terça-feira, 26 de junho de 2007

Camisa de seda


Ouvindo: I Remember You do Skid Row. São 11h41.

Esta tontura persiste. Fui à uma farmácia ontem e estava com a pressão alta. Não tanto, mas alta. Como não havia muita coisa a fazer, a não ser um médico e eu com muito frio, preferi ir para casa. Fiz um lanche leve, tomei um chá e fui deitar. Estava jogando Paciência Spider, ouvindo um som, li um pouco e vi um documentário que tinha baixado da internet. Dormi. Acordei de madrugada com o peso do PC nas pernas. Guardei-o e voltei ao meu descanso. Acordei, mais uma vez, tonto hoje pela manhã. Fiz algumas matérias na rua e passei no Posto de Saúde. A pressão estava normal - 12:8. À noite, ontem, estava 14:7. Mas ainda persiste esta tontura. Estava buscando algumas coisas na net em que tivesse tonturas persistentes como sintomas. Síndrome do Pânico foi uma delas. Pensei em labirintite, mas não creio. Não estou "indo e vindo", como seria com labirintite. Apenas tonto. Vou ao médico hoje. Pela manhã foi muita correria e optei por ir à noite. Ah! Lembrei que hoje tem ensaio do teatro. Consegui umas fotos da peça de sábado. Tem até vídeo que fizeram do grupo. Segui lendo um pouco ontem ainda sobre a "Idade da Razão". Livro interessante que explica e conta, numa ficção, como agimos em certas ocasiões. Medo, desespero, pavor, amor, desapego, exaltação. Conta que um casal de namorados (havia anos) tiveram uma noite de sexo muito agradável e algumas semanas depois a moça sentia-se mal. Foi buscar ajuda e constatou a gravidez. Indesejada para ela e para ele. Mas por um lado, esta seria uma forma de reaproximar os dois. Ela, contudo, teve medo de contar este fato antes. Medo de que isso fosse afasta-lo. Não que não tenha afastado, mas causou certa preocupação para o homem. Um sujeito de 35 anos, ou mais, e ela com a mesma faixa etária, dá para se entender pelo que li. Ele ficou surpreso, mas com seu jeito calmo e sereno de professor. Ela um tanto quanto desolada com a reação dele. A opção dos dois é um aborto. Ela havia já buscado mais detalhes em uma "parteira" perto da sua casa. Mas ele tinha muito medo do lugar e foi vistoriar. Foi expulso pela "parteira", que na verdade é vidente, ou similar. Indignado com a recepção 'gentil' da mulher, foi se aproximar da felicidade buscando um bar que estava prestes a fechar. E sabe, em bar sempre há alguém pronto a ouvir alguém. E foi lá ter com alguém. Encontrou o dono do bar, um velho amigo, que o escutou. Não se entregou, mas simulou a situação para o cidadão. De mais idade, disse que já havia passado por isso e que se arrependeu. Mas o sono me bateu e parei de ler.
Enfim, dois assuntos retiro daqui. Um deles é o aborto. Tão comentado atualmente e tão amedrontador. Mas ao mesmo tempo tão imoral e tão racional. Imoral péla nossa cultura de jamais "matar" alguém e racional pela forma de "como criar?" um ser que irá nascer. Olhemos a parte social e o futuro da criança. E outro assunto, o do bar. O ponto de chegarmos tristes, preocupados e sem ninguém para conversar. Eu, particularmente, descobri que em qualquer bar sempre há alguém que está afim de ouvir e ser ouvido. É algo de "utilização recíproca". Você expõe seus problemas, o outro ouve. O outro fala e você ouve. Cada um fica mais tranqüilo e vai dormir feliz. Reciprocidade! Esta palavra eu adoro. Não pela palavra, mas pela força que ela tem, quando usada. E todos devemos usar a troca, a reciprocidade. Caso receba, dê algo a alguém. Certamente receberá. O que receber aí é outro assunto. Mas receberá de qualquer forma.
Lembrei do papo que tive alguns dias atrás com algumas pessoas que conheci faz pouco, mas que gosto bastante. São pessoas honestas e queridas. Depois de algumas cervejas entramos em certos assuntos e um, em especial, que marcou. Fez-me rir na hora, mas parei e pensei. O tal do "abusar". Estas pessoas têm uma casa muito bela. Linda mesma. Uma delas encontrou um sujeito, ficaram e foram para casa. Enfim, fizeram o que tinham de fazer e chega o momento de "tchau!". Neste ponto é que chega a parte estranha, engraçada ou triste. Cômica, quem sabe. O sujeito, antes de ir embora, olha a bela casa e solta: "você poderia me dar uma camisa de seda e um par de meias de presente não?". Murchou tudo. Mas tudo mesmo. O que pensa um ser destes? Nem gigolô faz isso. Além de sacanagem é triste. Já passei por esta também e me doeu. Senti-me um lixo. Mas nada a ver com este fato. Apenas recordei-me de algo que aconteceu comigo tempos atrás. Não desta forma direta, mas semelhante. Até onde vai o interesse de uma pessoa? Usar pessoas serve para alguma coisa? Fui usado e abusado. Que delícia! O "abusado" foi delicioso. Houve reciprocidade sim. Eis a questão de foi bom. Depois é outra história. Não use. Abuse! Desde que haja troca.

Ouvindo: I´d Anything For Love do Meat Loaf. São 12h04.

2 comentários:

Cor de Rosa e Carvão disse...

Bem fiz eu em ter abusado antes.

Anônimo disse...

Tu vê só com que divido o mesmo teto??? a negona vai passando o rodo pela noitada e acontece essas coisas....
Mas o pior não foi isso...ela esqueceu de contar que a criatura era totalmente fanha e ainda era o sósia do chimbinha do calipso......
é pácábá...
saudades de vc...