quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Para sempre agora



Ouvindo: Spirit of Radio do Rush. São 18h21.

Pensei que deveria me perder do amor, ativar meu fogo na luz. quem sabe conseguiria perseguir uma pena que corre com o vento. Por uma intensidade sem tamanho que costura um manto de delicias que a vida nos proporciona, tecendo um fio que não tem fim. A vida tem início. A vida tem um fim. Fim que ninguém sabe onde acaba ou onde inicia. Fim para quem olha reinício para quem morre. Reencarnação?
Por todas as horas e dias que passam tão rápido, as marés que fizeram a chama diminuir. Pelo fim, um braço estendido, a mão no tear, a agulha entre os dedos. De todo meu amor para você agora, amanhã, ou depois. Para sempre? Muito tempo. Quero agora. Uma xícara de café morno erguida, um pedaço de pão na outra. O açúcar olhando sob a colher que enfeita o pote. Uma voz soa clara acima dos ruídos vindos de fora. Uma palavra, algo em que se apoiar. Seu é o tecido, minha é a mão que costura o tempo. Do tempo é que emana a força que repousa por dentro. Do mais íntimo é que surge o calor do fogo, o amor, o lampião que segura a brasa. Manter acesa. Mesmo que a pena apareça e caia sobre a brasa. Algo que não há de queimar. Vou tomar um café.

Ouvindo: King Of Pain do The Police. São 18h35.

Nenhum comentário: