segunda-feira, 30 de julho de 2007

Prêmio Nobel


Ouvindo: Something To Believe In do Poison. São 19h16.

Como é bom termos amigos e pessoas que se preocupam conosco. Sejam amigos, irmãos, pai, mãe, gato, cachorro ou até um papagaio. E é bom sentirmos esta preocupação também por eles. Mesmo que distante estejam, é algo que transpõe o tempo, distância, clima ou paredes. Não posso evidenciar que isso seja algo atemporal. Porque tudo neste mundo há tempo. Há tempo para tudo. Muito antes de criarem os relógios, ou contadores de tempo como chamavam anteriormente, o tempo era algo que jamais pode ser congelado, parado. Mas retratando a questão de amigos e sentimentos. Sinto-me imensamente agradecido à alguma coisa por ter o privilégio de sempre ter conhecido pessoas boas. E mantido-as por perto (mesmo distante). E agradecido pelas más pessoas (se assim posso denominar) terem se afastado. Seja como foi este afastamento. E muitas destas pessoas que surgem nos fazem criar um apego distinto. Muitos queremos apenas como amigos, outros como paixões, romances, companheiros de trabalho, colegas de esportes, oponentes no carteado ou simplesmente um conhecido para conversar sobre qualquer assunto em comum (ou não). Trocar informações. E, em muitos casos, de uma simples e bonita amizade surge algo "a mais". É algo recíproco. Porque não creio que simplesmente seja por "tem de acontecer". Pode ser, quem sabe, um "como seria?". Mas há tempo. E o tempo é um filho da puta. Sim, ele nos apressa ou nos atrasa. Ele nos incentiva a que algo aconteça. E o tempo demonstra isso. Compactuamos com o momento. Mas e depois? O que me deixa triste é que tudo muda. Ou pelo menos muita coisa muda. Não sou de me arrepender. Arrependo-me de poucas coisas que aconteceram comigo porque permiti. Mas o que mais me arrepende é de ter trabalhado muito e lido menos. Arrependo-me de não ter sentado e lido mais quando era menor. Não escrevo "mais jovem", mas escrevo menor. Até não muito tempo não existiam tantas preocupações e meu tempo disponível era maior. Hoje cedo meu tempo disponível para ler. Não me arrependo em nenhum momento de ter me doado, ter gostado, amado, me apaixonado ou simplesmente "estado" com alguém. Foram momentos em que ali estive e ai fiquei. E que curti também. Se a outra pessoa não curtiu, eu não sei. Fica no pensamento e na palavra dela. E não debato isso. Apenas me doei. Com todo meu coração e vontade. Mas o que me deixa pensativo é o depois. Não consigo fingir que nada aconteceu. Não trataria de forma distinta de como tratava antes e nunca esperei ser tratado como tal. Aconteceu, ótimo e pronto. Se acontecer novamente, ótimo também. Recordo-me de algumas ocasiões que se perpetuaram comigo. Poucas. Até porque tenho minha memória deficiente em muitos aspectos. Quem sabe assimile apenas o que me pode ser útil amanhã. Algumas cenas se petrificam, como acontece até hoje. E falo questão que me perpetuem em minha memória. Podem surgir dúvidas quanto ao "estar" ou ao "fazer pensar que está". Eu estive. De corpo e alma. Seja por um dia ou por um ano. Eu lá estive. Nem sei o motivo de desferir palavras sobre tal tema.
Hoje separei uma foto de três pessoas: Mãe, Dale e Lolly. ontem falava com minha amorosa mãe e chorei. Chorei como nunca antes havia chorado desde que aqui cheguei, há pouco mais de dois meses. Falara sobre uma cena protagonizada pela Lollyzinha. Leio os recados que me deixam pelo Orkut, por e-mail, pelo blog ou pelo Skype. Sinto-me um sujeito de sorte e bem quisto. Não faço nada de mais. Não sou ninguém. Sou apenas um ser humano que se doa àqueles que precisam ou que se permitem abrir uma brecha no dia-a-dia para minha pessoa. Sou um sujeito ignorante, omisso em muitos casos por não saber o que dizer ou o que falar. Não sou onipresente como gostaria de ser. Não sou onipotente em ter a capacidade de fazer tudo acontecer. Não sou o sincero sujeito que se imagina. Sou humano. Passivo de falhas e acertos. De bondade e maleficência. Mas minha maldade se resume em errar. Em errar onde imaginei ser o correto. Em seguir o que meu coração manda. Não penso com a cabeça, penso com aquele filho da puta que bate em meu peito. Que bate mal. (Nisso recordo que fumar não é bom). Mas segue no mesmo lugar. Deveria ter nascido com dois corações. Um para bater e me "empurrar" o sangue e outro para sofrer. Este que sofre eu deixaria dentro e o que faz correr o sangue eu transplantaria para alguém que precisasse no momento. Depois de "arrumada a casa", pegaria de volta com todas as tristezas e deixaria o meu de volta ao lugar. Trocar um sujo por um limpo, digamos. Mas não há como isso fazer. Gostaria de ser uma pessoa melhor, mas não consegui ainda. Estou aprendendo, dia a dia, melhorar isso. Aprendo com cada pessoa. Conheço e descubro a cada dia que nasce algo de bom. Não atenho-me apenas ao lado ruim das situações. Por mais triste que eu esteja estes últimos dias, eu sinto que algo de muito bom irá acontecer. Quando? Eu não sei. Ainda não sei. Mas em breve me será apresentado. E destas três pessoas que há pouco citei, sinto falta. Alegro-me de poder olhar as fotos e ver minha família sempre alegre. Sentir saudades é bom. Aprendi neste tempo que o amor sentido por minha mãe para com a família é algo inexplicável. Gabi, Moni, Lela, Dale, Lolly, Luli, Mago, Mãe, Pai, Pink, Gatão. Obrigado por tudo até hoje. Em breve irei retribuir tudo isso. Com todas as dificuldades que até hoje passamos, conseguimos nos mantermos unidos, sem brigas e discussões. Mãe, a senhora merece um Prêmio Nobel da Paz. Um outro da Educação. Mais um do Amor. Mais outro da União. Outro anda do Carinho. E outro pela Genética. Sim, deu ao mundo filhos saudáveis. E que destes filhos, por enquanto, surgiu um ser pequenino que mal completou cinco anos: a Lauren. E que com estes filhos, originaram outros dois: Mago e Luli. A senhora conseguiu reunir tudo o que uma família precisa para ser feliz e unida: o AMOR de mãe. De pai, de mãe, de amiga, de tia, avó, sogra, de médica, de incentivadora. Obrigado mãe por ter o privilégio de fazer parte da família da senhora. E obrigado ainda maior por acreditar em mim, nas minhas escolhas e decisões. Mãe, obrigado por colocar fé nos meus sonhos e nas minhas crenças. E obrigado acima de tudo, Mãe, por me deixar viver.

