quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Doutor


Ouvindo: The End do The Doors. São 18h33.

Dias estranhos supõem-se estes últimos. Não imagino se é motivado pelo clima inconstante ou pelo senso de espírito. O meu canto novo está super bom. Consegui organizar meus apetrechos nesta noite de quarta-feira. Fui, rapidamente, visitar a Te e buscar minhas roupas restantes. Nem eu imaginei que tinha tanta coisa. Realmente vim para cá de mala. Só faltou a cuia. Quando decidi enfrentar um mundo, anos atrás, realmente sentia dentro que seria definitivo no momento que eu necessitasse de algo a mais, além do trabalho simplesmente. Tentei, algumas vezes, correr por aí, arriscar n´outro setores. Mas por outro lado algo me trazia de volta para a comunicação. Gosto bastante do que faço e, quem sabe, faço bem. Não tão bem quanto eu gostaria, mas faço o máximo todos os dias com o que me é disponibilizado. Engraçado como há pessoas que não gostam de receber qualquer correção. Eu fico tão contente quanto alguém me corrige, me diz que eu falei errado, fiz errado. Que assim é certo e não daquela forma. Antes de mais nada fico contente porque está prestigiando meu trabalho; segundo porque aprender é algo que eu gosto. Nem sempre da forma como faço é a correta. Mas esforço-me todo dia para fazer da melhor maneira possível. Queria poder ter mais tempo para produzir algo que eu acredito ser bom, para mim, para a sociedade, para a empresa e, claro, para o ouvinte. Ontem fiquei pensando em me inscrever para um prêmio de rádio. Um prêmio para melhores reportagens sobre a indústria deste estado. Não pela premiação de quatro mil reais, mas sim pela exaltação do trabalho. Claro que o dinheiro é sempre bem recebido. Seria este um desafio grande. Não sou jornalista, como dizem. Sou radialista. É bem diferente. Mas voltando ao assunto do aprender. Nesta manhã fui fazer uma correção de uma expressão pessoal usada por um colega. Informei-o que um fulano que ele havia entrevistado não era doutor. Não é porque ele tem um cargo importante que ele seja “doutor”. Assim seria minimizar os esforços de inúmeras pessoas que se dedicaram à um estudo suplementar, ao doutorado. Acredito ser uma ignorância tão grande chamar o delegado, o médico, o juiz de “doutor”. Uma cultura estúpida e tão retrógrada que ainda alguns mantêm apenas para “acariciar” o ego de alguns. Chamo de “doutor” realmente quem o é. Não chamamos os professores de doutores, de mestres. Professor estuda muito, ajuda a criar a nossa cultura – ou boa parte dela. Chamamos de apenas professor. E por mais diplomas que tenham, muitos persistem apenas em chamá-los de “professor”. Claro que ser professor é lindo, bonito. Uma linda e fundamental profissão. Mas chamar “doutor” um qualquer? Não, isso não. Aprendi isso e hoje eu guardo e levo comigo para onde eu for. Realmente devemos valorizar e dar créditos às pessoas que mereçam. Não apenas por “amizade”. Resumindo: não por puxa-saquismo. Não sou inteligente, nem nada parecido. Sou um sujeito que estudou, pesquisou, finalizou (com certa dificuldade e esforço) o Ensino Médio. Que este ano iniciou um Curso Superior, mas que teve de trancar por causa do trabalho e deste desejo grande de mudanças. Vim parar nesta nova terra. Aliás, ontem completaram seis meses de vida neste mundo novo e que me recebe tão bem. Estava estudando através de uma bolsa do ProUni. Obriguei-me a parar a faculdade para poder vir para cá. Cheguei aqui e ganhei novamente outra bolsa. Mas infelizmente não pude me matricular, pois o curso é noutra cidade e não havia tempo hábil de sair do trabalho ás sete e chegar sete e 10 noutra cidade. Conversei com minha mãe, pensei e decidi deixar passar. Fiz vestibular logo depois e passei. Fiz e passei. Um curso superior de Letras, com habilitação em Espanhol. Caiu do céu, pois gosto de idiomas. Sinto saudades e falta do italiano e do inglês. Mas irei me estabilizar financeiramente e voltarei aos estudos. Agora estou aguardando o início das aulas, ainda não previsto. Sou sedento por aprender. E saber ouvir também é algo que devemos aprender.

Ouvindo: L.A. Woman do The Doors. São 19h04.

4 comentários:

Cor de Rosa e Carvão disse...

falô e disse dotôzinho, hehehe.

Anônimo disse...

te amu safadinhu..bj da mana q t ama tanto

Anônimo disse...

Enquanto eu não tenho certeza que o cara é "doutor", mesmo, eu sempre deslancho para o "você", numa intimidade que normalmente cola. Mesmo os "doutores", acho eu, estão carentes de tratamento pessoais, do "eu e você". Porque, na verdade, nada como um "doutor" para colocar uma distância bem grande entre "eu e você". Ouvir o nome da gente, saber que a gente existe pelo próprio nome, é muito melhor do que saber que a gente existe por um título.

Anônimo disse...

...hum, infelizmente tem por aí uns "tipos" que fazem um curso superior para serem chamados de "doutor". Ridículo! E quem merece mesmo, não exige isso...

Bjks no coração! Te quero bem!