sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Visual


Ouvindo: Nowhere Fast do Meat Loaf. São 17h19.

Coloquei meu fone de ouvido e estou mantendo silencia. Não sei ao
certo, mas este silêncio está me tomando por completo. Um silêncio que
sinto subir por baixo da desgastada sola de meus pés. Sinto que este
silêncio sobe e não consigo controlar. Sinto-o tão forte que não teria
força de segurá-lo mais. Acabei deixando o silencio me dominar.
Silêncio que me aflige e causa calafrios. Silencio-me completamente.
Mas junto de todo mal sempre vem junto uma solução. Deixei o silêncio
falar. Deixei o silêncio falara comigo e pedir o motivo de surgir. De
um dia tão movimentado, ele (o silêncio) me deixa calado. Apenas
converso comigo mesmo (e com ele). Nega-me respostas. Apenas o sinto
crescendo. Sugando qualquer possibilidade de mobilizar-me no sentido
oposto. Optei por deixá-lo fazer o que deseja. Mas impus limites.
Concedi uma liberdade parcial. Pode ir até onde não me cause mal.
Mas acabei de desligar o telefone, conversei um pouco e o silêncio,
aparentemente, foi embora. Rumou par algum outro local. Ou alguma
outra pessoa. Espero que ele tenha pegado carona nesta chuva que caiu
sobre a região inteira nesta sexta e seguiu o curso do Rio do Peixe.
E nesta noite remos encontro do G6. O grupo estará desfalcado de sua
titula, a Silvia. Ela vai à capital paranaense. Boa sorte, Sil.
Estarei orando por você daqui de longe. Mas o grupo terá a presença de
forasteiros também convidados. E a paella do Emídio é de tirar o
chapéu. A bota, as meias, a camisa. É para comer e suar de tanto
comer. Porque pó nosso advogado/radialista é bom no comando da
cozinha. Gosto das técnicas do Emídio, pois quase todas são feitas com
um acessório importante: a churrasqueira. Dias atrás comemos pizza de
churrasqueira. Muito gostosas ficaram. Nada que umas pizzas Perdigão
turbinadas não resolvam. Mas o importante mesmo é o chopp. Aquela
choppeira do Emídio e da Estelinha é uma maravilha. Até o trabalho de
trocar as garrafas e bombear aquele treco para cima e para baixo ficam
divertidos. E quem sabe ainda role uma cantoria.
E para bater mais saudades, conversei com minha amada mãe e com minha
mana hoje á tarde, enquanto a tia arrumava a casa. Apesar de que somos
bem legais: a casa está sempre arrumada. Ainda não me acostumei com o
odor de fritura da pastelaria que fica sob o apartamento. Mesmo três
andarem acima sinto aquele odoro enjoativo da fritura. Bacon, camarão,
queijo, carne e o diabo. Dias atrás parecida cheiro de carne humana
queimada. Eu já senti cheiro de gente queimada em acidente. E é
horrível. Mas confesso que quando senti me deu fome. Horripilante não?
Mas é verdade, cheiro de carne é sempre bom. Sei que você também gosta
de churrasco. Cheiro ruim mesmo é cheiro de gente morta e em estado de
putrefação. Isso sim é cheiro ruim. Bom, com tanta coisa que "enfiamos
para dentro", aquilo é pouco. Nós somos todos podres mesmo.
Aliás, mudei meu visual ontem. E outra rapidinha: me pararam na rua para pedir sobre a Igreja do Rock. Fiquei contente.

Ouvindo: Here I Go Again do Whitesnake. São 18h17.

3 comentários:

Cor de Rosa e Carvão disse...

E eu ainda tive que fazer todo o processo de convencimento para dar a entrevista... ai ai. Hehehe. Bjo mon cher! Ah, os homenzinhos pararam de martelar no porongão... Agora só tá dolorido, hehehe.

Anônimo disse...

...é, o silêncio que vem de dentro é um "ser" questionador e tem o poder de nos calar, e geralmente pede paz e "grita" amor.
Bom para nos encontrarmos com a gente mesmo.

Bom encontro!

Bjks e fica bem...

Anônimo disse...

...lembrei dessa frase: =)) "A alma é uma paisagem. As paisagens da alma não podem ser
comunicadas. Quanto mais fundo entramos nas paisagens
da alma, mais silenciosos ficamos" Rubem Alves

Bjksss