À minha família, todo o amor e saudade de um filho que tem sonhos e está em busca de realizá-los. Um de cada vez. Cada um a seu tempo. Desculpa, mas não tenho fotos do restante da turma neste momento.

Necessitamos acreditar em algo para poder levantar todo dia. E cada vez mais eu creio nisso.

Ouvindo: Angel Of The Morning do Pretenders. São 20h00.

3 comentários:

Anônimo disse...

Não entendo no que quer melhorar... Vc é uma pessoa maravilhosa, é um sujeito bom, generoso, carinhoso, é incrível; não mudaria nada em vc, apenas um detalhe que até vc sabe que não te faz bem. Mas ninguém é perfeito, e esse é teu defeitinho... hahaha
Tu és um encanto de pessoa, não tem como te olhar e não admirar; te conhecer e não querer passar muito tempo ao seu lado.
Amei te ver hoje, estava lindo como sempre... adoro teu cabelinho cacheado, parece um anjinho! Amei o beijo tbém...

Anônimo disse...

Hoje vi a indiazinha que mora perto do rio, que falou outro dia, ela estava bem agasalhada. Assim que arrumar meu armário de novo, levo mais roupas lá. É bom poder ajudar quem realmente necessita.


TE ADORO!!!

Cor de Rosa e Carvão disse...

Querido, por isso vou para casa, de tempos em tempos. Para recarregar as energias, por as idéias no lugar, planos em prática, expressar sentimentos, acelerar resoluções e matar a saudade de quem se ama e me ama. Se pudesse ter chorado sempre que quis ao falar com minha mãe, teria ficado forte há mais tempo.

Ah, vou esperar hj para matar as saudades. Pode vir quente querido que estou fervendo, hahaha, como diria Frejat. Não esquece: lava os pés que vou te usar esta noite. Bjo no coração.
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Anjinha: todos nós temos defeitos, somos imperfeitos, falhos. Assim é o ser humano, sem exceção. É claro que aos olhos do coração tudo é bonito, mas, no plano racional e no contexto real da vida, os fatos do cotidiano revelam outra coisa. Então, segura o leme guria, hehehe, que continua desgovernado.