segunda-feira, 16 de julho de 2007

Cadeira


Ouvindo: R.A.M.O.N.E.S. do Motorhead. São 11h49.

Curioso que músicos com culturas e segmentos diferentes fazem homenagens à bandas importantes para a história musical do mundo. O Lemmy compôs esta música que ouço neste momento em alusão ao cultuado a respeitado Ramones. Até porque a banda de Joey, Dee Dee, Marky e companhia foi o que me despertou para o mundo rocker. Tamanha importância deles que o mundo musical inteiro parou e se entristeceu quando Joey faleceu, há não muito tempo, vítima de câncer. Esta música foi composta em 1976 e até hoje o Motorhead a executa em alguns shows. Há uma união muito grande entre músicos antigos e o respeito ao trabalho de cada um. Sempre há aquele lance do showbusiness em que um ofende o outro apenas para um espaço na mídia. Sim, é tudo através dos marqueteiros e agentes de divulgação das gravadoras. Tudo é notícia num mundo sedento por informação - seja qual for. A música pode ensinar muito à todos. Sou rocker assumido. Sou rocker e não poser. É diferente. Rocker é o fiel. Poser é aquele que diz que gosta, mas ouve muitas outras porcarias. Sai dançando como se fosse um pagodeiro, ouve de tudo e se diz roqueiro. Chega a ser ofensa. É como uma religião. E esta é a religião que assumi há muito tempo. E que jamais pensei em sair. Esta religião que me ensinou muito e movimentou as minhas maiores emoções e decepções. São aqueles sujeitos cabeludos, com brincos, com pose de "estou nem aí para nada" que compartilharam momentos importantes da minha existência. E até hoje embalam minhas tristezas, alegrias, decepções e surpresas. São eles que me motivam e me incentivam a escrever quase que diariamente neste espaço. São eles que me fazem viajar num mundo só meu. Num mundo onde eu posso me sentir, me ouvir, gritar comigo ou apenas pensar em alguma coisa. São eles que me deixam com a mente aberta para novas emoções e idéias. Quando eu precisar pensar ou criar algo, apenas ligo o som, coloco os fones ou deixo o som 'aberto' e pairam as idéias. Independente do lugar, elas surgem. Músicas que eu gosto marcaram muitos acontecimentos. E marcam a cada dia. Fazem-me sentir bem e sei que, de forma (in)direta, fazem movimentar minhas mais aguçadas vontades. Ignorante aquele que pensa apenas no barulho. Não gosto, aliás, detesto, outro estilo musical. Trabalho com gêneros que taxo como inúteis. Mas é meu trabalho, minha profissão. Sem essa eu não conseguiria grana para ouvir "minhas coisas". Trabalho é trabalho, independente onde, como e porque. Apenas sinto-me feliz e tê-los, ou tê-las, por perto sempre que preciso. PElo menos estes nunca me abandonam quando preciso d´um "colo ou afago". Quão bom é fechar os olhos, ouvir uma guitarra penetrando pelas veias, atingindo a corrente sangüínea e chegando ao mais longínquo órgão do meu corpo. Tocando com aquelas notas musicais os poros da minha vaidade, os vasos da minha mente, os canais de inspiração do meu coração. E é por isso e por muito mais que agradeço a Deus por ter NOS dado o Rock. Long Live Rock And Roll!
Final de semana gripadão. Estou parecendo um velho. A Silvia tem razão. Estava gripado e estou melhor. Ontem foi o dente que começou a encher o saco. Hoje minhas costas estão atrapalhando. Mas ainda bem que veio tudo junto. Assim poupo minhas poucas reclamações futuras. Faço todas elas duma vez só. Trabalhei este final de semana inteiro. E sigo feliz. Feliz com o trabalho, com a vida, com as pessoas que conheci. Fui almoçar no sábado com a Elaine e a Sil. Depois fomos tomar qualquer coisa debaixo do sol na praça central da cidade. Ficamos olhando uem passava e nossos sonhos, ou vontades, de consumo. Mas bateu uma saudade da minha rockred. Avistava tantos passeando, ou apenas correndo, com suas motocicletas. E a rockred parada, em Bento. Mas nem sei se irei buscá-la. Quem sabe a entregue para a Gabi. Porque agora coloquei minha vontade de consumo na frente. Quero uma Kawasaki Vulcan. Ela parou de ser fabricada há uns três ou quatro anos, mas segue como a moto mais confortável para viagens fabricada até hoje. É melhor do que sentar na cadeira do papai da sala de TV. Tem um conforto de um Mercedez. Agora fixei como meta. Estivemos conversando, mas minha cabeça estava muito dolorida por causa do sol e frio e fui para casa. Trabalhei e depois fui dormir. Domingo a mesma coisa. Mas depois do trabalho fui tomar um café com a Sil nos shopping e mais tarde na casa dela ver o fim do jogo do Brasil, brincar com o Shazan, comer de novo e pra casa. A Elaine chegou do seu passeio dominical regado a comida e filmes e jogamos conversa fora. Que frio danado voltando para casa. E hoje acordei feliz, contente e com sono. Pronto e feliz por mais uma segunda-feira. Feliz por ter o privilégio de levantar da cama. Agradecer pela minha saúde, pelas minhas pernas, braços, barriga, mãos. Enfim, agradecer por esta vivo. Obrigado Pai do Céu mais uma vez.

Ouvindo: Heaven´s On Fire do Kiss. São 12h14

Um comentário:

Cor de Rosa e Carvão disse...

Linda as fotos da Lolly. Todas elas.