas fico orgulhoso de poder passar uma mensagem para algumas pessoas com esta peça. Bem bonita. É uma peça cômica, mas que podemos olhar com certa preocupação e parar para refletir. Mas outro dia eu conto mais.
Enfim, estou contente com tudo. Passei no vestibular. O teatro está bom. Depois irei cortar meus cabelos. Estou lendo e agora com os pés mais firmes no chão.
Você acredita em coincidências? Naquele momento em que só pode parecer sacanagem. Algo que jamais seria imaginável? Bom, eu acredito. Mas sempre há uma força a mais nestas coisas. Quem sabe provocamos este tipo de acontecimento. É algo do "visualizar" que comentara dias atrás, neste mesmo espaço. Isso é o que acontece quando pessoas em comuns são conhecidas. Mas ter a mesma pantufa aí já é demais. Lembro da cena do pijama. Confesso que nem reparei nas pantufas.
Agora, no fim de tarde, me surge um memento um tanto quanto constrangedor. Mas passou. Algo que era previsto.
E a Josi, vizinha gente fina da minha família - em Bento - me enviou estas fotos do meu Gatão. Obrigado Josi. Mando, por aqui, um beijo para a Ita, Zé, Joice e Josi. Pessoal gente boa. E o meu Gatão, segundo a Josi, está querendo namorar a gata dela. Mas o safado se ferrou, pois a gata está castrada. Coitada. E coitado também. O danado já fez seis filhotes e agora quer mais. Ele tem hormônios aos quilos para soltar. Enfim, a vida animal é linda. E a nossa vida também. Tenham uma linda noite ou dia e fiquem em paz.

Ouvindo: Superman do Five For Fighting. São 17h51.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Bunda


Ouvindo: Black Hole Sun do Soundgarden. São 17h59.

Parece que o mundo vai acabar. Mas que acabe todo mundo sem roupa. Todo mundo metendo a mão em todo mundo. Bom, hoje em dia não é diferente. Todo mundo coloca a mão nas coisas dos outros. O que seria uma mão na bunda? Nada. Nem falta de respeito. Seria mais do que normal. Com o que vivenciamos hoje em dia é um estupro e ninguém fala nada. Nem eu. "Metem no da gente" e ficamos quietos. E pior é que gostamos. Outro dia um sujeito que é um 'hair stylist' (chique não?!) me passou a mão na bunda numa festa e ainda ficou sorrindo esperando resposta. Como estava em uma festa vestido de padre, de furão, com frio e bêbado, fiquei quieto. Nem retruquei a passada. Não que eu tenha gostado, mas evitei confusão. Mas o sujeito é gente boa. Tudo bem que ele "se passa" quando bebe algumas a mais. Mas irei cortar meus cabelos com ele esta semana. Mas deixei avisado: - se passar a mão eu pego a tesoura e encravo ela no teu pescoço. Creio que ele tenha compreendido o recado. Já havia conversado umas coisas e ele se aquietou. Mas o cidadão é gente boa.
Mas retornando ao assunto. No Brasil todo mundo passa a mão na bunda do outro e sai rindo. Quem recebe a passada fica sem ação, aceita e segue o rumo. E passar a mão na bunda quer dizer algo além disso. Quando alguém passa a mão na bunda do outro (seja homem ou mulher) quer externar sua vontade de "eu quero ter você de forma íntima". Ou nas palavras do Iaran comum: "eu quero trepar com você!". Sim, há algo de sexual em uma "passada de mão na bunda". Se uma mulher passar a mão ela quer e se o homem fizer, o mesmo. Não é apenas por passar. Mas a vergonha é tão grande de parar e conversar, ou simplesmente pedir, que a mão é utilizada neste ato. Há quem aceite a mão e há outros que retribuem com um tapa. É a tal da Lei da Ação e Reação. Ou o instinto de defesa. Mas todo mundo gosta que passem a mão na bunda. Ainda mais se for de uma linda mulher. Aquele objeto de desejo sexual profundo íntimo. No momento em que você se depara com um ser lindo e "bem feito geneticamente". O sujeito pensa: "eu quero transar com ela". Há quem pensa: "eu adoraria fazer amor com esta mulher e/ou homem". Ah! Paremos por aqui! Quem é que diz: "vamos fazer amor?". Que expressão desestimulante. Da forma como é feita hoje em dia, a ação sexual é mais algo de trepar do que qualquer outra coisa. E um viva para a putaria: VIVA!
Todos pensam que é feio falar sobre este assunto, com estas palavras. Mas somos todos adultos e com mente aberta. O Brasil sempre teve esta cultura de putaria. Os chamados 'gringos' adoram o Brasil pela praia carioca e pelas mulatas com bundas expostas. Aliás, tem umas bundas feias que colocam na TV que PALAMORDEDIO! Mas eu sigo com minha bunda seca e branca bem contente.
E eu me vou para o teatro animado. Vamos pesquisar e debater sobre futuras peças. Já temos dois assuntos patrocinados: AIDS e Dengue. Eu fiquei no grupo da AIDS. Mas eu preferia a dengue. Adoraria ser o mosquito que pica. Já que o resto não serve para nada, pelo menos a fantasia poderia amenizar a sensação. E em homenagem ao nosso grupo "De malas Prontas", a foto neste post é da turma do barulho. E eu de padre, ao fundo, com a garrafa de vinho que foi "bebida" durante a apresentação do ‘Casamento Caipira”. Furtaram até o padre. Mas tudo bem. Bebi junto. Aliás, e depois desta apresentação é que fui conhecer a loira alta de pijama. Mundo pequeno.

