segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A internet

* * Coluna publicada no Diário do Meio Oeste no dia 10 de junho de 2012. * *



Ouvindo: Miles Away do Winger.

A internet é uma maravilha. Deve figurando no “Top Five” das melhores invenções do mundo. Tem o Rock - para alegrar o mundo, o refrigerador – para gelar a cerveja, o banheiro – para a higiene e descarregar a cerveja, o computador - para suportar a internet, e os filhos – para ensinar a ouvir Rock. Bom, depois vem o resto. Deixando a seriedade séria disso tudo, cabe avaliar os males da rede mundial.

A curiosidade matou o gato, diz um ditado popular. A rede mundial de informação já diz tudo: um mundo de informação. Isso é sinônimo de muita coisa. Mas muita coisa mesmo: boas, outras nem tanto, ruins e péssimas.  A dor de cabeça do passado não era tão grande e intensa quanto o é agora. Por uma mísera informação o mundo vira de cabeça para baixo.

E, além disso, faz tudo virar uma correria. Imaginemos: a noticia de um tsunami no litoral no leste já origina uma mobilização maciça de autoridades e vendedores de alimentos no oeste. Uns fugindo; outros corajosos indo no sentido contrário da multidão com uma prancha de surf. Pior ainda é ir buscar tirar dúvida sobre um assunto que não se tem a mínima informação: o tsunami é quase o mesmo.



Relevar o que se lê na internet é o mínimo que se pode fazer. Nem tudo é verdade. Tem milhares de sítios com fofocas e mentiras. Mas o mais inteligente é analisar, tal qual uma simples pesquisa de escola, e verificar se tudo aquilo que ali consta é verdade e tem algum cunho sério. Dias atrás li que o Elvis estava vivo. Fiquei super feliz, pois realizaria meu sonho de muitos anos.  Frustrei: era mentira!


Não podemos criar um filho apenas com o que se lê na internet e já pensar que é o fim do mundo. Filhos não surgem pela impressora ou são feitos pelo envio de e-mails. Da mesma forma não são apenas relatos de uns que devem ser os mesmos para outros. Tenho cadastro de sites de pais e filhos e sempre mantêm “atualizações atualizadas”. Mas o melhor é saber o que a mãe do fulano passou. Azar a avaliação médica.

Monitorar, ao mínimo que seja, o que se ler é um bom caminho para ao passar por bobo em meio a conversa. Ouvi, certa vez de um médico, que a gestante já sabia tudo sobre o parto, pois lera na internet e em revistas de final de semana. Ele perguntou então se ele era realmente necessário naquele momento. Caso fosse tudo tão explicado, o médico nem precisaria sair de casa, em uma manhã fria. Ficaria em casa.

Melhor é analisar o que se obtém de informação. Tal qual uma faca, pode-se segurar no cabo ou no fio. Melhor verificar direito e cuidar com o que se absorve. De qualquer forma, adoro a internet. Com mentiras ou sem mentiras, é um mundo que ali está. Ninguém mais, com mais de cinco anos, consegue viver sem a internet. “Deuzolivre” cair a conexão no meio de um download.

Ouvindo: A Whiter Shade of Pale do Procol Harum.


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