terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Front man


Ouvindo: Burn do Deep Purple. São 17h39.

Qual o meu nome? Qual o meu nome? Onde estou? Ando me questionando sobre isso ultimamente. Ando com a cabeça tão inchada que nem sei mais quem eu sou. Um Deep Purple para reanimar este corpo velho, cansado e sonolento. Dormi mal. Aliás, creio que nem tenha dormido nesta noite/madrugada. Esta minha ânsia tem me deixado cansado, com a mente sempre fervilhando de idéia, planos, sonhos, desejos. Desejos estes dos mais variados. Alguns deles sórdidos, gostosos, gananciosos, materiais, sentimentais, filosóficos, educacionais, irreais. Importante é desejar. Realizar já um outro departamento. Confesso que ando extremamente cansaço. A cabeça está cansada. Não é uma reclamação. Apenas uma constatação que tento enganar diariamente, mas está ficando complicado. Não tenho nada de anormal com o que me preocupar. Estou trabalhando, estou saudável, não me falta comida (mas também não sobra), tenho uma família que eu amo muito, um gato, um cachorro, dentre outros detalhes. Sou agradecido por nada me faltar. Mas sinto que falta algo dentro de mim. Algo de “um pouco mais”.
Estava perambulando pela internet e descobri que o David Coverdale era vendedor de roupas em uma pequena loja. Com 21 anos foi fazer teste no Deep Purple, com a saída do Gillan. Ele (na época) era gordinho e tinha o rosto repleto de espinhas. Coverdale foi para casa depois de seis horas de muita música e o resto do grupo foi beber num bar de Londres: decidiu arrebanhar o gordinho espinhento para o front do Purple. O empresário do grupo atolou o garoto de remédios para emagrecer. E assim ele o fez. O restante muitos já sabem: direcionou o grupo à um hard rock puxado para o heavy que faz parte do estilo adotado desde então. Uma história bem curiosa sobre o futuro do grupo período pós-Coverdale. Mas estou sem paciência para divagar sobre tal assunto hoje. Quem sabe algum dia coloco um pouco do que possuo dentro da minha cabeça num trabalho melhor elaborado. Um livro sobre tópicos e histórias do rock.
O Mendigo é um sujeito pobre, um local humilde para versar sobre qualquer assunto que venha na mente. Depende muito do meu humor.
Meu humor está totalmente relapso. Ando um tanto desconectado do mundo. Meu espírito apenas está sobrevoando meu corpo e olhando para baixo. Tento pegá-lo, mas o filho da mãe foge. Mas sinto que ele está por perto.
Natal está chegando. Ano Novo está chegando. 2008 está chegando. E agora?

Ouvindo: Son of Aleric do Deep Purple. São 18h32.

5 comentários:

Cor de Rosa e Carvão disse...

E agora José? Pois é, eu também não quero nem pensar. Só quero entrar naquele ônibus amanhã e ir ao encontro da felicidade e do bom humor. De resto, só queria um empresário desses para mim, assim quem sabe emagreceria de novo os seis quilos que adquiri nos últimos 45 dias. Bjo. Eu te amo!

Cor de Rosa e Carvão disse...

Ah! Adorei a visita matutina...

Anônimo disse...

Quem é vc??
Como é seu nome??
Isso lembrou- me um trecho de um texto q gosto: “A sombra e o viajante”.
“A sombra- Faz tanto tempo q não te ouço falar; assim gostaria de te dar oportunidade.
O viajante- Pois, é de falar onde? Parece-me que raramente ouço falar a mim mesmo.
A sombra- Não ficas satisfeito por ter uma oportunidade de falar?
O viajante- Por Deus e por todas as coisas em q não creio, minha sombra fala; mas não acredito.
A sombra- Vamos admitir q seja isso mesmo e não pensamos mais nisso! Em uma hora estará terminado!
O viajante- É justamente o q eu pensava.
A sombra- É bom se nós dois formos igualmente pacientes conosco mesmos, uma vez q nossa razão se cala: desse modo não teremos palavras amargas na conversa. Se não soubermos responder de imediato, já é muito q se diga alguma coisa: é a condição mínima q ponho para dialogar com alguém. Numa conversa um pouco longa até o mais sábio se torna uma vez louco.
O viajante- Tua ausência de vaidade não é lisonjear a quem confessas?
A sombra- Devo, pois elogiar?
O viajante- Eu pensava q a sombra do homem era sua vaidade.
A sombra_ A vaidade do homem se ela deve falar, ela fala sempre.
O viajante- Observo primeiramente como sou indelicado para contigo, minha querida.
A sombra: Ainda não te disse o quanto me alegro em te ouvir e não somente em te ver. Certamente saberá que amo a sombra como amo a luz. Para que haja beleza no rosto, suavidade, bondade a sombra é tão necessária quanto a luz, elas tomam amigavelmente a mão uma da outra e quando a luz desaparece, a sombra foge atrás dela.
A sombra – Mas as sombras são mais acanhadas que os homens; não irás compartilhar com ninguém a maneira pela qual conversamos juntos.
O viajante- Não te enganas talvez, amiga? Falamos mais da sombra do q de mim mesmo.
A sombra- Mais da sombra do que da luz? Será possível? “


E assim somos. Viajante e sombra. Somos amigos de nossa própria solidão representada pela sombra. Falamos sozinhos, passamos horas pensando sobre sua vida, vamos a festas, almoços com os amigos, conhecemos pessoas extraordinárias, fazemos amigos pra toda a vida. E isso nos torna viajantes felizes em nossas andanças. Porque mesmo sozinhos, onde quer q vamos encontramos amigos com quem damos boas risadas e trocamos confidências. Falamos da saudade da família, dos gatos, dos cachorros, de nossas tristezas, alegrias, angústias, amores, desamores, mas bem lá no fundo somos felizes. Quando perto da família teremos muitos casos para contar. E é inevitável preocuparmo- nos com nossa mãe q está angustiada com nossas viagens, pois essa foi a vida q escolhemos. Pois é...2008 está chegando e lá vamos nós, viajantes conversando com nossas sombras e lhes explicando "temos que continuar, pq somos o sustento de nossa vida. Mais algumas viagens e nos aposentamos sombra, aí te deixamos em paz".
Mal sabemos que quem nasceu para viajante, jamais aposenta sua sombra.

As perguntas: “Quem sou eu?, Qual o meu nome? O q faço aqui? “, são feitas pela nossa sombra, e já é feliz quem a tem, ou tem consciência de q a possui...Q bom q consegues ouvir a tua sombra. Mas é fato que 2008 será um ano diferente, especial...Acredite!!

(Desculpe- me pelo livro)
Beijos...

Anônimo disse...

E agora?? ahhhh agora a fila anda e um novo ano cheio de oportunidades vai chegar... avante meu querido! avante porque todos os dias podemos ser melhores e é isso que te desejo: dias melhores.
Um beijão...

Aprendiz disse...

Oi Iaran... 2008 bate a porta... abra! Não tenha medo do que virá e do que você já possui... em seu nome esta sua identidade, sim... mas é em seu coração que você decide quem você quer ser.

Um bjo enorme!!!