sábado, 2 de junho de 2007

O peixe


Ouvindo: The Evil That Man Do do Iron Maiden. São 17h12.

Dentro de alguns minutos vou trabalhar. Voltei faz pouco. Estava caminhando pela cidade. Fazendo um exercício. Mas antes de escrever sobre o que pretendo (que não sei o que será) quero deixar uma coisa explicada. Pessoal! Não fugi nem desapareci por completo. Não aprontei nem matei ninguém (até isso pensaram!). Não é porque evito contar onde estou que quero desaparecer do mundo. Apenas optei por assim fazer para, quem sabe, viver aqui, sem pensar no que passei, no que deixei, evitar sentir saudades de pessoas que me fizeram e ainda fazem muito bem. Optei por radicalizar minha vida de uma vez por todas. Mudar 100%. Modo de pensar, de agir, de conviver, de trabalhar, de estar e traçar meu futuro. Deixar para trás o que passou e olhar para frente. Sem pensar, nem sentir. Apenas trazendo na minha bagagem as lembranças boas e fundamentais de todos vocês. Pois é por vocês que sou uma pessoa melhor hoje. Por cada segundo que vocês me dedicaram de suas vidas. E aprendi. E trouxe junto de mim isso. Isso me faz um ser melhor. Apenas prefiro ficar recluso por um tempo. Começando minha vida. Iniciando meu novo e próspero caminho. Alguns se surpreenderão dentro de uns dias outros já sabem que isso, mais tarde ou mais cedo, iria acontecer. Mas não estou com pressa. "...meu caminho foi traçado na maternidade...", parafraseando Cazuza.
Terminei na noite desta sexta (01) de ler meu livro. Acabei tendo uma surpresa no final da obra. Interessante, curioso e bonito. O velho marchou, sofreu, penou, machucou, mas conseguiu pegar o tal do grande peixe. Penou, penou, sofreu, mas não desistiu. E conseguiu pescar o peixão. Voltando, com sua pequena embarcação, amarrou o peixe com a pouca linha que dispunha naquela ocasião, prendeu-a ao barquinho e voltou "arrastando" o animal pelas águas salgadas do mar. No meio do caminho de volta apareceu um tubarão que, literalmente, decepou parte do seu pescado. Com um arpão conseguiu machucar a afastar o temível bicho. Com o rastro de sangue do seu peixão, outros tubarões a se aproximaram e o velho tentou e conseguiu afastar, matar ou afugentar alguns dos tubarões. Após seu trabalho árduo, conseguiu (com muito esforço) chegar à costa e puxar seu barco à margem do ancoradouro. Cansado, ao extremo, mal conseguiu levantar seu corpo. Chegou, quase que rastejando, ao seu canto, sua casa. Deitou e apenas sonhou. Deixou o velho corpo descansar. No dia seguinte, o velho seguia dormindo quando outros pescadores e turistas que ali passaram avistaram apenas as espinhas do pescado do velho. Um esforço danado, quase que desumano, para pescar o "seu sonho" e outros o "roubaram". Mas mesmo assim, o velho conseguiu e dormiu feliz. Nem pensou que os tubarões roubaram seu sonho, seu pescado. Ficou feliz de sentir o seu sonho realizado e batalhou, brigou como pode e com o que dispunha para segurar seu sonho. Mesmo roubando quase que todo seu pescado "sonho", ele não desistiu. E seu sonho o tornou melhor e mais conhecido. Dentro disso, vejo-me num mar, começando a pescar meu "peixão". Não importa se for com ou sem esforço. Vim para lutar, com as armas que possuo e com uma vontade inexplicável. Seja onde for, com quem for, como for, os realizarei. Vim e não voltarei mais. Parece que é mais fácil viver fora de nossa casa. Mais animador. Acomodação, algo assim, que atrapalha, aparentemente. Não sei ao certo se seria isso, mas fora da “nossa realidade” tem um mundo gigante que nos espera e nos espera para DAR o que QUREMOS. Seja onde for. Mas está por aí, nos esperando. Porque esperar chegar. Vamos até ele. Eu vim pegar meu peixão. Seja aqui ou seja acolá.
Perdi meu roteiro da escrita... deixa eu me encontrar de novo. Hum... hum... bzzzzz... hum...
Ah! Mas de qualquer forma, outro dia escrevo mais sobre este assunto. Hoje pela manhã saí de casa para comprar uns bagulhos para o almoço da turma e me bateu uma vontade doida de tomar uma cerveja. Acabei tomando umas. Engraçado como o pessoal te olha atravessado por estar bebendo uma cerveja numa manhã de sábado no meio da rua. Engraçado a cena. Olhavam e estranhavam. Um cara, um tanto cabeludo, barbudo, cabeludo, de brincos, bebendo cerveja com uma pilha de sacolas. Azar deles. Nem ofereci por medo que aceitassem. Caminhei um pouco pelo Centro e fui pra casa. Quase perco a hora do almoço. A Tê fez um almoço bem bom. Almoçamos juntos. Eu fiquei na cerveja enquanto o restante se embebedava com vinho. Nem chegou o fim do almoço e o pessoal já com o rosto rosado. É, o vinho havia feito efeito. E depois ainda me enchiam os ouvidos porque estava eu bebendo logo cedo. Ah! Cedo aqui são onze da manhã. Mas o sábado foi tranqüilo. Irei trampar daqui a pouco e puxarei até meia-noite. Sinto uma vontade imensa de poder trabalhar e viver cada dia. Tenho a nítida impressão que estou mais feliz. E sinto-me bem mais feliz. Animado, esperançoso. E assim será.

Ouvindo: The Clansman do Iron Maiden. São 17h49.

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