Ouvindo: Dead Men Make No Shadow do Super Sonic Brewer.
Já
parou para refletir sobre quais as escolhas que seus pais lhe oportunizaram
quando criança? A grande maioria deve o ter batizado na Igreja Católica,
seguindo a tradição do povo brasileiro, ainda em sua maior parte de cristãos
católicos. É percebido um aumento crescente de cristãos evangélicos, para
alguns, os protestantes. Pode soar pejorativo, mas não o é. Todos são cristãos,
por mais que alguns imaginem que os cristãos são apenas os católicos. Todos
unidos pela fé no Cristo, então cristãos.
Dada
explicação recai sobre o que posso proporcionar de escolhas para minha filha.
Das opções, chegará o momento de ela ter de escolher algum caminho. Sou um
sujeito crente, pois acredito em muita coisa. Crente no sentido de acreditar,
crer, mas também de ser o crente evangélico. Sou um crente moderninho, que
bebe, fala bobagem, ri, resmunga quando se machuca, está bravo. Sou um pecador.
E dos bons! Desde pequeno ando pecando.
Peco em muitas ações e atitudes.
E
pode pensar que é mea-culpa, mas você também deve ser um pecador. E dos
bons! Paremos para relembrar quais foram
os pecados que cometemos: mentimos, brigamos, ousamos entoar o nome do Senhor
em vão, comemos demais e passamos mal, bebemos muito e passamos mal, invejamos
o ser alheio e mentimos de novo afirmando que não o fazemos. Todos somos
pecadores. Entretanto, quem é autoridade neste assunto e dizer que não cometeu
alguM ( NS muitos!) deslizes?
Quem
é que tem autoridade (legal) sobre todos os demais seres humanos para afirmar
que este ou aquele pode ter um terreninho no céu? Mas ninguém viu este céu
ainda, ou os lotes que estão nos esperando. Quem sabe o piloto de avião teria
este privilégio, mas nunca ouvi (tampouco vi) um deles informando sobre os
lotes. Quem sabe o astronauta, que sobe ainda mais; também não. O sujeito que
vende estes lotes só pode ser um especulador sem escrúpulos do mercado
imobiliário celestial.
Pois
foi esta a opção que me deram quando pequeno. De acreditar em um céu bonito,
mas que, com o passar dos anos, conheci o especulador celestial (aquele lembra,
que vende os terreninhos?!) e me fez repensar. Será que o bilionário terá um
terrenão? Daqueles donos de terras que ao olhar se perde pela vista como o mar?
De todos os bilhões de seres humanos que vieram e se foram p´ro outro lado, há
terrenos para todos? Será que custa muito caro? “- Não meu filho, 10% do seu
soldo e tudo certo”, diria.
Adoro
religião. Quanto mais, melhor. Frequento a católica, frequentei muito a
evangélica, vagueei pelo espiritismo, estudei sobre satanismo um bocado,
assisti massacres em razão do protestantismo e cristianismo, li histórias que
só poderiam estar em livros de ficção, mas que, infelizmente, ocorreram em
função desta opção que nos proporcionam (ou não!) quando crianças. Muitos, ao
passar dos anos, ruma para outros mares, outros nichos religiosos. Muda, mas
segue pecando.
Apenas
penso em proporcionar à minha filha algumas opções (mas ainda em duvida e
indeciso): será que batizo-a em todas as igrejas que existem no município, ou
deixo passar em branco e participo quando ela decidir o que seguir? Não é uma
decisão unilateral, mas sei que tenho apoio. Apenas quero aprender a tocar
guitarra, para poder incentivá-la a ouvir a música, quem sabe o nosso Rock, e
ajudá-la a aprender a deixar a sua vida uma melodia mais tranquila e prazerosa.
Contudo, ela decidirá sobre isso.
Ouvindo: No Me Dejan Salir
(Estoy Verde) do Charly García.
Nenhum comentário:
Postar um comentário