sábado, 19 de maio de 2007

Recomeço


Ouvindo No Rain do Dave Mathews Band. São 21h.

Cheguei aqui na cidade eram passados poucos minutos desta quarta-feira. Foram várias horas de viagem. Mas foram horas que passaram rapidamente. Segunda-feira é que foi um dia dolorido para mim. Chorei muito durante a tarde. Não chorei de manhã porque estava dormindo e me poupei das lágrimas. Fui para a faculdade, no meu último dia, fazer a prova do semestre, do primeiro módulo do curso. Foi um tanto estranho, mas a fiz. Creio que tenha ido bem. Mas enfim, terça-feira começou cedinho. Até porque a segunda foi cansativa. Mas de qualquer forma, acordei cedo na terça para arrumar minhas malas. Havia organizado apenas algumas coisas maiores, livros, entre outras quinquilharias. Um tanto quanto apressado, coloquei boa parte da minha vida dentro de algumas malas. Tentei não pensar em nada enquanto arrumava. Apenas no que eu precisava levar porque durante um bom tempo não teria possibilidade de voltar para pegar, se porventura, esquecesse alguma coisa. Antes de sair recebi a visita de meu cunhado (Luli), minha mana mais velha (Vale), as manas (Moka e Baba), meu cunhadinho (o Maguinho) e a minha mana de adoção (a Jaque). E para minha feliz surpresa, a Jaque levou também a Neca. Conhecemo-nos há pouco tempo, mas sentia uma paz gigante perto dela. Foi dolorido me despedir do Luli. Sei lá, porque gosto muito deste cara que se tornou meu irmão. E um sujeito que me ajudou muito, em todos os sentidos. Emocionei-me bastante. Mas já havia todo acertado. Era chegada a minha hora de partir. Uma e meia da tarde peguei o ônibus. Foi neste ônibus que começou minha nova empreitada. E começou de uma forma tranqüila. Mami estava um tanto emocionada, mas nada tão visível. Ela bem sabia que era necessária minha partida. Porque era um desejo meu, em particular, e uma necessidade pessoal e financeira. Engraçado que tudo aconteceu como eu queria. Passar quinze dias em casa sem me preocupar com nada e dormir um monte. E o fiz. No décimo quarto dia fechei o trabalho, a cidade nova. Arrumei tudo o que precisava e uma semana depois parti. E parti feliz. Doeu um pouco quando passei por Caxias. Apenas lembranças que ficaram. E ficaram. E ficarão cimentadas nas poucas lembranças que restam. Na viagem tudo transcorreu normalmente a não ser uma senhora que vomitou boa parte da viagem. Que nojo. Obriguei-me a ficar com os fones de ouvido para não ouvir aqueles barulhos que incentivam a compartilhar daquele momento de, digamos, enjôo constante. Mas depois passou. Cheguei feliz e ansioso. Acordadão esperando para ver como era minha nova cidade. E sabe que gostei! Gostei mesmo. Fui recebido pela dona da pensão, uma senhora com cerca de 40 anos. A pensão na verdade é a casa dela. Os quartos são alugados, por um valor bem módico. Há três quartos. O dela, um que é utilizado por um jornalista de uma emissora de rádio e no outro um outro radialista. Tudo em casa. Eu divido o quarto com um locutor de uns 23 anos, chamado Fernando. Gente boa o guri. A casa é bem bacana. Tem tudo. Pensei que fosse diferente. Um lugar bem familiar. Ajuda bastante isso. A companhia, o papo. Fui dormir na quarta eram quase quatro da manhã. Dormi um pouco e fui logo cedo até à rádio que me contratou. Assim foi a terça e inicio de quarta-feira. Estou bem. Feliz, contente e esperançoso.

Ouvindo: Cryin’ do Aerosmith. São 21h31.

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