terça-feira, 16 de outubro de 2007

Licença


Ouvindo: Fear Of The Dark do Iron Maiden. São 12h08.

Ouvi dizer que o Calheiros irá renunciar. Já era hora. Aliás, passou da hora. O sujeito pensa que é invencível. Blindado apenas o NOSSO Lula. Este é o meu presidente. Lula lá... brilha uma estrela... Lula lá..brilha a esperança. Recordo desta canção que uma amiga cantarolava sempre. Aprendi a conhecer o PT naquele tempo. Abraço pra Fefe e pra dona Elaine. Pois então, o Calheiros não conseguiu agüentar a pressão e está pensando em renunciar. Assim o senador da República não perderá os direitos políticos, caso seja realmente cassado. Esta chamada imunidade parlamentar é complicada. Nós, simples cidadãos, temos de apanhar da polícia, ouvir desaforos de juiz, usar o cinto, respeitar a velocidade, ultrapassar apenas onde devemos, estacionar em local permitido, pagar para comer, comprar as roupas, pagar aluguel e muito mais. E há outras milhares de pessoas que usufruem do nosso cômodo e assistencialista regimento interno brasileiro (legislação que os próprios deputados, senadores, vereadores fazem). Eles se protegem. Um ao outro. É como aquela velha frase dos três mosqueteiros: "Um por todos e todos por um". Todos por um Brasil apenas deles. E anda temos de suportar sentarem naquelas cadeiras macias, caríssimas, confortabilíssimas do Congresso, da Câmara, das Assembléias. Computador de ponta em cima da mesa, café servido à vontade, vinho, comida importada, guloseimas servidos por assessores 'superutilizados'. Enfim que vida de assessor é complicada. Claro que não sou hipócrita em dizer que não, mas os sujeitos trabalham bastante. Quem conhece um sabe a que me refiro. Até porque assessoram em tudo. Desde maracutaias até papéis que deveriam ser assumidos pelos chefes. Eu também gosto de política e gostaria de ser assessor. Correr como doido e usar terno todo dia. Adoro ternos.
Não discuto a utilização dos nossos políticos, mas alguns deles que fazem esta barbaridade com o povo brasileiro diariamente e nada acontece. Ninguém é preso, raramente um que outro é cassado e fecham-se as cortinas do picadeiro destes palhaços. Aliás, somos nós os palhaços. Sim, nós reclamamos, mas são eles que ficam comendo caviar de noite. Nós estamos, neste momento, tentando dormir, para acordar no outro dia para uma batalha sem tamanho. Matar quatro, cinco leões por dia para viver neste país em que ricos ficam cada vez mais ricos, pobres mais pobres, fetos sendo jogados no lixo, filha matando pai a marretadas, acidentes vitimando centenas de pessoas, sangue escorrendo pelos bueiros das cidades. Não estou reclamando de nada. Apenas contando algo que vejo. Agora peço licença porque irei usufruir do meu café.

Ouvindo: Viva Las Vegas do Elvis. São 12h21.

3 comentários:

Anônimo disse...

Menino, quando vejos os meus filhos, principalmente o mais velho falando, tenho a impressão que vai ser um excelente político quando crescer - tem uma lábia danada! E se eu peço algo, ele reclama que ele é escravo! Sabe... Estou começando a ter certeza de que temos um sério problema cultural por aí...

Anônimo disse...

É, tomara que não seja mais uma jogada política dele. E engraçado, quando começamos a falar do que acontece hoje em dia, soa como reclamação mesmo, mas é só o grito do silêncio, da indignação... Tem um ditado que diz: " se vcs se calarem as pedram gritarão"...

Bjks!

Luana Pradieé disse...

Nossa...que discurso ótimo...onde eu assino??? Hahahahahaha

Mano, saudades...só o que tenho a dizer agora!!!!

Beijokas