Ouvindo: Substitute do Ramones. São 18h39.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Chopp


Ouvindo: Sunshine do Nazareth. São 18h37.

Hoje a trilha é de uma banda que há tempos eu não escutada e bateu uma saudade da voz rouca do Dan McCafferty. Pesquisem, baixem e ouçam esta banda. Esta segunda-feira foi maravilhosa. Acordei bem feliz, tive uma manhã agitada e a tarde doce como um algodão. Cheirosa como sabonete de criança. E aqui estou eu: contente e alegre. Sinto-me forte. Sinto-me bem. Estive durante o final de semana com pessoas boas e que adoro estar, compartilhar momentos. Sejam momentos breves ou longos. Importante é sentir e saber que estão por perto. Na sexta houve a "vaca atolada" do Edélcio. Estava uma delícia pelo pouco que comi. Tomamos tudo o que tinha na janta da imprensa e mais um pouco. Cheguei em casa não sei que horas. O Juce disse que bati e fiz um barulho danado. Fui dormir e nem sabia que tinha aberto a porta. Quase caí da escadaria de casa. Pois naquele estado nem escadas eram. Era uma escadaria alta pacas. Acordei, fui caminhar e parei para bater o papo sempre bom com as gurias. Fui trabalhar e depois fui no videokê da Estela e do Emídio - que são outras duas pessoas divinas. Mas o que me marcou foram dois cachorros do casal. Coisa mais fofa do mundo. Quando eu puder irei tirar uma foto dos dois pompons e colocar aqui. Amei os cachorros e andei (na hora) em dar um de presente para minha Lollyzinha. Mas os bichos são caros demais: um deles custa dois paus e meio e o oito milão e 800. Muito caro. Mas enfim que são uns amores de lindos. Ficou meio gay esta frase, mas sigamos. E fomos para o videokê. A Sil se soltou e deu show; a Elaine conseguiu uns 100. Eu, sempre tímido, ficara receoso, mas tentei também. E o Emídio com a choppeira que estava bombando. E domingo dormi de novo, acordei de susto, voltei a dormir, fui trabalhar e fui para a festa da rádio. Sexta, sábado e domingo de festa. Mas neste domingo nem bebi. Estava meio cansado e tomei apenas refrigerante.

Eu sigo lendo o livro das mulheres. Eu paro porque sinto-me mal com o feminismo presente da obra literária. Outras eu paro para rir sozinho. Deixa-me terminá-lo e colocarei alguns tópicos para minhas amigas lerem e aprenderem. Ainda ratifico minha posição de que se todas o lerem, sobrará homens no mundo e a população vai diminuir. Sim, homens com homens e mulheres com mulheres. Pois a exigência será tão grande que não haverá homem certo. Nem errado. Serão todos encaixotados e deixados de lado. Bom, na dúvida eu irei para um seminário e tornar-me-ei um padre. Porque a outra opção ainda não. Não sou hipócrita, mas no momento esta é minha colocação no mercado. Opa! Agora me senti um produto.

Saudades do meu Gatão. Saudades do meu povo do RS. Saudades das minhas irmãs, do Pink, das amigas, dos amigos. Nem todos, de alguns apenas. Conheci pessoas boas aqui também. Sempre tive mais amizades com mulher do que com homens. Mas tenho amigos homens de fé. São pessoas que sempre poderei contar. Onde, quando. Sei que nem perguntarão o motivo, mas estenderão a mão. Ou o que for necessário.

