sexta-feira, 9 de março de 2012

O gato e eu



Ouvindo: Great Expectations do Kiss.

Como é bom chegar em casa e ir ver o quartinho da minha filha. Aliás, primeiramente ser recepcionado com um belo miado, dengoso e pedinte, e depois ver o quão belo está o espaço. Ainda falta uma coisinha que outra, mas o “grosso” está feito. Bem pintadinho, com os móveis instalados, o bercinho da cor do quarto, da mesma forma o roupeirinho e a comodazinha. Tudo ‘inho’ e ‘inha’ e quase igual.

Caso dependesse apenas da minha pessoa, não teria nada. Mulher é melhor nisso. Aliás, em quase tudo. Mais despachada com tudo. Deve ser o sentimento de mãe. Acredito que o homem já deixaria tudo pra última hora. Como naquele caso da torneira pingando. Vai e coloca um remendo provisório (e que deve durar a vida inteira) e depois vê como fica.


Até porque não podemos perder compromissos importantes como a novela das oito ou o filme do Chuck Norris. Nunca que um sujeito em sã consciência perderia um evento desta natureza. A torneira que espere! E com os apetrechos do bebê da mesma forma. Comento isso por mim e não generalizo. Não que eu seja um sujeito ruim e despreocupado com tudo, mas uma fralda é mais importante do que a roupa.

Graças ao meu bom Papai do Céu que tenho um ser único ao meu lado. Apenas sirvo de apoio e atrapalho quando posso. Aliás, o gato e eu. Enquanto a mãe arruma, os dois atrapalham. Tento me imaginar quando ela nascer. E falta pouco! No trabalho me pediram o que eu quero de presente de amigo-secreto. Sugestões. Coloquei fralda e discriminei tamanho e marca. Assim não erram.

No ano passado criei certa experiência com isso tudo.  Amamentação, modelo de fralda, o que não dar de comer, como fazer papinha, os horários para dormir, os ruídos, as visitas, se está frio ou calor pro bebê, coisas assim. Fiz um inesquecível (e com saudades imensas da minha sobrinha) curso intensivo. E sabe, sinto saudades gigantescas disso tudo.

Outra coisa, chega fim do ano e a nostalgia parece que aumenta. Chega a doer o peito. Sinto tantas saudades dos meus amores, as minhas sobrinhas. Caso já seja meio dengoso com elas, tento me imaginar com a minha filha. Família é tudo. Não que devamos estar sempre juntos, grudados, perto. Até porque isso parece que afasta um pouco. Quando há o reencontro, vem a emoção.
E é desta emoção que estou sentido falta. Sentir o cheirinho de minhas manas, meus cunhados, das minhas sobrinhas, da minha veia, do gato preto (e Negão), do meu pai. Tenho de ir tirar um tempo e ir visitá-lo no cemitério. Triste, mas é verdade e ponto. De qualquer forma, já sinto saudades de um ser que ainda nem chegou. Quero ver o rostinho dela e sentir o cheirinho bom (e não apenas em foto de ultrassom).

Estivemos em um estúdio para tirar as fotos ontem. As roupas forma escolhidas com cautela. Apenas tive de me endireitar e ficar bonito para mostrar pra ela quando começar a compreender tudo melhor, ficar maior. E fui com as camisetas que peguei especialmente para isso, de uma banda que ela ouvirá comigo. Uma pra mim e outra pra ela, pequena, mas não tanto quanto eu gostaria. Já estou ansioso pela chegada do Natal, do Ano Novo, da vida nova...

Ouvindo: A Hard Rain's a-Gonna Fall do Bob Dylan.


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