quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Cachorro


Ouvindo: Dreams do Van Halen. São 20h51.

Quinta-feira, 15 de novembro, feriado. Dia de trabalho. Apesar de ser bem mais calo o dia de trabalho, foi dia de trampo. Fui até à rádio apenas para apresentar o jornal e voltar à noite para o esporte. Mas estou melhor. Bem melhor do que os dias anteriores. Semana ruim. Nada envolvido com o trabalho. Pelo contrário! No trampo está tudo indo super bom. Correndo bastante. Mas com a chegada do final do ano começa a correria. Mas que venha então o final do ano. Andei pensando que este ano de 2007 está sendo super bom. Mudei como eu queria, aprendi muita coisa que jamais esquecerei. Conheci pessoas incríveis. Deixei pessoas que eu tanto gosto e admiro para trás. Por outro lado, tive o privilégio de conhecer pessoas muito boas. São pessoas que são boas comigo. São gente de verdade. Seres humanos ímpares. E estas mesmas pessoas bem sabem quem são. Elas saberão colocar o chapéu. E um chapéu grande. Pois são elas que me apóiam dia-a-dia. Seja com uma pequena palavra pela internet ou com um abraço. Não sei se faço isso por elas. Ando ausente estas últimas duas semanas. Ausente de espírito. Ando um tanto “avoado”. Sinto-me leve. Leve porque meu espírito fugiu por alguns dias. Andei apenas para frente e para trás. Hoje, nesta quinta-feira, sinto-me como se meu espírito esteja retornando para ecoar dentro de mim. Deixar rosnar aquela raiva interna. E voltar ao seu estado normal. Estive tal qual um zumbi. Vivo, mas sem espírito. Mas decidi ir em frente. Eu bem sei o que me atormenta tanto. Quem me conhece há mais tempo sabe o que é. Mami sabe que tem apenas uma única coisa que sempre me atormentou e eu ainda não aprendi a lidar com isso. Chegará o dia em que eu conseguirei. Sou um sujeito que aprende fácil. Não sou inteligente, mas me viro. Como um pavão.
Mas voltando ao estado normal, sigo neste mundo novo, com gente nova, aprendendo e apanhando dia-a-dia. Não levei nenhum soco certeiro, mas quem sabe eu acerte algum. Detesto violência. São apenas metáforas.
E por falar em metáforas lembrei de uma ocorrida ontem. Estávamos eu e o Luis Fernando voltando do mercado quando avistei uma grande nuvem de fumaça. Avisei-o e ele disse que era na escola nova que estão finalizando. Incêndio! Enquanto eu tentava ligar para o Corpo de Bombeiros ele seguia correndo em direção ao jornal para pegara máquina digital. Depois de várias tentativas consegui ligação na corporação e avisei do sinistro. Nada de grave. Apenas alguns bandidos resolveram furtar fios de eletricidade. Queimaram o plástico para ficar mais leve e virou aquela fumaceira. Quase atolamos o carro, sujamos os sapatos e fomos embora. E depois de chegar em casa virei um poste. Levei um xixi da zeladora do prédio. Como estávamos com os sapatos totalmente embarrados disse para o Nando limpar antes de entrar em casa. Limpamos tudo no piso da garagem e no degrau. Ficou uma bagunça, mas azar de quem passava. E depois de o Nando sair de casa em direção ao seu compromisso, sentei no sofá para ver um filme muito vagabundo (nunca retirem Siga o Mestre). Ainda bem que é um filme emprestado. Bem calmo vendo aquele horror de filme ouço uma voz alta. Era a zeladora xingando alguém. Adivinha quem? Sim, eu novamente. É a segunda mijada em um mês. A primeira foi no primeiro dia do nosso apartamento motivada pela jogada de um toco de cigarro pela janela que a dita cuja avistou a cena. E ontem pela sujeira. Mas o gritedo já ecoava por volta das onze da noite. Tudo bem, pedi desculpas e retornei ao filme. Depois fiquei rindo comigo e abri uma cerveja. E tomei uma, e outra, e outra e fui dormir. Dormi como um anjo. Anjo dorme? Bom, não sou santo. Escrevi anjo. Nando chegou mais tarde, viu tudo limpo e entrou em casa dizendo: “levou uma mijada não?” Na mosca, Nando. Qualquer dia vou fazer xixi na porta dela. E bem em cima do capacho da querida e amigável zeladora. Mas ver ela com a vassoura e o balde na mão gritando até que me fez sorrir. Pelo menos algo para me fazer sorrir nestes últimos dias.
O ruim desta tristeza são os extremos da situação. Estar é um extremo bom e não estar é um extremo ruim e triste. Ainda existem coisas na minha vida que eu não sei ser e não sei dividir. Quem sabe aprenderei. Mas antes de aprender, quero ir n'outra direção.

Ouvindo: Colorfull do Steel Dragon & The Verve. São 21h15.

3 comentários:

Unknown disse...

Oi mano! Tudo tranqs por aí? Aqui estamos todos bem. Hoje estou aqui na mamy. Eu e a loli andamos bastante gripadas. Também com esse tempo de 4 estações ninguem guenta. Estamos com saudades!Já sabe qdo tu vem pra casa? Estamos anciosos pra que vocÊs venham logo!!!!!! A loli manda muitos beijos e diz que tem saudade do tio Neno. A Momo tá em Torres com o Mago e a Baba tá na aula agora. Ela e o Bambu tão cheios de amor hehe. O Luli tá trabalhando direto, inclusive sábado e domingo. Fim de ano é sempre aquele tumulto. Ele manda um abração. A mamy manda muitos beijos e diz que tá loka de saudades tb. No mais continua tudo igual.
Muitos beijos proce. Te amamos muito. Fique com Deus e te cuida tá?
Com amor da mana Vale

Anônimo disse...

Acho que todo mundo passa por aqueles estágios esquisitos de "buraco negro", onde a gente não sabe ao certo como vai ser lá para frente e nem porque fez o que fez lá atrás. Entretanto, é justamente entrando no bendito "buraco negro" é que conseguimos nos enxergar um pouquinho mais maduros, mais fortes, mais conscientes das pessoas que nos cercam, mais conscientes de nós mesmos e com metas mais definidas para a nossa vida. Tenho certeza de que você está saindo deste seu "buraco negro" melhor do que entrou. Beijão!

Anônimo disse...

"Vivi portanto só, sem amigo com quem pudesse realmente conversar, até o dia em que tive uma pane no deserto do Saara. Alguma coisa se quebrara no motor. E como não tinha comigo mecânico ou passageiro, preparei-me para empreender sozinho o difícil conserto." (O Pequeno Príncipe)

...e as marés vem e vão, sobem e descem...

"- Só as crianças sabem o que procuram, disse o principezinho. Perdem tempo com uma boneca de pano, e a boneca se torna muito importante, e choram quando a gente toma...

- Elas são felizes... disse o guarda-chaves."

...mas as marés nunca vem sozinhas, sempre trazem conchinhas com histórias pra contar, como a dos sapatos com barro, de um doce que virou sorvete, de um banho de chuva, de encontros com amigos, de saudades da mãe, da sobrinha Loli, da infância, de um silêncio desconhecido e até de medos...
Quantas histórias... quanta vida!

Tenha um bom findi, com muita paz... com o ouvido coladinho na concha da vida... o autor dela te ama muito! =))
Bjksss

Obrigada por tudo, tá?!