E falta vontade para escrever. Mas estou bem contente com tudo que acontece na minha vida hoje em dia.

Ouvindo: Hearts Gown Cold do Nazareth. São 18h53.

sábado, 4 de agosto de 2007

Desistência


Ouvindo: Can´t Go On do David Coverdale. São 22h03.

De algo simples e honesto surgiu a amizade. E desta amizade eu tenho o privilégio de encher o peito e com água na boca dizer que eu conheci duas pessoas especiais: Silvia Palma e Elaine Barcelos. A boneca com jeito simples, reto, sério, honesto e com um coração sem tamanho. De outro lado, uma guria da minha terra que transcende a alegria, companheirismo, dedicação e esforço. Não irei tecer elogios demasiadamente ‘puxa-sacos’. As duas que me acolheram em seus braços e em sua mansão. E que de brinde ganhei o carinho de um gato pobre com pêlo de rico: Shazan. É isso não é, Elaine? Nunca disse que sou a melhor pessoa do mundo e nem pretendo ser. Sou um ser com milhares de defeitos. E me orgulho disso. Aos poucos eu melhoro. Sinto-me hoje um rapaz melhor. Mais velho, é claro, mas melhor. Em todos os sentidos. Ando me descobrindo como nunca antes. Dedicando à algo que era necessário e ainda o é. Esta é uma busca de todos e que dura uma vida inteira. Não fico permanentemente buscando localizar algo. Hoje posso dizer que estou vivendo. Ainda faltam muitos detalhes a serem ajustados. Mas sou leal. Quem sabe fiel. Quem sabe leal. Ou seria Fidel? Sim, este é dos bons. Mesmo velho e rabugento segue sendo o velho ditador. Dizem que não, mas segue sendo sim.
Sou um sujeito afortunado. Chama-me de Iaran, de Neno, de louco, doido, injusto, infiel, desleal, arrogante. Chama-me do que quiser e quando quiser. Saiba que enquanto está pensando em mim, eu estou seguindo meu rumo. Não me queira mal. Apenas me queira bem. Torça para que eu realize meus desejos. Você poderá ser beneficiado também.
Há momentos em que paramos e pensamos em mandar tudo à qualquer lugar. Chutar o balde, em outras palavras. Não uma nem duas vezes eu parei para pensar nisso nestes últimos dias. Nunca me preocupei em começar de novo. Em investir em algo novo e que pode dar certo. Ou o mais certo que pretendo. Ou menos. Mas sou de recomeçar e não desistir. Caso eu pensasse em desistir de encontrar algo, eu teria me tornado um padre ou então um gay. Mas não por enquanto. Sigo minha vida da forma que eu posso. Não sou melhor dos homens nem o pior deles. Sou eu. Prazer, meu nome é Iaran.
Sinto-me impotente em querer auxiliar n´algo, mas não sei como. E conheci pessoas que aqui fazem o que não podem e o que podem para ver outras pessoas melhores. Sinto-me orgulhoso de poder partilhar de alguns momentos com estas pessoas. E estas duas da foto acima são especiais para mim. Quem sabe, gurias, vocês não imaginam ou eu não consigo transmitir isso à vocês, mas... OBRIGADO POR TUDO. Por quanto tempo? Não sei e nem quero saber. Mas eu agradeço por cada segundo que vocês dispuseram para este sujeito aqui e por cada momento de momento de momento de qualquer momento. Entenderam? Sei que não. Mas não precisam entender. Apenas saibam que eu agradeço por vocês terem me aberto o coração de novo e acreditar que há pessoas boas. Se há algo que possamos fazer aos outros que façam a nós posso dizer que: é ótimo. Mas trato isso como um carinho recebido e não retribuído, quem sabe. Mas eu agradeço mesmo assim.

Ouvindo: Human do Pretenders. São 22h16.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Parabéns Sônia


Ouvindo: Slip On The Tongue do Whitesnake. São 12h16.

