quarta-feira, 18 de julho de 2007

Utópico


Ouvindo: Sailing Ships do Whitesnake. São 17h23.

Deparo-me com uma vinheta da Rede Globo que me preocupa, por volta das 19h desta terça. A conhecida e implacável vinheta extraordinária da Rede. Grande aquela espécie de trilha sonora da tragédia surge é porque coisa boa não deve ter acontecido. Raros momentos em que algo de bom surgiu após veiculado aquele presságio de notícia ruim. E para minha não surpresa eis que vejo destroços de um avião, fogo e o William Bonner anunciado dezenas de mortos. Algo já programado pela nossa aviação civil. Quem sabe não esperavam uma tragédia desta forma; desta magnitude, mas aconteceu. Não que seja necessário culpar este ou aquele. Mas cabe uma reflexão: até onde estamos seguros? Outro dia estava trocando pensamentos com uma pessoa e terminei a conversa, depois de várias possibilidades, que para morrer basta estar vivo. E basta estar vivo em qualquer lugar do planeta. Interessante que me chamaram de "extremista". Mas não é o caso de ser "extremista ou radical". Quem sabe um pouco realista. Apenas uma espécie de pré-visão do que era certo. Alguma grande tragédia (ou mais uma) aconteceria. Eis que início da noite deste dia 17 de julho de 2007 constata-se tal fato. Mais de 200 mortos. Mortos ou assassinados? Deparamo-nos todos os dias com barbaridades, sejam de ordem pessoal ou pela televisão, jornal ou rádio (no meu caso). Todo dia temos de nos "segurarmos" para não sair gritando ou batendo em alguém. Não sei se uma rebelião localizada resolveria. Quem sabe uma rebelião generalizada. Não sou anarquista, mas da forma como está, não vai mudar nem hoje nem amanhã, sendo otimista. Queria muito que meus filhos vivessem num mundo melhor. Onde a paz e a segurança, igualdade (humanidade) predominasse. Mas está longe d´eu ver e o pequenino (ou pequenina) também usufruir. Queria que nossa vida fosse um filme de ficção do Stallone ou do Jack Bouer onde o mundo está prestes a explodir, mas algumas cenas depois tudo se resolve e vão para casa felizes e com o mundo em paz. Mas ainda por cima tenho de me segurar com a segunda parte do filme. Ou terceira, quarta. Ainda sonho em ver um mundo melhor. Sei que dificilmente o verei nesta minha vida. Mas ainda sou crente na bondade das pessoas. E sei que algum dia, em algum momento, em algum lugar haverá um mundo melhor para se viver. Nem que seja em uma ilha com muita mulher linda, livros, internet, cerveja, comida light, churrasco e o meu rock. Quem sabe seria um mundo perfeito e lindo. Ou viver na época do escambo. Troca-se isso por aquilo e aquilo por aquilo outro. Lembra-me de um livro chamado Utopia do Thomas Morun. Vivia-se num país onde não havia dinheiro e com o ouro garimpado eram forjadas correntes e espécies de algemas para prender os bandidos, ridicularizando o valor do ouro. Todos vestiam-se da mesma forma, comiam na mesma mesa. Ninguém tinha mais do que ninguém. Os que não seguiam a ordem eram enviados para locais aonde iriam trabalhar de forma mais "desumana" e seriam ridicularizados pelos demais. Essa era a pena para quem furtasse, agredisse, aprontasse. Enfim, para o meliante o fardo de levar a vergonha era pesado demais. Literalmente pesado. Ou ele era expulso da pequena comunidade. Mas enfim, seria um mundo bom de viver. Mas de qualquer forma, neste exato momento não sei se seria tarde demais para se pensar em segurança. Mas não segurança nos céus. Segurança em todos os lugares. Aqui onde estou morando são menos de 80 policiais para atender oito municípios. Falamos de umas 150, 160 mil pessoas. Creio que seja pouco não? Nem delegado tem. Os dois estão de "férias". Bom, na situação que está, até eu entraria em férias. Quanto menos problemas melhor. Enfim, certo é o Morun: as necessidades e a felicidade coletivas predominantes às individuais, têm grande força na concepção do governo da ilha. Não é à toa que a ilha tem um governo democrático e similar ao republicano.

Ouvindo: We Wish You Well do Whitesnake. São 18h05.

Um comentário:

Anônimo disse...

Amado, vi uma foto de sua irmã, a Gabi; achei muito parecida com vc, muito bonita tbém.

Elaine: o cara, é simplesmente: O CARA, né... Lindo, queridinho, um amor de pessoa; todos os comentários são feitos de forma mais que merecida; Mas deixa pra lá né amiga, vou moderar um pouquinho, mas só um pouquinho... hahaha Bjo

Fica bem meu lindo.
Saudades de ti...