domingo, 8 de abril de 2007

Alguma coisa em que acreditar


Ouvindo: Diamonds and Rust do Judas Priest. São 15h49.

Há três dias que eu não entrava neste meu espaço. Muita coisa aconteceu nestes dias. Desde quinta que venho me sentindo melhor. Menos preocupado. Sexta foi uma exceção. Sexta-feira eu estava perdido. Mas no final tudo acontece. Dei uma de louco neste sábado e resolvi trocar de moto. Pegar a moto que eu queria. Agora apenas espero o rapaz "envenenar" a motoca e depois fico relaxado de uma vez. Porque a rockred me dava medo. Não sei por que, mas não confiava nela. É uma bela e boa moto, mas não sei por que não me sentia seguro. A cinzenta me deixava mais seguro. O bom é que agora eu posso deitar sobre a moto. É quase uma casa. Pode viajara longas distâncias sem esquentar muito. E confortavelmente. Mas ainda falta algo. Passei a Páscoa trabalhando. Sábado fiquei em casa, não quis sair. Fiquei vendo Lost e depois um filme que já tinha visto. Mas ajudou-me a dormir. Bom, no fundo, o que me fez dormir bem foi o remédio que mami me deu. Capotei literalmente. E ainda estou um tanto sonolento. Foi direto para a cabeça. Mas fez-me bem. Não queiram sofrer de insônia porque é algo horrendo. Muito triste e ruim. Acaba com o sujeito. Física e psicologicamente. Vou viver esta semana para ver como ficarei. Tenho ainda trabalho da faculdade para fazer, estudar a matéria de amanhã e enfrentar mais um dia. Não queria ir para a aula segunda. Mana está aqui e terça vai embora. Queria ficar mais com ela, mas nem comigo eu consigo ficar hoje. Eu estava acompanhando a chegada do Veranópolis em Bento para o jogo desta tarde. Cansativo mas consegui passear um pouco. Parece que vai chover. Mas mesmo assim vou passear de moto e pegar um vento no rosto. Faz um bem para a alma isso. Todos deveriam experimentar uma vez apenas. Vão se apaixonar. Como eu me apaixonei. Eu me apaixonei tantas vezes, amei todas as vezes. Por um minuto, uma hora, um mês, um ano ou dois. Saiba que por menor que tenha sido o nosso tempo, você me teve por completo, por inteiro. E eu te amei neste momento ou em todos os momentos em que estivemos juntos. Você pode se perguntar: "tem certeza do que escreveu?". Eu respondo: tenho sim. Tenho a certeza e a convicção de que amei. E foi lindo, foi maravilhoso. Queria repetir algumas coisas, reprisar outros, esquecer alguns poucos, mas na grande parte, lembro com saudades, carinho e afeto. Mas penso se realmente deveria ter sido como foi. Poderia ter sido diferente? Poderia sim, mas não foi. E não foi porque não deveria ter sido naquele momento. Rimos, choramos, brincamos. Mas nos divertimos também. Preocupar-se com o outro é tão bom. E faz bem para a alma. O que me deixa triste ainda são os pequenos índios que pedem dinheiro ou qualquer coisa nos semáforos e esquinas da cidade. Isso sim é de entristecer. Somos uns merdas isso sim. Reclamamos de tudo, disso ou daquilo, mas tem gente pior. São crianças sem nenhum destino, sem nenhuma esperança. Apenas a esperança de conseguir juntar alguns trocados no dia para poder comprar comida ou alguma coisa de pouco valor. Sou responsável por isso também. E você também o é. Somos todos. Solução? Não é simples não. É mais complexo e complicado do que nós levantarmos todos os dias e trabalhar. É complicado como uma cirurgia cardíaca complexa. Pode ter alguma ação e isso ser bom como pode não ser bom, não ser a melhor escolha. Mas nossas vidas são escolhas. Quer viver só? Viva. Quer ser feliz? Seja. Quer estar triste? Esteja. Porque eu cansei.

Ouvindo: Something To Believe in Poison. São 16h04.

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