Sou um sujeito que não pede muito. Contento-me com poucas coisas. Chamam-me de chato para comida apenas porque não sou fã de comer capim. E tem algumas comidas ou temperos que não posso ingerir, pois são fortes e me detonam a boca e a língua. Bebidas destiladas evito ao máximo. Mas um vinho e uma cerveja caem sempre bem. São bebidas sempre bem-vindas. E um café também cai bem. Mas bom mesmo é poder conversar com alguém e degustar da companhia, sorvendo bons goles de um papo gostoso, agradável. Deliciar-me com grandes pitadas de sorrisos. Absorver a gordura saturada do diálogo. Coisa mais gostosa. Somos extremamente dependentes de pessoas. Sejam quais forem. De forma direta eu dependo do Sabin, do Einstein, do Lula, do Dumont, Edison, Grahan Bell, Gates, Ford, entre outros tantos. Dependemos deles até hoje. Graças a eles é que possuímos os mais variados objetos, usufruímos de invenções, de medicamentos. E somos dependentes de amigos, companheiros, colegas de trabalho e tudo mais. Dependemos do diretor da empresa, do cliente, do consumidor final. E eu dependo da amizade de vocês. Seja como for nossa amizade. Nossa troca mútua de carinho, conversa, papo ou mesmo um café. Pense nas pessoas como "indispensáveis" para a vida. Não menospreze a amizade, muito menos as pessoas.
Hoje minha amada mãe faz aniversário. Passou dos 50 anos. Exatamente 55. E hoje a mãe da minha mãe que é minha avó e bisavó da Lolly, que é avó também dos primos e mãe das tias faz aniversário. Mãe e filha comemorando aniversário no mesmo dia. E o melhor disso é que elas estão juntas hoje. Quero ligar para as véias, mas não tenho o número e não consigo localizar minhas irmãs para uma delas, pelo menos, me auxilie nisso. Creio que seja a segunda vez que não consigo dar um beijo pessoalmente na minha mãe, que é filha da Oma, avó da Lolly e irmã das minhas tias. Mãe, mas mesmo longe saiba que eu te amo e desejo tudo de bom. Desejo saúde, pois o resto corremos atrás. Ou na frente. Nem que tenhamos de cavar túneis para localizar algo de bom, mas encontrarei. Pela senhora e pelas meninas e meninos de casa. E por mim também. Um amigo meu (que se tornou muito amigo) disse que tenho de parar de pensar em como estão as gurias e pensar em mim. Olhar para minha bunda. Porque as meninas estão bem. Parabéns mãe. Queria escrever linhas de algo bom para a senhora, para vocês duas nesta data. Mas este blog é mantido diariamente para a senhora. Eu me divirto escrevendo, definhando nestas linhas do Mendigo Rock Virtual. Sei que a senhora está sempre presente. Mas saiba que mesmo desenhando em poucas linhas, saiba que eu a mo incondicionalmente. Parabéns mãe e feliz aniversário. Calma que logo eu consigo aquilo que falei para a senhora antes de vir neste mundo, nesta nova terra. E terra que me recebeu bem e que logo terei o orgulho de apresentar à senhora. Beijo grande deste filho, amigo e pessoa que ama muito a senhora. Parabéns, dona Sônia.
E ouço Elvis, pois sei que a senhora ama The King.

Ouvindo: Can´t Help Falling In Love do Elvis Presley. São 12h32.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O Vinho


Ouvindo: Dream On do Ronnie James Dio & Yngwie Malmsteen. São 17h29.

Aquele vinho de ontem estava forte demais. Mas creio que o que me deixou mal nesta quinta-feira foi tomar refrigerante para amenizar os efeitos posteriores. Enganei-me. Deveria ter sorvido mais alguns goles da bebida do Bacco. Enfim, a noite foi patrocinada pela Silvinha. E a reunião estava ótima. E hoje choveu. Saíra de casa olhando para o “teto”. E vi uma escuridão que se formava. E choveu. Tudo bem. Estou animado mesmo assim. Ainda com dor de cabeça, dor no corpo, mas vivo e contente.
Fiquei feliz que mãe chegou bem na Oma e está contente. Exceto fico preocupado com a saúde da Lolly que ta meio falha. Mas a baixinha ficará boa em breve.
Mas excetuando estes percalços de caminho, de resto tudo bem legal. E que de nada são graves. Amanhã vamos comer a famosa (menos para mim) “Vaca Atolada”. Não sei que espécie de comida é essa, mas vai ser bacana – como sempre são as jantas da imprensa daqui. Desde que tenha bebida, a comida é a de menos. A turma com fome não nega qualquer que fosse o cardápio. E amanhã, dia 3, é dia de aniversário de minha amada mãe, a dona Sônia. Fará uma pilha de anos. É, mãe, está ficando velha. Mas está melhor do que antes. Mas dela eu tenho orgulho pela força e tudo mais. Qualquer dia irei comentar sobre a luta que ela enfrentou sozinha e venceu. E venceu bem.
Nem tudo no mundo é sexo. Algo bom e muito bacana é apenas estar ao lado, poder dormir e acordar junto. Acordar no meio da noite, sentir a pele quente ao lado e dar um beijo no ombro. Sentir um rosto no peito. Opa! Estou carente! Que bom. Hoje serei breve porque ainda sofro dos malefícios do excesso de álcool. Mas até amanhã estarei novo e pronto para mais uma. E parabéns pra Silvinha.

