quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Momento


Ouvindo: Here I Go Again do Whitesnake. São 17h53.

Se há uma música no mundo que me remete os pensamentos e sensações ao mundo erótico e sexual é "Here I Go Again" do Whitesnake. Não sei o motivo, mas ouvir o David Coverdale cantando esta música, em especial, me fornece subsídios de estímulos corpóreos de uma forma exacerbada. Compliquei? Resumindo: ouvir esta música excita. Sim, afloram as sensações que o corpo possui internamente. Deixa-me excitado de tal forma que as idéias surgem, a criatividade pula do zero para o dez, os neurônios tiram uma folga do trabalho, os glóbulos brancos começam a brigar com os vermelhos, as veias saltam, o coração dispara. Adoro escrever sob a sonoridade sexual e excitante desta canção. Não pela letra da música em si, mas pela melodia. A letra fala de outro assunto. Explana sobre novos rumos, novos caminhos. Uma espécie de prece para localizar um caminho. Quem sabe seja esta a minha canção.
Você já esteve perto de uma pessoa, ou já teve uma pessoa, e sentiu extrema atração sexual? Mas não simplesmente algo que faz e acaba. Algo de que apenas olhar deixa com tesão? Eu escrevi anteriormente que esta música me excita e estou neste momento. Não se trata apenas de uma excitação momentânea. Mas trata-se de algo que é quase permanente enquanto a outra pessoa está perto. Parece que seria uma espécie de Yng-Yang. Algo que encaixa perfeitamente. E não é de uma única pessoa. Algo que é recíproco. Chegar ao ponto de apenas tocar e sentir algo de estranho, confuso, gostoso, dolorido, alegre, contente, penetrante, excitante. Poder simplesmente tocar a pessoa e sentir as pontas dos dedos ferverem. D´as veias saltarem ao sentir a pele alheia. Ao ponto de arrepiar os pêlos da nuca, do braço, das pernas, do corpo. Não apenas excitação de ver a pessoa com quem se está. Algo alheio a vontade. Algo onde não necessitam palavras, não precisam explicações. O olhar remete ao mais íntimo do sentimento.
São sensações que não há explicação. É uma relação de cumplicidade, amor, ódio, prazer e amizade que não existe em qualquer lugar, com qualquer pessoa, em qualquer relacionamento. Quem sabe seja algo que temos uma vez na vida. Duas, três ou quarto. Não poderíamos ter isso em qualquer lugar, em qualquer ocasião e com qualquer pessoa. Tem de ser único. Algo que faz, metaforicamente escrevendo, pegar fogo o lugar. É uma relação que se criou de uma forma nova, complexa. Que passou por mentiras e enganações, mas que mesmo assim, apimentou-se durante o tempo que durou. A vontade de ter um ao outro durante a semana culminava com manhãs, tardes, noites e madrugadas de extremo prazer. Algo que não parava. A excitação permanecia durante horas. Nem um estimulante externo era necessário. A paixão rodava de tal forma que era esquecido o tempo, lugar, sol ou chuva, frio ou calor. Não havia interrupções. Não havia ninguém mais: apenas os dois corações batendo e os corpos se desejando.
Ter o carinho de tocar suavemente a pele alheia, com leves dedos. Com suaves passadas de vento pelas costas macias. Esfregar o rosto contra uma pele cheirosa, macia. Segurar as mãos que queriam agarrar, apertar, enquanto se deslizava a língua pelo pescoço. Apreciar o rosto com expressões fortes, mas sensíveis. Aquela "cara de louca". Aquela vontade de esquecer do início e pular em cima. Arrancar as roupas de forma grosseira e sem preocupações. De mandar parar com a língua e possuir aquele corpo que está totalmente arrepiado e excitado. Sentir o corpo molhado, suando, querendo e desejando. Despir-se de forma lenta e simultânea. De sentir o mamilo enrijecido, as pernas tremendo. A vontade de sentir-se dentro. Dentro de um universo fechado, de um mundo em que existiam apenas duas pessoas. Das sensações exacerbadas. Dos toques fortes e desejosos de cada vez mais e mais forte. De esquecer do resto. De esquecer do que havia após. De sentir as mãos escorregando pelo corpo suado, sedento por mais. Dos cabelos macios e sedosos deslizando pelo peito. Da língua quente descendo pelo peito. Das mãos apertando as pernas. Sentindo a língua escorrer sobre as coxas. Sentir o rosto macio querendo algo mais, provocando. Das pernas quase trêmulas solicitando um basta na ação para poder agarrar com força e intensidade. E seguir... seguir... seguir... tocando e sentindo.

Ouvindo: Give Me All Your Love do Whitesnake. São 18h24.

Um comentário:

Cor de Rosa e Carvão disse...

U-la-lá mon cher. Afaste de mim está música, sil tu plaît. Hahaha. Un bisou