Ouvindo: Miles Away do Winger.
A
internet é uma maravilha. Deve figurando no “Top Five” das melhores invenções
do mundo. Tem o Rock - para alegrar o mundo, o refrigerador – para gelar a
cerveja, o banheiro – para a higiene e descarregar a cerveja, o computador - para
suportar a internet, e os filhos – para ensinar a ouvir Rock. Bom, depois vem o
resto. Deixando a seriedade séria disso tudo, cabe avaliar os males da rede
mundial.
A
curiosidade matou o gato, diz um ditado popular. A rede mundial de informação
já diz tudo: um mundo de informação. Isso é sinônimo de muita coisa. Mas muita
coisa mesmo: boas, outras nem tanto, ruins e péssimas. A dor de cabeça do passado não era tão grande
e intensa quanto o é agora. Por uma mísera informação o mundo vira de cabeça
para baixo.
E,
além disso, faz tudo virar uma correria. Imaginemos: a noticia de um tsunami no
litoral no leste já origina uma mobilização maciça de autoridades e vendedores
de alimentos no oeste. Uns fugindo; outros corajosos indo no sentido contrário
da multidão com uma prancha de surf. Pior ainda é ir buscar tirar dúvida sobre
um assunto que não se tem a mínima informação: o tsunami é quase o mesmo.
Relevar
o que se lê na internet é o mínimo que se pode fazer. Nem tudo é verdade. Tem
milhares de sítios com fofocas e mentiras. Mas o mais inteligente é analisar,
tal qual uma simples pesquisa de escola, e verificar se tudo aquilo que ali
consta é verdade e tem algum cunho sério. Dias atrás li que o Elvis estava
vivo. Fiquei super feliz, pois realizaria meu sonho de muitos anos. Frustrei: era mentira!
Não
podemos criar um filho apenas com o que se lê na internet e já pensar que é o
fim do mundo. Filhos não surgem pela impressora ou são feitos pelo envio de
e-mails. Da mesma forma não são apenas relatos de uns que devem ser os mesmos
para outros. Tenho cadastro de sites de pais e filhos e sempre mantêm
“atualizações atualizadas”. Mas o melhor é saber o que a mãe do fulano passou.
Azar a avaliação médica.
Monitorar,
ao mínimo que seja, o que se ler é um bom caminho para ao passar por bobo em
meio a conversa. Ouvi, certa vez de um médico, que a gestante já sabia tudo
sobre o parto, pois lera na internet e em revistas de final de semana. Ele
perguntou então se ele era realmente necessário naquele momento. Caso fosse
tudo tão explicado, o médico nem precisaria sair de casa, em uma manhã fria.
Ficaria em casa.
Melhor
é analisar o que se obtém de informação. Tal qual uma faca, pode-se segurar no
cabo ou no fio. Melhor verificar direito e cuidar com o que se absorve. De
qualquer forma, adoro a internet. Com mentiras ou sem mentiras, é um mundo que
ali está. Ninguém mais, com mais de cinco anos, consegue viver sem a internet.
“Deuzolivre” cair a conexão no meio de um download.
Ouvindo: A Whiter Shade of Pale do Procol Harum.
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