Ouvindo: See Me Feel Me/Listening To You do The Who. São 18h18.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Oma



Ouvindo: Angel do Aerosmith. São 18h11.

Desde ontem sinto-me bem melhor. Fui à um local que me fez bem em Bento e consegui localizar um aqui perto. É numa cidade vizinha de onde moro, mas é super bom. Sabe aquele tipo de lugar que entra-se de um forma e sai de outra? Pois é assim mesmo. Aconteceu comigo mais uma vez. Hoje estou cerca de 20 quilos mais leve e mais contente. E tive mais uma quarta-feira bem linda. Bem gostosa. Literalmente gostosa. Os meus problemas de sono desapareceram. Enfim, nem cheguei a comentar mas estava com dois sujeitos de outra cidade na pensão e que roncavam por meio pelotão do exército. E quem pensa que eu conseguia dormir? Uma semana praticamente assim, sem dormir bem. Mas hoje irei deitar, olhar o quarto inteiro e aproveitar dos meus momentos comigo mesmo. Eu, a dupla de travesseiros, um edredom que a Tê que colocou em cima e meu par de meias. Até porque o frio está danado nesta terra nova. E terra boa. Andei pensando em sumir, sair, começar de novo. Mas parei e pensei ontem à noite: aqui eu gostei e aqui eu quero ficar. Semana que vem será divulgado o resultado do Vestibular. Estou confiante, mas nada de cobrança para comigo. Fiz e vamos esperar o resultado. Não digo que fiz nas coxas. Aliás, deixando de mentir: fiz nas coxas sim.
Depois d´eu sentar e ligar esta moto, uma Kawasaki Vulcan 750cc eu não quero pensar em outra motocicleta. Quem me conhece sabe que me apaixonei pelo meio de locomoção e divertimento de tal forma que até eu me surpreendi. Não troco moto por carro. Saudades da minha Rockred que ficou em Bento. É uma moto linda, confortável como um BMW e portentosa. Conseguirei ir à Bento visitar o pessoal de motão e tranqüilo. Desejo para bem breve. Sempre precisamos levar "um tapa na orelha" para acordarmos" e deixar de acomodação. Comigo não é diferente. Mas cá entre nós: precisa ser tão freqüente? Mas eu sigo com meus sonhos e desejos. Sejam eles de quais formas. Não me interessa como sejam realizados. O que importa e o que me interessa é que eles aconteçam . Não preciso saber como a luz chega no bucal da lâmpada do teto lá de casa. Quero que ela acenda e pronto. Não me interessa em saber qual a quantidade de produtos químicos colocam na água para ela ficar tratada e potável. Quero que ela esteja na torneira e pronto. Nem a cama como é feita, o travesseiro, o colchão. Não precisamos saber de tudo. O que realmente queremos é que funcione e ponto final. E assim sigo em minhas buscas: internas ou externas; espaciais ou terrestres. Aliás, todos nós buscamos algo. Você já encontrou o que procura? Algumas coisas sim outras não. Já me deparei com tanta coisa que procurei e me assustei quando "me apresentaram". Algumas nem queria encontrar, mas surgiram. Muitas boas outras más. Mas tudo aprendi.
Hoje mami vai visitar a Oma, em Ibirama-SC. Saudades da minha avó. A única que sobrou. O restante dos avós já foram pro pau. Mas é a vida. Para morrer basta estarmos vivos. Mas quando puder irei ver a minha saudosa Oma. Saudades daquela senhora de oitenta e poucos anos, franzina e forte como um elefante bem gordo. Mas ela é magrinha e faz um pão e uma cuca que apenas ela consegue. Sinto saudades da Oma depois de praticamente 15 anos sem nos vermos. Quem sabe mais ou menos. Mãe, vai e aproveita. Curte a véia da senhora porque da minha véia eu sinto saudades. E sexta as duas fazem aniversário. Mãe e filha fazem aniversário dia 3. E dia 16 é o meu. Mãe e Oma: parabéns antecipado.

Ouvindo: Stairway To Heaven do Led Zeppelin. São 18h33.