quinta-feira, 19 de julho de 2007

Postão


Ouvindo: Ain´t Misbehavin’ do Fats Waller. São 17h09.

Esta música é antiga pacas. Estava perambulando há pouco pela internet e caí num site de Jazz. Chamou-me atenção este músico e resolvi buscar alguns sons dele. Para ser bem específico, esta música foi composta e lançada em 1927. Antiga não? Pois é. Um jazz tradicional com pitada introdutória de um blues sulista. Waller foi um dos mais destacados jazzistas de sua época e o orgulho do Harlem, nos anos 20. Filho do bairro famoso. Até hoje é assim no mundo inteiro. Aquela velha e conhecida história de "este é o filho-orgulho da cidade". Este papo de puxa-saquismo que todo o brasileiro conhece depois de algum feito interessante. Lembremos de jogadores de futebol, músicos, pesquisadores e artistas. Mas gostei do som do homem. E seguem as buscas pelo que restou dos corpos das vítimas da queda do avião em Congonhas. Nem colocarei números porque daqui a pouco mudará. Mas são muitos. Felizes dos donos de funerárias. Lembrei de um rapaz conhecido em Carlos Barbosa como "Mão Gelada". Depois de saber que ele era o dono da funerária entendi o apelido. A alegria de uns é a extrema tristeza de outros. Feliz do sujeito que foi "retirar" 21 milhões de reais de prêmio da Mega-Sena. Este sim nem ligou a TV. Deve estar olhando para o nada e tentando pensar onde investir. Hoje resolvi cortar meus cabelos. Estava decidido a cortá-los bem curtos, mas na hora mudei o planejado. Tirei o volume dos meus cachos. Aproveitei para tirar a barba. Não toda, apenas o excesso. Por mim ficaria sempre barbudo, mas sempre há aquela história do preconceito. Estou me cuidando por aqui. Uso um par de brincos que ganhei da minha mãe. E os uso com maior orgulho pois são presentes maternos. Iria escrever próximo ao meio-dia, mas deixei porque me passei no tempo e comecei a apresentar o Jornal. Fim da manhã fiquei muito estressado com uma mulher que veio até á Rádio e pensou que eu fosse pai dela ou algum juiz para obrigar o posto de saúde a atender a filha dela. Gritou comigo, chorou e ainda soltou alguns desaforos. Entendo e respeito a preocupação dela com a filha, mas eu não poderia fazer nada além de mostrar outros caminhos para ela ser atendida. Ela queria que eu fosse obrigar a mulher do Postão a atender ela. Entrei em contato e esta mesma mulher contou uma história diferente daquela atendente do local de saúde pública. Enfim, somos todos cidadãos e merecemos um atendimento igualitário. Mas ela queria pular na frente de todos, não queria pegar uma ficha e obrigara a atendente a cuidar da filha. Enfim, histórias que se repetem neste Brasil imenso a todo o momento. Uns morrem nas filas, outros passam mal. Eu fui ao posto na semana passada e fiquei aguardando minha vez. Estava muito mal, mas respeitei todos que na minha frente estavam. Não sou diferente de ninguém. Engraçado que tem muitas pessoas que ainda pensam que o Rádio é pai delas. Somos uma empresa preocupada com o social sim. Mas não somos assistencialistas. Ajudamos quem realmente precisa. Mas ajudar alguma pessoa que quer "furar a fila" não. Isso não! Caso outras pessoas tivessem problemas com o SUS, certamente seria eu o primeiro a ir tentar saber o que acontece. Mas não serei conivente no "furar a fila". Enfim, ela saiu zangada e gritando. E eu fui terminar de editar o jornal para apresentá-lo em seguida. Vamos pela ordem. Quer justiça? Busque a Delegacia de Polícia ou o Fórum. Eu não posso, e jamais irei, julgar alguém. E informo. Desde que esta informação seja de interesse coletivo e não exclusivo de alguém. Mas meu trabalho é bom. E estou feliz e me sentindo bem. Hoje tive um papo extremamente bacana com a Anjinha. Beijo mocinha e fica bem. Sabe aquela idéia de ir longe? Seria uma boa.

Ouvindo: Turquoise do Al Di Meola. São 17h51.

Um comentário:

Cor de Rosa e Carvão disse...

Depois de um início de semana atrapalhada, cá estou de volta, a Blogosfera. Bjo. Ainda bem que vou matar a saudade de ti hoje. Hehehe. Talvez possamos fazer un pau de dous, meu Mikhayl... Hehehe. Mas trás a roupinha colante, senão n tem graça.